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Ninguém escapa do pecadômetro

A lei de Deus é perfeita, revela nosso estado e denuncia nossa realidade.
Por que se gasta com bafômetro? Gasta-se com os aparelhos, com policiais, muitas vezes para nada. Parece piada, todo dia tem um famoso nas páginas dos jornais que se recusou a fazer o teste do bafômetro. De artistas e políticos até ao técnico da seleção brasileira a reação tem sido a mesma, quando pegos numa blitz, simplesmente se recusam ao teste, a lei lhes garante esta posição.
Normalmente, as blitz nas quais são surpreendidos os famosos, são aquelas que a polícia faz na madrugada, justamente para pegar o pessoal que vem das noitadas e baladas. Alguns chegam a ser flagrados sem habilitação e com documentos vencidos. Mas, e o bafômetro, para que serve?
O cidadão comum sabe como deveria ser a lei. A opinião popular diz que o motorista até pode negar-se ao teste, mas, ao se recusar, estaria confessando ter ingerido álcool, simples assim. Mas não, ficam os policiais como patetas, sentindo o cheiro da bebida, vendo o estado aparente que evidencia a ingestão de álcool e sem muito o que fazer.
Enquanto isso, as mortes causadas por embriaguez só aumentam. Vermos motoristas com uma mão no volante e a outra segurando uma latinha de cerveja já se tornou lugar comum. Enfim, uma multidão de motoristas-bebedores-anônimos está bem tranquila com seu vício, afinal o político, o cantor, o jogador e o ator são pegos e nada acontece. Logo, para que se preocupar?
Pode ser que no caso do bafômetro a lei ainda seja manca e se consiga enganar por um tempo. Pode ser. Na blitz do pecadômetro, no entanto, ninguém engana, muito menos escapa.
Pecamos, é um fato. Porém achar normal o pecado é perigoso, muito perigoso. Tem gente zoando da lei escondido na máscara de um pífio discurso que alega estar debaixo da graça. A graça não nega a importância da lei para o bem viver. A graça nos salva de graça, mas não elimina nossos deveres para com a lei, que apontam para respeitar, tolerar, perdoar, ajudar e amar o próximo.
Tem gente achando que dá para aprontar todas e nunca nada acontecerá nada como consequência. Todo mundo faz e nada acontece, pensam. O problema que passa despercebido é que a blitz contra o pecado não é feita por gente como a gente, é feita por seres celestiais. O pecadômetro, por sua vez, se resume num livro, chamado palavra de Deus, e penetra até a divisão da alma e do espírito. Ou seja, não existe uma minúscula possibilidade de esconder, encobrir ou disfarçar nossos pecados, por leves ou pesados que sejam.
As leis e constituições mudam, falham, envelhecem, caducam. A lei de Deus é perfeita, revela nosso estado e denuncia nossa realidade. Diferentemente das leis de trânsito, onde perdemos pontos na carteira e às vezes, até a carteira, na lei de Deus, transgredir e esconder, faz a gente perder a paz na alma.
Multas custam caro. Curso de reciclagem é chato. Na lei de Deus basta o arrependimento de um coração contrito e disposto a mudar. A graça maravilhosa, imerecida e inexplicável, perdoa, abençoa, resgata e salva. Não escapamos do pecadômetro, mas também não escapamos do incondicional amor de Deus.
Edmilson Mendes é pastor da IAP em Pq. Itália (Campinas – SP) e integrante do Departamento Ministerial da IAP.

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