Lições Bíblicas esgotadas

Faça o download dos estudos na íntegra

A série de estudos bíblicos “A História Singular do Filho do Homem” gerou tanto interesse, que os exemplares já se esgotaram na gráfica A Voz do Cenáculo. Mas você pode fazer o download dos estudos aqui. Se preferir, pode adquirir a versão digital, na loja Google Play ou na AppleStore.

Clique sobre a imagem para fazer o download!

Slide-LB315_02

Não vale a pena amar o mundo

Se dizemos que amamos a Deus, não há como amar as coisas do mundo ao mesmo tempo

Quando estamos apaixonados, nossa rotina muda. O sol parece brilhar mais. A chuva parece uma deliciosa canção que rega a terra. Não existem distâncias que nos possam desestimular diante da pessoa que amamos. Fazemos de tudo para estar perto. Quando estamos longe, tentamos manter contato. Quando não somos correspondidos, lutamos para chamar a atenção.
Porém, existem certamente “amores” que não compensam. É de um deles que queremos tratar. O apostolo João, no capítulo 2 de sua 1ª carta, faz uma série de observações em relação a vários aspectos da vida cristã. Ele começa falando sobre não pecar e sobre perdão de pecados (vv.1-2); ele fala sobre a obediência aos Mandamentos de Deus (vv.3-11); além de falar sobre a vitória do que tem fé em Jesus sobre Satanás (vv.12-14) e o mundo (vv.15-17). É sobre este último que queremos refletir. João nos fala que não vale a pena amar o mundo!
Não vale a pena amar o mundo, pois isto é oposição a Deus!
João basicamente diz que é pela fé no Senhor que nós vencemos o mundo. Este mundo, não é o mundo físico (Sl 24.1), e nem o mundo (pessoas) de João 3.16, mundo aqui, é a oposição a Deus, seu Reino e sua Igreja. É todo sistema dominado por Satanás, o príncipe deste mundo (Jo 16.11; 1Jo 5.19), que influencia pessoas, instituições, governos, religiões, artes, cultura, música e mídias (sem generalizações, é claro).
João mostra que os seguidores de Jesus não devem amar este mundo. 1Jo 2.15a diz: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo”. A vida mundana, ou seja, a vida guiada por valores e ideias deste sistema maligno, não compensa. Não deve ser amada pelos seguidores de Jesus. Isso porque o amor ao mundo está em oposição ao amor de Deus: “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. (v.15b)
Portanto, se queremos e se dizemos que amamos a Deus, não há como amar as coisas do mundo ao mesmo tempo. E como identificamos as “coisas” do mundo? Quando pecamos habitualmente (pecado como vício); quando não guardamos a Lei de Deus (Êx 20); quando não ajudamos o nosso irmão necessitado. Quando não amamos a Deus e ao próximo, estamos amando o mundo! Portanto, busquemos a Deus, para que nosso amor não esteja preso a este mundo.
Não vale a pena amar o mundo, pois suas práticas não vem de Deus!
João mostra na prática quais valores são contra Deus e por isso não vale a pena adotá-los: “o desejo da carne, o desejo dos olhos e o orgulho dos bens…” (1Jo 2.16b). O“desejo da carne”representa todas as nossas tendências que são contrárias à palavra de Deus e incentivadas pelo mundo a serem praticadas.
Paulo fez uma lista de algumas em Gl 5:19-21 (NTLH): “As coisas que a natureza humana produz são bem-conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus.
O “desejo dos olhos” representa tudo que cobiçamos com nosso olhar. São propriamente: “(…) tentações que nos assaltam, não de dentro, mas de fora, através dos olhos.”¹ O salmista já lutava contra este sistema quando disse: “Não porei coisas más diante dos meus olhos.” (Sl 101.3a). Tentação que venceu Eva, pois: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos…”. Adão também caiu por consequência (Gn 3.6).
Por último, João nos fala do “orgulho dos bens”, ou “soberba ou ostentação da vida”. Isto é, dar valor somente ao que é passageiro. É amar mais as coisas do que as pessoas. É se importar mais com o que se tem, do que com o que se é: “(…) é uma arrogância ou vanglória relacionada (…) a riqueza ou a posição ou o vestuário (…)”². O apóstolo João então conclui que estas coisas “…não vem do Pai, mas sim do mundo.” (1Jo 2.16c).Você tem se deixado levar por quais coisas: os desejos da sua carne? Os desejos dos seus olhos? Ou a ostentação de uma vida de aparência?
No v.17, João concluiu o trecho dizendo o seguinte: “Ora, o mundo passa, bem como os seus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” Tanto o mundo como os seus desejos passam. Todas as experiências contrárias a Deus, que satisfazem nossa carne, olhos e aparência são de mentira. Produzem prazeres momentâneos, mas não nos salvam do juízo final.
Somente em Deus está o caminho para a eternidade. Somente acreditando no Jesus que veio ao mundo e é Deus, podemos ser perdoados do pecado e poderemos viver em obediência ao Pai; só pelo poder do Espírito (Gl 5.22-23) é que conseguimos dizer não aos desejos da carne; aquilo que de mal existe aos olhos e à aparência da vida. Não vale a pena o mundo, porque este sistema está caído e não pode nos libertar. Nossa vida só pode ser liberta e durar eternamente se acolhermos e vivermos a vontade de Deus, por meio de Jesus e de seu Espírito.

