Neste sábado faleceu o Diácono Valter Miranda Longo, diretor do Departamento de Música da Convenção Geral, aos 35 anos. Ele congregava na IAP em Santo Amaro (São Paulo). O laudo apontou a causa inicial como edema cerebral. Ele faleceu enquanto dormia, pela manhã.
Oremos por sua esposa Adriana, e seus dois filhos, Bianca e Miguel. O enterro ocorreu neste domingo (03/06) no Cemitério Pq. dos Girassóis, às 16h30. Havia cerca de 500 pessoas e a comoção foi tamanha que não houve o culto fúnebre. “Não foi possível pregar. A pregação era ele, sua vida, sua história com Deus”, descreveu o Pr. José Lima, presidente da Convenção Geral da IAP.
No momento do sepultamento, ele foi fortemente aplaudido, enquanto todos cantavam: “Lá verei meu pai, lá verei minha mãe, lá verei Isaque e Jacó. Lá verei meu Jesus com os cravos nas mãos”.
Leia mais sobre o Da. Valter em http://portaliap.com.br/demap-portal-iap/
Palavras do Pr. José Lima, sobre este servo de Deus:
QUERIDO VALTER, NÃO ME ESQUECEREI DO SEU SORRISO
Que palavras escreverei sobre a vida e o trabalho do Da. Valter Adriano Miranda Longo? Eu o conheci há pouco tempo. Para ser preciso, em fevereiro deste ano. Mas o suficiente para saber do longo e belo trabalho que fez durante anos, sobretudo nas igrejas da zona sul da cidade de São Paulo, tendo como a sua base espiritual a IAP em Santo Amaro.
Lembro-me quando ele entrou pela primeira vez na sala da presidência geral da igreja: simples, manso, silencioso, respeitoso, quieto. Sempre pronto a ouvir e tardio em falar. Depois de nos ouvir com paciência, abriu a boca para falar. Logo percebi que o pastor Magno Batista estava certo quando o indicou para ser Diretor do Demap Geral. Os membros da Diretoria Geral, também logo viram que estavam diante de um importante servo de Jesus Cristo.
A fala pausada e segura, o conhecimento do assunto, a imensa vontade de fazer o melhor em favor da boa música nos cultos, a consciência de não ser digno de tão grande privilégio em servir a Cristo na liderança de um departamento geral, a disposição de dar continuidade ao que já vinha sendo feito e trabalhar unido com a equipe montada pela Dsa. Vilma Martins, tudo isso e muito mais encheu os nossos corações de esperança.
A mesma esperança contaminou os corações dos membros da Junta Geral Deliberativa, no último dia 29, enquanto ele se apresentava, pela primeira vez, expondo os planos do Demap para as lideranças de todo o Brasil. Querido Valter, ficará marcado para sempre em meu coração o seu sorriso cativante e afetuoso.
Foram estas as suas últimas palavras dirigidas a mim, diante das diaconisas Rute Soares e Elaine Fontana, que o elogiavam pela brilhante apresentação na Junta Geral: “Pastor Lima, tenho que voltar a São Paulo porque preciso levar meu filho ao médico. Justifique, por favor, aos membros da Junta Geral a minha saída.” E saiu com aquele sorriso maravilhoso. E eu, esqueci-me de fazê-lo o que pedira. Por isso, menciono aqui, publicamente, o seu singelo e educado pedido.
Ao receber a notícia de sua morte, não quis acreditar, como a maioria dos irmãos. Recebi torpedos e telefonemas de líderes de todo o Brasil, incrédulos com a sua morte. Tudo foi muito rápido: a sua passagem pelo Demap e a sua morte. Mas foi o suficiente para que esse grande servo de Deus demonstrasse seu imenso amor pela obra de Deus e recebesse amor e respeito de toda a liderança da IAP, de todo o Brasil.
Neste instante, adventistas da promessa de todas as Convenções Regionais e Convenção Geral, estão orando a Deus, agradecidos pela vida vitoriosa do Da. Valter, e clamando por Consolo divino para toda a família, especialmente para a sua esposa Adriana, e seus filhos, Bianca e Miguel. Estou certo de que esse bem espiritual não será negado a eles pelo Senhor de nossas vidas.
Particularmente, entendo a morte do Da. Valter pela palavra de Deus em Isaías 57: 1 e 2, que diz:
O justo perece, e ninguém pondera sobre isso em seu coração; homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal. Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte.
É impossível compreender esses eventos pelo raciocínio humano. Só se tem conforto e paz no coração pela fé em Deus. Noutras palavras, é crer que Deus sempre tem o melhor para nós, apesar da terrível dor; crer que Ele recolhe para si os seus santos, os seus justos, para que, lá na frente, eles não sejam tragados pelo mal. Assim, o Senhor os faz dormir o sono dos justos para, na volta de seu Filho Jesus, acordá-los para a vida eterna, a vida que não se acaba, na glória de Deus.
E para nós, os que ficam, nosso Senhor nos enche de consolação para consolarmos os que estão desconsolados: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. (II Co 1:3 e 4)
E não somente isso, mas, também, o Senhor nos adverte a estarmos preparados, pois não sabemos o que nos acontecerá hoje nem amanhã. O Da. Valter estava pronto! E você? A qualquer hora, nosso Senhor pode nos chamar, seja de dia, seja de noite:
Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados. (Lc 12:38)
Ao Senhor, honra e glória!
Pastor José Lima de Farias Filho
Presidente da Convenção Geral da IAP