DICAS DA LIÇÃO 10 – O arrebatamento dos salvos

Confira os recursos de aula para ajudar você a ministrar o assunto de sábado. 

DICA 1: VÍDEO SOBRE ARREBATAMENTO
Inicie sua aula exibindo (ou peça que os alunos assistam previamente) cenas da novela Apocalipse da Record, que estão disponíveis no link abaixo:

 

Orientações:

  1. Não ofereça explicações antes de o vídeo terminar.
  2. Após a exibição, questione os alunos sobre a cena: o que perceberam? Há coerência entre o que foi mostrado e o que a Bíblia ensina?

Explique que o vídeo ilustra a crença no “rapto da igreja”, uma doutrina adotada por algumas denominações evangélicas. Apesar de a produção ser tecnicamente bem feita, essa interpretação é considerada equivocada. Depois de ouvir os alunos, introduza o tema da aula, explicando que será abordada a interpretação correta dos textos bíblicos sobre o arrebatamento.

 

DICA DOIS: VOCÊ LEMBRA?
Comece perguntando aos alunos se lembram de filmes, livros ou músicas que tratem do arrebatamento secreto. Peça que compartilhem exemplos e registrem no início da explicação do Item 1.

Orientações:

  1. Ouça as referências e percepções dos alunos.
  2. A partir dos exemplos mencionados, apresente a interpretação bíblica correta sobre o tema, esclarecendo dúvidas e confrontando equívocos com base nas Escrituras.

 

DICA TRÊS: PONTOS DE ATENÇÃO

Item 1: Explique sobre Mateus 24:40-41, que não se refere ao arrebatamento ou ao “rapto da igreja” (visão equivocada), mas sim a uma questão de julgamento. Reforce a necessidade de analisar os textos com atenção, consultando os argumentos apresentados na segunda coluna da página 76 e na primeira coluna da página 77. Essas explicações ajudam a esclarecer essa passagem, frequentemente distorcida para justificar a doutrina incorreta do “arrebatamento secreto”.

Item 2: Aborde o significado da palavra “arrebatamento” encontrada em 1 Tessalonicenses 4:17.

Orientações:

  1. Escreva a palavra em um cartaz e mostre à turma.
  2. Pergunte o que os alunos entendem por “arrebatamento” e incentive uma breve discussão.
  3. Explique o significado bíblico do termo, enfatizando que ele transmite a ideia de “levar”.
  4. Ressalte que o arrebatamento será um evento visível, no qual a igreja será levada ao céu por Deus. Leia a explicação na nota de rodapé da página 78 para embasar a discussão. 

 

Item 3: Para abordar o tema do novo corpo que teremos após a volta de Jesus, inicie com uma dinâmica:

Pergunte aos alunos: Quais limitações, dores ou enfermidades do corpo eles gostariam de superar? Cite exemplos de situações ou notícias que evidenciem fragilidades do corpo humano.

Após ouvir as respostas, explique que, quando Jesus voltar, receberemos um novo corpo, semelhante ao de Cristo ressuscitado, como ensina Filipenses 3:21. Esse corpo será perfeito tanto no aspecto moral quanto no físico, como ilustram as passagens de Lucas 24:38-39.

Conclua com uma reflexão: Relacione as limitações mencionadas pelos alunos com o que foi ensinado e reforce que o novo corpo será livre de sofrimentos e limitações, trazendo esperança e conforto.

 

Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC) e Editora Promessa. 

 

Workshop aborda temáticas voltadas a quem ministra pregações bíblicas

O Ministério de Ensino da Convenção Espírito Santo promoveu cinco palestras voltadas ao aperfeiçoamento dos participantes.

 

Com foco em diversas temáticas relacionadas à ministração de mensagens bíblicas, o Ministério de Ensino Regional da Convenção Espírito Santo realizou o Workshop da Pregação para fortalecer este importante ministério da igreja local. O evento ocorreu no último sábado, 30 de novembro, na Igreja Adventista da Promessa de Colatina (ES).

 

Cerca de 80 participantes participaram de palestras que abordaram: “os conceitos da pregação bíblica”, ministrada pelo Pastor Jó de Souza; “a espiritualidade do pregador”, conduzida pelo irmão Wesley Cardoso; “a comunicação na pregação bíblica”, ministrada pelo Diácono Judson Barcelos; “a estrutura da pregação bíblica”, sob responsabilidade da irmã Priscila Gomes; e “o conteúdo da pregação bíblica”, com o Diácono Jocimar Silvério.

