Namorados, removam a angústia do coração

“É uma corrida por uma felicidade de vitrine, que muitas vezes nos deixa mais cansados do que felizes.”

 

Hoje, 12 de junho, o mundo nos convida a celebrar o amor. As vitrines estão decoradas, os feeds das redes sociais transbordam de declarações e a pressão por um gesto perfeito — o presente ideal, o jantar inesquecível, a foto impecável — pode se instalar silenciosamente em nosso peito. É uma corrida por uma felicidade de vitrine, que muitas vezes nos deixa mais cansados do que felizes.

Essa sensação, essa pequena ansiedade que nos cutuca, tem um nome: angústia. E a Palavra de Deus, com sua sabedoria atemporal, nos dá um conselho direto sobre isso. No livro de Eclesiastes, o sábio nos diz: “Alegra-te, jovem, na tua mocidade… anda nos caminhos do teu coração… Sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois, a ira [ou angústia] do teu coração.” (Eclesiastes 11:9-10, adaptado).

O conselho é um paradoxo maravilhoso: viva, alegre-se, siga seu coração, mas faça-o com a consciência de que suas escolhas têm um peso eterno. E a primeira escolha consciente que podemos fazer, especialmente hoje, é remover a angústia.

Como pastor, converso com muitos jovens e casais. No nosso ministério, minha esposa Regina e eu estamos prestes a completar 43 anos de namoro (somando namoro e casamento), e uma das coisas que aprendemos é que um relacionamento que glorifica a Deus não é medido pela sua aparência externa, mas pela sua saúde interna.

Penso numa analogia que usei em nossa conversa em vídeo hoje: a de uma famosa marca de chocolates. Por fora, ela vende um sonho: doçura, fantasia, alegria. Mas, nos bastidores, como notícias recentes têm mostrado, pode haver uma realidade de pressão, desigualdade e frustração para seus parceiros.

Muitos namoros, infelizmente, acabam vivendo essa mesma dinâmica. Por fora, postam o “chocolate”: o sorriso, a viagem, a declaração. Mas, no dia a dia, no “bastidor” do relacionamento, o que reina é a cobrança, a insegurança, o pecado não confessado, o desvio de rota. E isso gera angústia. Gera um coração pesado que não consegue se alegrar de verdade.

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Evangélicos crescem 5,2% e são 47,4 milhões de brasileiros, revela IBGE

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, houve uma queda de pouco mais de 8% entre os católicos romanos no período de 2010 a 2022. 

 

Dados revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram um crescimento de 5,2 pontos percentuais (p.p.) no número de evangélicos no Brasil. Eles somam agora 47,4 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais, o equivalente a 26,9% da população em 2022. Em 2010, eram 35 milhões, ou 21,6% da população. Porém, o crescimento está abaixo de medições de anos anteriores: no levantamento de 2000 para 2010, por exemplo, a alta havia sido de 6,5 pontos percentuais (de 15,1% para 21,6%). De 1991 para 2000, o avanço tinha sido de 6,1 pontos percentuais (de 9% para 15,1%).

Divulgado na última sexta-feira (06) em uma coletiva na Casa Brasil IBGE, no térreo do Palácio da Fazenda, no centro do Rio de Janeiro (RJ), o Censo Demográfico 2022: Religiões – Resultados Preliminares da Amostra, também apontou uma queda entre os católicos romanos: em 2010, eles representavam 65,1% da população (105,4 milhões de pessoas), caindo a 56,7% (100,2 milhões) em 2022, uma redução de 8,4 pontos percentuais.

Outro dado de destaque dos números, é que houve um crescimento entre os que se declaram sem religião: passaram de 7,9% para 9,3% da população entre 2010 e 2022, um aumento de 1,4 ponto percentual. Outros dados relevantes incluem, o crescimento de 0,3% (2010) para 1,0% (2022) da Umbanda e Candomblé; outras religiosidades, que passaram de 2,7% para 4,0%. Já os Espíritas registraram pequena queda, de 2,2% para 1,8%; e religiões de tradição indígena que representaram apenas 0,1% das declarações.

Um olhar promessista

Em fala enviada ao Promessistas.org, o Diretor Financeiro da Convenção Geral, Pastor Irgledson Galvão, analisou de três formas os dados. Primeiro, sobre a expansão do movimento evangélico, ele disse que isso pode indicar, uma sede da sociedade pelo Evangelho. Pessoas carentes de um caminho que traga segurança para suas vidas”. E ainda afirmou que esse crescimento é, “uma grande oportunidade do Brasil se tornar, nos próximos anos, o maior país evangélico do mundo e o maior enviador de missionários para outras nações”

Outro ponto na leitura do Pr. Galvão sobre o Censo Demográfico do IBGE, é que o crescimento dos “sem religião”, cerca de 18 milhões de pessoas, é uma  oportunidade para a igreja. “Esse crescimento reflete uma tendência de secularização e de distanciamento institucional da fé, especialmente entre os jovens e os mais escolarizados. Pode envolver tanto ateus e agnósticos quanto pessoas ‘espiritualizadas’ sem vínculo com igrejas. Portanto, é um grupo em potencial não-alcançado para nós focarmos neles também”

 

A Promessa e a missão no Brasil

Por último, Irgledson mostrou qual a relação do Censo com a missão da Igreja Adventista da Promessa no país. Segundo ele, há uma necessidade dela estar presente de forma relevante e contextualizada na sociedade brasileira. “A MISSÃO exige uma ação missionária mais estratégica, criativa e relacional, especialmente nos centros urbanos e entre os jovens”. Além disso, comentou o pastor, é preciso um discipulado mais profundo. “Não basta ‘aumentar números’, é preciso formar discípulos sólidos, bem preparados, capazes de testemunhar com coerência no mundo pós-moderno e digitalizado.” E ainda pontuou a necessidade da igreja se engajar com quem está de fora: “Ela precisa oferecer acolhimento, clareza doutrinária e vida comunitária verdadeira”.

Para uma atuação da igreja mais efetiva, o líder disse ser necessária uma expansão geográfica e demográfica intencional. É necessário analisar os dados regionais disponíveis nos recortes do IBGE (link abaixo), para identificar áreas menos alcançadas no país (cidades do interior, zonas metropolitanas e populações específicas: como indígenas, pretos e pardos, escolarizados). “Se a igreja fizer um bom recorte disso aqui, ela focará naqueles que ainda não ouviram e estão carentes do Evangelho de Jesus”

Por último, Pr. Igledson alertou para que os promessistas tenham um “testemunho público relevante. Isso porque, “com a diversidade religiosa crescendo, é essencial que a Igreja Adeventista da Promessa mantenha sua identidade cristocêntrica, bíblica, mas com diálogo respeitoso e missão atracional, sendo ‘sal da terra e luz do mundo’”.

 

Para se aprofundar

A divulgação contemplou informações sobre as religiões e cultos professados no país por pessoas com 10 anos ou mais de idade na data de referência da pesquisa: 2010 à 2022. O Censo Demográfico de 2022 pode ser lido completo no link ao lado: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/43593-censo-2022-catolicos-seguem-em-queda-evangelicos-e-sem-religiao-crescem-no-pais

Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC).
Com informações: Agência IBGE Notícias e Agência Brasil. 

Fotos: Editada/Divulgação Convenção Paranaense (capa).