Nesse fim de ano, você deveria dar um perfume de presente

E não estamos falando de perfume, apenas.

 

Quando chega o fim de ano, sempre vêm à mente os gastos: confraternizações, amigo oculto, lembranças, aniversários. Talvez, por pressão social ou por costume cultural, dezembro se torne o mês de concentrarmos não apenas os presentes, mas também as contas do ano. Afinal, são muitos os eventos em que precisamos estar, participar e viver.

Nosso desafio é sermos criativos ao escolher os presentes para as pessoas que amamos. Porém, o Evangelho nos desafia a ir além: a sermos “presentes” na vida das pessoas. Algo que, além das lembranças que levamos às festas, se manifeste por meio de nossas palavras e ações (Colossenses 3:17).

Uma das metáforas mais belas do Evangelho é a imagem do perfume. O apóstolo Paulo descreveu isso em 2 Coríntios 2:14-17:

“Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta a fragrância do seu conhecimento em todos os lugares. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto entre os que estão sendo salvos como entre os que estão se perdendo. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é capaz de fazer estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus. Pelo contrário, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.”

Paulo usa essa linguagem para ilustrar como Deus manifesta, através da igreja, o aroma de Seu conhecimento por onde quer que andemos. Estudiosos bíblicos explicam que, na época de Paulo, quando um general vencia uma batalha, havia uma procissão na cidade para celebrar a vitória, com incensos acesos em honra às divindades locais. Da mesma forma, na Antiga Aliança, sacrifícios e incensos eram oferecidos a Deus como símbolo de adoração (Êxodo 30:34-38; Levítico 2:2). Esse contexto ajuda a entender a conexão que Paulo faz para transmitir sua mensagem.

Portanto, a carta de Paulo não fala de um perfume literal. Ele nos leva a algo mais profundo. Os verdadeiros discípulos de Cristo conhecem a Palavra de Deus, vivenciam seus valores (João 8:31-32) e os compartilham em todo lugar, em tempo e fora de tempo (2 Timóteo 4:2), obedecendo à missão de guardar e ensinar tudo o que Jesus ordenou (Mateus 28:20). Esse “perfume”, para uns, é cheiro de vida; para outros, cheiro de morte, pois suas mentes estão fechadas ao conhecimento do Senhor (1 Coríntios 1:18).

 

APROVEITE AS OPORTUNIDADES

Se você está em Cristo, é hora de exaltar a Cristo em todos os lugares onde estiver (Filipenses 1:20-21). As festas de fim de ano são ótimas oportunidades para termos atitudes e palavras que exalem o amor de Cristo (João 13:34-35), abraços que reflitam o Senhor, a sabedoria de Deus e a comunhão do Espírito (Gálatas 5:22-23). As mesas de celebração podem ser momentos preciosos para mostrar que o Evangelho traz vida e esperança ao mundo (1 Pedro 3:15).

Por outro lado, se não formos bons exemplos, corremos o risco de sermos como a “mosca morta” mencionada em Eclesiastes 10:1:

“Assim como a mosca morta faz o óleo do perfumador exalar mau cheiro, assim também uma pequena tolice pode ter mais peso do que a sabedoria e a honra.”

Nossas atitudes não devem ser aquelas que estragam os momentos de celebração (Romanos 14:19). Pelo contrário, devemos promover vida, reconciliação, alegria e esperança (2 Coríntios 5:18-20).

Por isso, neste fim de ano, seja “o bom perfume de Cristo” (2 Coríntios 2:15), exalando as virtudes Dele, para que, ao observarem suas ações, os homens glorifiquem o Pai celestial (Mateus 5:16).

Por: Andrei Sampaio / Agência Promessista de Comunicação (APC)