“O conhecimento traz aprimoramento para servir com qualidade no reino de Deus”, explicou o Líder do Ministério de Ensino Regional, Pastor Jó de Souza, ao justificar a importância do Workshop da Pregação. “Uma ferramenta para auxiliar as igrejas locais na exposição da palavra de Deus, de forma a atender as regras básicas da homilética: ler o texto bíblico, expor a palavra de Deus e aplicar na vida cristã”, destacou.

O Pastor José Maria, responsável pela Promessa de Planalto Serrano, elogiou a iniciativa e o empenho dos organizadores. “Parabéns, que Deus abençoe a equipe do Ministério de Ensino, a convenção e todos os participantes. Tenho certeza que será muito importante para a Igreja do Senhor.”

 

Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC). 

Com informações e fotos: Comunicação Convenção Espírito Santo.

Tentativa inútil de desqualificar milagres de Jesus

Autores tentam usar fenômeno que ocorre (raramente) no mar da Galileia (ou lago de Genesaré) para explicar dois milagres descritos nos evangelhos; entenda.

 

Recentemente o pesquisador israelense Yael Amitai (junto a outros cientistas) publicou um artigo científico intitulado: Mortes de peixes induzidas por Seiche no Mar da Galileia – uma possível explicação para milagres bíblicos? (título original: Seiche‐Induced Fish Kills in the Sea of Galilee – A Possible Explanation for Biblical Miracles?). Para que iniciemos de forma clara vale dizer que o “Seiche” é um fenômeno natural que ocorre em ambientes de lago ou água confinada e esse fenômeno gera movimentos anômalos na água podendo alterar significativamente a temperatura, conteúdo de oxigênio, etc.

No artigo os autores tentam usar esse fenômeno que ocorre (raramente) no mar da Galileia (ou lago de Genesaré) para explicar dois milagres descritos nos evangelhos de Marcos, Lucas e João: a pesca maravilhosa (ou milagrosa) e a multiplicação de pães e peixes. Esse artigo foi divulgado por diversos portais de notícias e é interessante como a atração por qualquer coisa que tente (inutilmente) invalidar o poder sobrenatural de Jesus ganha espaço rapidamente. No entanto, deixarei minha opinião sobre isso mais para o final.

 

Sejamos científicos: 

O artigo é muito bom. Apresenta resultados importantes sobre a variação da temperatura, intensidade e mudança dos ventos que alteram a profundidade do lago, conteúdo de oxigênio e/ou falta dele devido à floração excessiva do fitoplâncton (algas fundamentais para oxigenação da água). Eles usam novos métodos, fazem modelos computacionais modernos e entregam aos cientistas ferramentas úteis para pesquisas futuras. Ponto. O que é relevante cientificamente acaba aqui.

Mas em uma jogada de marketing, e desculpe o trocadilho, lançando a isca para nos fisgar, ele coloca no título e em duas ou três frases (para que pudesse validar o título) o questionamento/afirmação de que os fenômenos descritos no artigo poderiam explicar os dois milagres de Jesus. Eles afirmam (sem nenhuma prova identificável no texto) que a limnologia[1] pode fornecer uma base científica plausível para esses milagres; que, como o Lago de Genesaré, tem histórico de fenômenos de mortandade de peixes devido ao “seiche” ou ressurgência, isso poderia (atenção ao “poderia”, pois essa é palavra usada) ter ocorrido no mesmo local do lago onde o milagre bíblico dos pães e peixes e presumivelmente, a pesca milagrosa, ocorreram dois milênios atrás.

São essas as únicas duas falas bem vagas e frágeis que eles inserem no artigo. Infelizmente, isso é suficiente para que se tente mostrar aos frágeis crentes que suas crenças são facilmente despedaçadas, enterradas, aniquiladas pela ciência. É uma pena mesmo, mas “onde está o entendimento? Está escondida dos olhos de toda a humanidade” (Jó 28:20) ou onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus completamente insensata a sabedoria deste mundo?” (1 Co 1:20).

Foto: Mar da Galileia. Reprodução/Getty Imagens.

AFIRMAÇÕES SEM SENTIDO!

Diante dessas perguntas, e sendo nada, me atrevo a afirmar (muito rapidamente) porque as afirmações não tem sentido?

1)    O fenômeno gera morte dos peixes ou então os enfraquece tornando-os mais suscetíveis à pesca. Fato! Mas o que é fake? Estes peixes, sejam mortos ou enfraquecidos, são levados à costa! Literalmente para a praia. O texto de Lucas 5:4 afirma que Jesus diz: Faze-te ao mar alto”, ou seja, afastam-se da praia. Mais: se você procurar o significado do termo descobrirá que esse “mar alto” se aplica ao ponto do mar onde não se pode mais se avistar a terra! Então não preciso dizer mais nada!

