“Olha, garoto, a fita amarela!”

Eu quero compartilhar com vocês uma antiga “narrativa lendária norte-americana”. Conta-se que um jovem, à semelhança do Filho Pródigo – de Lc 15:19- 22 – abandonou seus pais e foi viver vida boêmia e nela cometeu muitos deslizes que o levaram à condenação e prisão.

Bom tempo depois, próximo de ser liberto da prisão resolveu escrever uma carta a seus pais pedindo perdão, e disse: “Se me quiserem de volta para casa, amarrem uma fita amarela em volta do velho carvalho atrás da casa”.

 O dia da liberdade chegou e o rapaz se dispõe a voltar para casa. No trem sentado com o coração partido, contou sua história ao parceiro de banco e pediu-lhe para que, ao trem chegar à cidade de destino, olhasse se havia alguma fita amarela exposta no velho arvoredo. Combinado, e lá se vai o trem… logo mais seus apitos se fazem ecoar, reduz sua velocidade e seu vizinho bem atento quando, sem esperar, bate nas costas do rapaz e lhe disse: “Olhe, rapaz, olhe. Há uma fita amarela em cada galho”1.

      Nessa ligeira narrativa muitas coisas nos chamam a atenção, que eu deixo a critério de cada leitor e leitora. Eu vou, porém, lhes propor algumas:

a) A fita amarela, entre tantas, representa atenção e cuidado. Propõe o brilho e alegria para quem a pede e para quem a pendurou no galho de carvalho;

b) Grande lembrança que se tem das diferentes ações dos pais quando da despedida e partida;

c) Como se sentem pais, irmãos, parentes e amigos na triste partida, passam a sentir alegria pelo retorno desse ente querido, como se um bálsamo agradável passasse por cima de tudo! 

Permitam-me juntar a tudo isto os reais sentimentos da Igreja de Deus. É triste pensar que outrora quantos de seus filhos e filhas se rebelaram contra ela e se foram, muitos atraídos e presos pelas malhas do mundo!

A Igreja Cristã, agente de salvação, agregadora de preciosas vidas para Deus se sente ferida, quando alguém dela se distancia. Ela se sente e sempre se propõe buscar e trazer de volta estas e outras tantas pessoas que distantes se foram, assim como outras que estão longe de uma mão protetora e salvadora.

Tanto quanto aos pais, a Igreja de Deus muito se sente quando há alguém distante dela. Disposta e resoluta ela se propõe a buscar e trazer sempre mais vidas para perto do coração de Deus.

O primeiro a ser chamado é você, a se fazer parceiro daqueles que permitiram ter seus nomes escritos nos céus. Quem já teve essa doce felicidade é também um agente da gloriosa salvação, a quem eu convido a chamar tantas quantas pessoas que estejam na esquina da avenida da perdição.

 

Por: Manoel Pereira Brito

Publicado em: TARDES E MANHÃS (tardesemanhascommpb.blogspot.com)

¹H. Eddie Fox e George E. Morris – “ANUNCIEMOS O SENHOR” – Pgs.178/9.

 

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