Como na história de Jonas, o barco dos desobedientes está fadado ao naufrágio
“Jonas se dispôs a fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar. Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente. Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para que não pereçamos. E diziam uns aos outros: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. Então, lhe disseram: Declara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu? Ele lhes respondeu: Sou hebreu e temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra.” (Jn 1:3-9).
Jonas é classificado pela Bíblia como profeta menor, pois o volume de seu livro é considerado pequeno quando comparado aos profetas maiores, como Isaías e Jeremias. Sua origem é da cidade de Gate, que se encontrava na região da Galileia. Curiosamente, tal origem nos informa que os fariseus estavam errados quando disseram que “não poderia vir profeta da Galileia” (Jo 7:52). Jonas era um profeta galileu. Seu ministério é diferenciado dos demais profetas, pois Deus o chamou especificamente para falar aos gentios.
Não vemos no livro de Jonas nenhuma profecia para os judeus. Sua missão era transmitir o recado de Deus à cidade gentílica de Nínive. Assim sendo, Jonas era profeta dos gentios. Embora fosse portador de uma missão especial, o profeta galileu é conhecido nos púlpitos de nossas igrejas por ter resistido ao chamado divino. Sua resistência e as consequências dela nos alertam o quanto é importante pregar o evangelho e o quanto é perigoso negligenciar esse mandamento.
Deus comissionou Jonas para Nínive, porém o profeta comprou passagem para Társis. No mapa bíblico, Társis fica na direção oposta de Nínive. Ao deixar de cumprir o chamado missionário de Deus, Jonas rumava em direção oposta à vontade do Senhor. Quando deixamos de cumprir a missão proclamadora do evangelho nos assemelhamos ao profeta de Nínive. Viajamos em direção completamente oposta ao que Deus nos propõe. Nossa vida se distancia daquilo que o Senhor prepara para nós. A resistência de Jonas causou embaraços em seus planos e nos planos dos marinheiros. Sua desobediência fez o mar se revoltar e impediu o progresso de sua viagem.
Os tripulantes daquela embarcação estavam prestes a terem suas vidas interrompidas por causa da omissão missionária de um único homem. Jonas descobre que é impossível fugir da presença de Deus e que aquela descabida atitude comprometeria não somente a sua vida, mas as de outros também. Desobedecer ao chamado missionário traz sérios transtornos ao desobediente e a outras pessoas que estão a sua volta. Deus não abre mão do chamado que faz. Desobedecer a esse chamado é desafiar a soberania divina. Deixar de pregar o evangelho pode atrair terríveis ventanias. O barco dos desobedientes está fadado ao naufrágio. O Deus que chama é o mesmo que controla a tempestade.
Não se deve negligenciar a ordem do Senhor. Diversas tempestades na vida profissional, acadêmica, familiar e pessoal podem ser evitadas se o chamado for atendido prontamente. Devemos acatar o chamado de Deus a fim de que nossa vida e das demais pessoas não sejam comprometidas. O trajeto de Deus não incluía uma forte ventania, um corpo lançado ao mar e um peixe engolindo um profeta. Essas medidas divinas foram causadas pela negligência missionária de Jonas.
O chamado missionário precisa ser correspondido antes que o mal sobrevenha. Corramos para Nínive antes que o céu enegreça e os ventos soprem. Antes que seja necessário sermos lançados ao mar e engolidos por um peixe. Dirigir-se ao lugar errado significa colocar em risco a salvação daqueles que precisam de Deus.
O profeta Ezequiel sentiu o peso dessa responsabilidade ao ouvir a voz de Javé lhe dizendo “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão.” (Ez 33:8). Ao ouvir o chamado missionário de Deus é preciso correr e avisar o ímpio do seu pecado enquanto é tempo. Devemos acatar o chamado de Deus a fim de que nossa vida e das demais pessoas não sejam comprometidas.
Depois de travar uma luta contra o chamado missionário, Jonas resolveu atendê-lo. No ventre de um peixe, o profeta compreende que o melhor lugar do mundo é o lugar que Deus quer que o homem esteja. Nínive era o lugar de Deus para Jonas. Naquela grande cidade Deus usou aquele missionário para salvar milhares de pessoas. Milhares de vidas esperavam a sua pregação.
Semelhantemente, milhares de ninivitas espirituais aguardam uma palavra de ânimo dos servos de Deus. O Senhor tem nos chamado para irmos a “Nínive” deste mundo pregar salvação e arrependimento. Ouçamos a voz de Deus e cumpramos a obra missionária que o Senhor tem colocado em nossas mãos.
Pr. José Wilbert Magalhães é vice-superintendente na Convenção Litoral e Leste Paulista
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