Publicação de 1952 traz visão clara sobre a graça e a lei
No ano de 1952, isto é, dez anos antes da publicação de “O Doutrinal”, a Comissão de estudos da Igreja Adventista da Promessa elaborou um livreto bem simples e sucinto, com o título: Manual dos Trinta Pontos Preliminares da Nossa Fé. Era um livreto utilizado para a ministração de estudos para novos convertidos.
Esta semana tive a oportunidade de ter este livreto em mãos, e um trecho de um dos estudos me chamou atenção. Uma questão que até hoje gera tensões, dita de maneira clara e simples. Compartilho, abaixo, o referido texto, extraído do capítulo intitulado “A salvação pela fé”.
“Somos salvos ou justificados, em primeiro lugar, pelo poder de Deus em resposta a nossa fé. Somos guardados e santificados pelo mesmo meio. A justiça pela qual somos justificados é imputada”, p. 17.
“Há dois erros contra quais os filhos de Deus – particularmente os que só há pouco vieram a confiar em sua graça – devem, especialmente, precaver-se. O primeiro (…) é o de tomar em consideração as suas próprias obras confiando em qualquer coisa que possa fazer, a fim de pôr-se em harmonia com Deus. Aquele que procura tornar-se santo por suas próprias obras, guardando a lei, tenta o impossível. Tudo o que o homem possa fazer sem Cristo está poluído de egoísmo e pecado. É unicamente a graça de Cristo, pela fé, que nos pode tornar santo.
O erro oposto e não menos perigoso é o de que a crença em Cristo isente o homem da observância da lei de Deus; que, visto que só pela fé é que nos tornamos participantes da graça de Cristo, nossas obras nada tem que ver com a redenção”, p. 18.
Evitemos os dois erros de longa data, acima mencionados. Somos salvos “pela” graça (Ef 2:8). Contudo, jamais esqueçamos que esta graça que nos salva (Tt 2:12), nos ensina a obedecer (Tt 2:13); que não somos salvos “pela” obediência (Ef 2:8-9), mas “para” a obediência (Ef 2:10). Que a graça nos proteja até o fim!
Pr. Eleilton William de S. Freitas é colaborador do Departamento de Educação Cristã da IAP.