O Pr. Caio Batista explanou sobre os desafios de pregar o Evangelho na atualidade diante das pressões culturais e da influência da Internet. 

A Conferência de Missões 2024, promovida pela Promessa Santo Amaro, na Convenção Paulistana, na cidade de São Paulo, continua neste domingo, 18 de maio. São mais de 300 participantes no local, refletindo sobre a “Contextualização na Missão”. Na palestra “Pregação Contextualizada”, o Pr. Caio Batista, que é da Igreja Presbiteriana Independente (IPI), abordou os desafios de pregar o Evangelho na atualidade, enfrentando as pressões culturais e a influência da Internet com seus temas virais.

A TV Viva Promessa faz cobertura com  bastidores do evento:

 

Um dos pontos mais fortes da palestra, que ocorreu no sábado, 18,  o Pr. Caio abordou sobre o cuidado de responder às perguntas da Internet sem esquecer de responder às perguntas da comunidade local, deve-se ter cuidado. Segundo ele, deve-se ter cuidado com a pressão cultural que sugere muitos temas (tags). “As urgências das tags da cultura nos atrapalham na pregação do evangelho”. 

O excesso de informação é outro desafio. São muitas janelas que os fiéis abrem durante uma celebração, por isso, ele aconselhou que o pregador seja assertivo, incluindo ter cuidado com o tempo e com os assuntos tratados em uma mensagem. O púlpito deve centralizar a pregação do Evangelho de Jesus, sem desviar para assuntos paralelos.

 

DESAFIOS da IGREJA

A palestra também abordou os desafios que a igreja enfrenta em questões práticas, como datas e calendários que engessam a pregação contextualizada. Os discípulos de uma igreja hoje demoram a conhecer seu conteúdo confessional (da denominação) e as relações eclesiásticas precisam ser ajustadas. A igreja precisa quebrar conceitos e visões de que é para si mesma, e as necessidades de uma igreja local não podem atrapalhar a pregação do Evangelho.

 

Como tornar a pregação relevante? 

Ao final da ministração, o Pr. Caio Batista elencou sete dicas para tornar a pregação relevante.

 

PREGUE EXPOSITIVAMENTE:

“Precisamos voltar a estudar as Escrituras e, a partir delas, proclamar o Evangelho, sem dar nossa opinião.”

 

FAÇA UMA COMUNICAÇÃO VERDADEIRA:

Nossa cultura tem olhado para a Igreja com certo preconceito. “O pastor precisa pregar sem impostação de voz, com naturalidade, criando conexão. Precisamos nos despojar da caricatura e da religiosidade.”

 

CRIE IDENTIFICAÇÃO:

O pregador precisa mostrar uma face mais humana a quem proclama a mensagem. “Ele deve demonstrar que enfrenta desafios cotidianos. O Evangelho nos convida a sermos pessoas verdadeiras”.

 

DIMENSIONE O SEU PÚLPITO:

O pregador deve saber quem é seu público local, e não somente quem a igreja alcança por meio de transmissões on-line. “Pregamos para uma comunidade que divide a vida conosco. O púlpito não é para as pautas da Internet, mas para pregar às pessoas que enfrentam desafios na vida cotidiana.”

 

COMPREENDA COMO VIVEM AS PESSOAS DA SUA COMUNIDADE:

“O pregador deve conhecer os males enfrentados pelas pessoas da sua comunidade: enfermidades, depressão, burnout, ansiedade, etc.”

 

ESTABELEÇA PONTOS DE CONTATO COM A CULTURA:

“É importante que o local onde a comunidade acontece tenha conexão com o púlpito, refletindo a vida simples, não apenas a da Internet.”

 

PREGUE O EVANGELHO:

O Pr. Caio Batista finalizou explicando que discussões irrelevantes não devem tomar conta da pregação, e sim, o que a Escritura centraliza. “Pregamos sobre restauração, vidas perdoadas e o que Deus pode fazer pelo seu Espírito. Devemos pregar sobre arrependimento e o que Deus pode fazer na vida das pessoas. O Evangelho é Deus vindo ao nosso encontro através de Jesus, e é esse Evangelho que precisa ser proclamado.”

 

Texto: APC Jornalismo.