Andrei Sampaio Soares presta auxílio pastoral à IAP de Pedreira (zona sul de São Paulo) e colabora com o Departamento de Educação Cristã (DEC).


¹John Stott. I, II e II João (p.86).
²Ibidem, p.87.

Dicas da Lição 6 – “O ministério do Filho do Homem”

O ministério do Filho do Homem

  • Clique AQUI para acessar os slides da lição.
  • Para ouvir o podcast desta lição, clique AQUI.

 

Dicas

Dinâmica para entender o significado do Ministério de Jesus
Para fazer essa dinâmica você precisará de um pano para vendar os olhos de um voluntário e de um ponto de referencia onde a pessoa deva ir com os olhos vendados.
Convide um aluno voluntário e mostre um lugar onde ele precisará chegar com os olhos vendados. Coloque a venda em seus olhos e gire-o pedindo para que ele vá ao local indicado. Com certeza ele terá muita dificuldade. Peça então para que outro aluno venha e o ajude a chegar no local indicado.
Depois converse com sua classe levando-os a refletir que da mesma forma Jesus fez conosco em seu ministério.

  • Jesus exerceu muita compaixão ao nos ajudar a encontrar o caminho da salvação.
  • Ensinou-nos como se aproximar novamente de Deus.
  • E praticou o que ensinava enquanto pegava em nossas mãos.

Utilize essa dinâmica para fazer a ponte entre os comentários dos seguintes tópicos:

  1. Um ministério marcado pela compaixão.
  2. Um ministério marcado pelo ensino.
  3. Um ministério marcado pela pratica.

 

Comentários adicionais

Item da lição: “Um ministério marcado pela compaixão”
1. Uma compaixão curativa:
“Sem mesmo ver [o servo do centurião] o olho, nosso Senhor com apenas uma palavra restitui a saúde a um homem moribundo. Ele falou, e o servo do centurião ficou curado. Ele ordenou, e a enfermidade se retirou. As escrituras não falam sobre nenhum profeta realizando milagres desta maneira. Ali estava a mão de Deus.” (Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas. São Paulo: Fiel, 2002, p.100).
2. Uma compaixão ressuscitadora:
“(…) havia um número de pessoas suficiente para atestar a veracidade deste milagre, que fornecia uma grande prova da divina autoridade de Cristo, que era maior do que a cura de enfermidades; pois não há nenhum meio natural, nem algum poder natural pelos quais os mortos possam ressuscitar.” (Henry, Mattew. Comentário bíblico: Mateus a João. Tradução: Degmar Ribas júnior. Rio de Janeiro: CPAD, p.571)
Item da lição: “Um ministério marcado pelo ensino”
3. O conteúdo do ensino de Jesus:
“(…) o Senhor pregou e anunciou o evangelho do Reino de Deus, que seria agora estabelecido entre eles. O Evangelho do Reino de Deus são as boas novas de alegria que Cristo veio trazer; para dizer aos filhos dos homens que Deus queria colocar sob a sua proteção todos aqueles que estivessem dispostos a se voltar à sua fidelidade.” (Ibidem, p.578).
4. Viagem pedagógica:
“A forma verbal no imperfeito [Lc 8:1] ‘ele andava’ designa uma maneira lenta e demorada de viajar. Reservava tempo para deter-se em todos os lugares. O termo genérico da pregação (kerýssein = pregar) é completado pelo segundo verbo evangelizar (i. é, anunciar a boa nova do reino do céu), que acrescenta a característica do anúncio da graça como predominante de sua prédica.” (Rienecker, Fritz. Evangelho de Lucas: comentário Esperança. Tradução: Werner Fuchs. Curitiba: Esperança, 2005, p.188).
5. Pregação ao ar livre:
“Depois disso [ver Lc 7] Jesus saiu numa viagem de pregação. Não são mencionadas sinagogas, e é muito possível que a hostilidade cada vez maior da parte de instituição das sinagogas O levasse a concentrar-Se em pregar e ensinar ao ar livre. Não tinha falta de auditório, pois há referências repetidas às multidões (cf. 7:11, 24; 8:4, 19, 40, 45).” (MORRIS, Leon L. O Evangelho de Lucas. Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1983, p.141).