Não temos cheque em branco

Ao corrigir alguém, temos que fazer a coisa certa, da maneira certa

A peregrinação no escaldante deserto era apenas uma história que pais contavam para seus filhos. O milagre de se atravessar o Jordão pisando no solo seco, quando teve suas águas repartidas em duas partes, era como que uma lenda. A história da queda da temível cidade de Jericó não encantava mais aquela geração. A terra prometida não era mais uma promessa, agora era uma experiência a ser desfrutada dia a dia. Os rios estavam lá como prometidos, peixes, água limpa e abundante. A terra era fértil, a nação era forte e temida, as sementes germinavam e o gado multiplicava.
Terra de Canaã! Terra que mana leite e mel! Os juízes se foram! “Queremos um rei que governe sobre nós”(I Sm 8). Deus deu o rei que desejavam! Apenas três deles puderam reinar sobre todo o povo; o reino se divide, o pecado mancha de sangue a terra dos sonhos. Pecados dos reis! Pecados dos sacerdotes! Pecados dos levitas! Pecados do povo! Antes e na época dos juízes, antes e na época dos reis, “cada pessoa fazia o que lhe parecia direito” (Jz 21.25) e Deus se enfureceu com o seu povo. O povo que havia se perdido entre os deuses do Egito, o povo que havia se corrompido no deserto devido à cobiça, à idolatria, à fornicação e às murmurações, agora finalmente é o povo que se afasta da presença de Deus, mergulhando nos pecados de Canaã. Como “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. (Gl 6:7), o povo do norte semeou idolatria e imoralidade e colheu “Assíria”, o povo do sul semeou rebeldia e apostasia e colheu “Babilônia”.
Reis pagãos foram instrumentos de Deus para castigarem ao rebelde Israel; afiaram suas espadas, poliram suas botas, costuraram suas fardas, engraxaram suas bigas de guerra, alimentaram seus cavalos e marcharam, sob permissão e direção de Deus para impor pesadamente o castigo que o “filho” rebelde precisava. Mas, após missão cumprida, esses reis foram igualmente castigados pelos seus muitos pecados: “ Eu, o Senhor Todo-Poderoso, não abandonei Israel e Judá. Mas o povo da Babilônia tem pecado contra mim, o Santo Deus de Israel. Fujam da Babilônia! Salve-se quem puder! Não sejam mortos por causa do pecado da Babilônia. Agora, eu me vingarei dela e lhe darei o castigo que merece” (Jr 51.5-6). O fato de terem sido usados por Deus para cumprirem seus propósitos, não lhes deu imunidade para agirem da forma como gostariam; de forma que Deus “pegou” Israel por seus pecados e à Babilônia pelos seus.
Diante deste cenário, gostaríamos de lembrar do devido cuidado que devemos ter para que vençamos a tentação de agir de forma equivocada (carnal) com um irmão que tenha cometido algum erro. Às vezes, acreditamos que podemos falar asperamente com alguém que esteja procedendo de forma equivocada. Esteja certo que nosso Senhor terá seu “acerto de contas” com aquele que agiu de forma leviana, mas, esteja certo que Ele também “acertará as contas” contigo pela indelicadeza de sua fala. Ou você acredita que pelo fato de estar falando a verdade, outros princípios cristãos, igualmente importantes, podem ser ignorados? Neste caso, específico, lembre-se: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto” Pv 18:21 e “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4:6). Este é apenas um exemplo, e para todos os outros, o princípio é o mesmo: faça a coisa certa, da forma certa.
“Nós teremos que prestar contas a Deus de tudo que fizemos” (Ec 12.14), disso todos sabemos. Por isso, ao agir em nome de Deus e para o reino de Deus, você precisa estar consciente de que precisa fazer a coisa certa, da forma certa; você precisa falar a coisa certa, da maneira certa, você precisa lidar com os pecados dos outros da forma certa; há de se praticar o devido equilíbrio entre a correção e e a misericórdia, de forma que “não esmague a cana quebrada e não apague o morrão que fumega” (Mateus 12:20), “…para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. (1 Co 9:27).
 
 

Milagres existem!

Nossa filha, Antonella, testifica o que Deus faz

“Dêem graças ao Senhor, clamem pelo seu nome, divulguem entre as nações o que ele tem feito.” (1 Crônicas 16:8)
Eu e minha esposa temos 9 anos de casados. Há alguns anos desejamos ter filhos, mas por algum propósito divino isso não foi possível ocorrer no momento que desejávamos. Contudo, Deus sempre tem um plano para cada um de nós. Por um tempo fizemos tratamento em clínicas com médicos especialista no assunto.  Embora a medicina é um instrumento divino para amenizar as aflições humanas, em dados momentos percebemos a intervenção direta das mãos de Deus. E Ele fez isso em nossas vidas!
No início do ano de 2017, participamos de um retiro organizado pela IAP de Nova Mutum – MT. Durante a programação, em um dos momentos de oração, foi feito o convite para quem desejasse receber oração por algo que só dependesse de Deus para que acontecesse. Não pensamos duas vezes! Levantamos de nossos assentos e fomos receber a oração. Quem intercedeu por nós foi o pastor Amadilson de Paula, diretor do Ministério de Música e Artes – Convenção Geral. Ele perguntou qual a finalidade da oração e respondemos prontamente que era o desejo de ter filho. Assim ele impôs as mãos sobre nós e orou ao Deus vivo.
Os meses passaram e continuamos o curso de nossas vidas de forma normal realizando alguns procedimentos do tratamento para fertilização. Ocorre que estávamos em uma programação do Ministério da Mulher na IAP de Nova Mutum, e em um momento de descontração, falamos sobre o desejo de ter filho. Nesse momento, eu disse para os irmãos ali presentes que tinha certeza que teria filho, pois cria que Deus tinha ouvido nosso clamor. O fato é que minha esposa já estava carregando em seu ventre a resposta de nossa oração, embora ainda não soubéssemos. Antonella, nossa querida filha, já estava sendo entretecida por Deus no ventre de minha esposa.
No dia 15 de julho de 2019, nasceu Antonella, saudável, linda e serva do Deus Vivo. Vimos a manifestação da benevolência de Deus para conosco, nos dando uma filha e a responsabilidade de educá-la. Somos gratos ao Deus do impossível. Milagres existem e sabemos quem os faz! Deus seja engrandecido para sempre!
 
Jose Rubens Cortez Filho, professor de história, casado com Adnalva do Carmo Augusto Cortez, pedagoga. Congregam na IAP em Lucas do Rio Verde (MT)