 

2)    O texto ainda afirma que “as redes quase se rompiam”. O rompimento da rede de pesca não se deve ao peso sobre ela colocado, mas sim ao peso associado ao movimento dos peixes. Peixes mortos ou muito enfraquecidos pela falta de oxigênio não se movimentariam, logo, a chance de rompimento da rede era quase que inexistente. Ainda, neste ponto, ressalta-se que sem qualquer condição de armazenamento moderno, nenhum pescador (nem hoje, muito menos naquela época) se arriscaria a levar pra casa milhares de peixes já mortos, sem conhecer a razão disso!

 

3)     Sobre a ocorrência do fenômeno: o próprio artigo afirma que trata-se de algo raríssimo – é necessária um combinação exata de timing e condições. Os registros indicam que isso ocorreu uma vez em 1990, uma vez em 2007 e duas vezes em 2012. Nada, niente, nothing, rien, nitchts, nadica de nada, nenhuma vez mais. Cientificamente, usar um número tão baixo de registros para afirmar que isso “poderia” estar ligado a algo ocorrido a mais de 2000 anos só é uma provocação pensada.

DETALHES DE UM MILAGRE

O dito anteriormente vale somente o milagre da pesca maravilhosa. E o que dizer sobre a tentativa de usar o mesmo argumento para o milagre da multiplicação de pães e peixes? Vale a pena gastar tinta nisso? Não vale! Mas não resisto à provocação:

1)    A Bíblia relata uma dupla multiplicação… será que os pães também morreram por falta de oxigênio e foram levados a praia? Uau, talvez esta seja a resposta! Perdoem-me a ironia, mas é irresistível não fazê-lo diante de certas coisas expressas como “científicas”;

 

2)    A primeira multiplicação de pães e peixes ocorreu em Betsaida, a 32km do lago de Genesaré. Então se há alguma tentativa de conexão, precisa ser com a segunda multiplicação de pães e peixes que ocorre (segundo Marcos) nas proximidades do lago em questão. Mas mesmo assim, os textos bíblicos afirmam que foi trazido até Jesus os pães e peixes que foram, então, multiplicados. Inclusive se considerarmos que Lucas era um médico, e que, portanto, era criterioso na forma de escrever, ele provavelmente escreveria que houve uma “coleta” de peixes que estariam mortos ou fragilizados a beira da praia, mas não é isso que lemos;

 

3)    por fim, para não te cansar, os textos afirmam que havia uma preocupação por parte dos discípulos com a falta de alimento nas proximidades de onde estavam reunidos. Se houvesse grande quantidade de peixes disponíveis a beira da praia, essa afirmação que é clara em todos os relatos, não seria feita.

Talvez caiba aqui um argumento extra. Perdoem-me se tenho fé demais, mas aprendo na Bíblia que Jesus tem autoridade sobre tudo e se Ele dominou enquanto aqui esteve sobre qualquer evento, fenômeno ou qualquer lei da natureza, não me surpreenderia em que mais uma vez, segundo Sua vontade, Ele movimenta-se céus, terra, leis, fenômenos, todas as criaturas, a fim de abençoar, cuidar e ensinar aqueles que diante dEle estavam! Há diversos relatos bíblicos, fenômenos incríveis, que são cientificamente explicáveis, mas não cientificamente CAUSADOS!

Por fim, não tenho dúvida: a pergunta no título do artigo, as rasas afirmações feitas no texto foram feitas para instigar os leitores e provocar (como provocou) a ampla divulgação do texto. O objetivo claro foi gerar visibilidade ao artigo… não há nada de científico na pergunta feita e muito menos na resposta dada como tentativa de explicação aos milagres. Foi só um título pensado. Parabéns aos autores por isso. Eles conseguiram chamar a atenção. Mas suas tentativas de invalidar ou justificar os milagres de Jesus, foram inúteis!

 

Texto: Pr. Tom Dias | Pastor responsável pela Igreja Adventista da Promessa em Vila Helena, Sorocaba (SP). Doutor em Geociência e Pós-Doutor em Cronologia Raios Cósmicos (UNICAMP). Professor Doutor da Universidade de São Carlos (UFSCar). 

 

[1] Área da biologia que estuda as condições ou aspectos biológicos, químicos, físicos, meteorológicos, geológicos ou ecológicos de lagos e pântanos.