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Riqueza, glamour e humildade

Três aspectos que cercaram a vida de Hebe Camargo
 
Sem entrar em pormenores espirituais da vida da apresentadora Hebe Camargo (visto ter sido pouco explorado esse lado), a rainha da TV construiu uma carreira ao longo de mais de 60 anos que, com toda certeza, lhe rendeu muitas riquezas. Pelo menos sua casa em São Paulo e outras regalias desfrutadas pela apresentadora, demonstravam isso.
Além da riqueza conquistada por seu trabalho, Hebe tinha glamour. Era uma mulher considerada elegante. Participava da alta sociedade paulistana. Exibia em seus programas e entrevistas suas luxuosas joias, roupas e sapatos. Sem falar de sua fama.
Pelo que pude perceber apesar de toda riqueza e glamour a apresentadora mais querida da TV brasileira conseguiu se relacionar muito bem com suas riquezas. Pelo que ouvi, nas entrevistas e depoimentos a respeito dela, pude notar que Hebe era uma pessoa humilde. Apesar de todo seu luxo, tratava bem tanto as pessoas em esfera pública como as pessoas em esfera particular.
Ouvi dizer que esta pecadora não demonstrava nas frentes das câmeras uma personagem, porém, mostrava sua essência, mostrava quem realmente era. Não é a toa que não se ouviu algo que difamasse a apresentadora. Sinceramente, sua humildade foi algo que sempre me chamou a atenção.
Saber se relacionar com os bens, as posses, as promoções no trabalho, as notas altas na escola e na faculdade, a boa apresentação musical no culto, o novo cargo na igreja local e na instituição, é para poucos. Por que é difícil? Porque nossa tendência é nos esquecer que, apesar de termos subido mais um degrau na vida, não temos o direito de dizer que estamos no palco e os outros, na plateia. Isso não nos dá o direito de “comer o mel sozinho”, sem esquecer que fomos ajudados a alcançar tal objetivo.
Saber nos relacionar com o dinheiro é algo que devemos pedir a Deus: Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça alguns se desviaram da fé e se torturaram com muitas dores (1 Tm 6:10). Ser humilde não é ser maltrapilho, se vestir mal, embora o luxo não ajude muito a exteriorizar a beleza interior, mas ser humilde é ter e não se prevalecer daquilo em relação aos outros. Ser humilde é não se apegar as coisas que sabemos que são nossas, pelo contrário, permanecer acessível para com as pessoas.
Longe de ter Hebe como um modelo espiritual, porém, acho interessante essa qualidade em uma pessoa que poderia esnobar e não o fez, pelo menos na maioria das vezes. Acima de qualquer mortal, seja Hebe, você ou eu, está nosso Senhor Jesus Cristo, que poderia prevalecer-se de sua posição de Deus, Senhor e Rei e Filho do Pai, porém (como ouvi numa mensagem), pagava os impostos honestamente (Mateus 22:17-21) e mais do que isso, se tornou um ser humano, igual a nós, para nos salvar. Isso mostra que Jesus preferia ser acessível às pessoas a se apegar às posições, como diz a Palavra:

Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, existindo em forma de Deus, não considerou o fato de ser igual a Deus algo a que devesse se apegar, mas, pelo contrário, esvaziou a si mesmo, assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens. Assim, na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus também o exaltou com soberania e lhe deu o nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. (Fp 2.5-11 AS21).

Andrei C. S. Soares é colaborador do Departamento de Educação Cristã (DEC) e congrega na IAPem Pq. EduChaves(São Paulo, SP).
 
 

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