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De olho na notícia, de olho na Bíblia: Guerras e rumores de guerras

Precisamos desesperadamente de uma intervenção de Deus! E ela virá!  Todos os sinais do “princípio das dores” servem para nos lembrar que Jesus virá!

 

Antes de falar das guerras e da guerra em Israel, especificamente, deixe-me dar um panorama do que o Novo Testamento diz sobre os “últimos dias”. De acordo com a perspectiva do Novo Testamento, nós já estamos vivendo os “últimos dias” (At 2:17; 1 Tm 3:1; Hb 1:2). Esta expressão se refere ao tempo que se estende entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Olhando para a história do ser humano sobre a Terra (pós pecado), numa linha cronológica, entramos no último período da mesma com a primeira vinda de Cristo. Mas, antes de chegar o dia da consumação e do ponto final a todo pecado e sofrimento (com a sua segunda vinda a Terra), Jesus mencionou alguns sinais indicadores que aconteceriam durante estes “últimos dias”. Podemos dividir estes sinais em dois grupos.

Em primeiro lugar, Ele falou de vários sinais que aconteceriam de maneira repetida ao longo dos últimos dias.  À medida que o fim se aproxima, estes sinais se intensificariam cada vez mais. Eles estão dentro do que Jesus chamou de “princípio das dores” (Mt 24:8). Esta expressão destacada evoca a imagem de uma mulher prestes a dar à luz e sofrendo com as intensas dores das contrações. Uma mulher em trabalho de parto tem suas dores aumentadas cada vez mais até o momento do nascimento da criança.

É essa imagem que Jesus quer que tenhamos à mente diante deste primeiro grupo de sinais: eles vão se repetindo e se intensificando cada vez mais. E que sinais estão localizados neste primeiro grupo? a) ilusão religiosa (Mt 24:5, 11); b) Guerras (Mt 24:6); c) Fome e miséria (Mt Mt 24:7); d) Epidemias e abalo econômico (Lc 21:11); e) Desastres naturais (Mt 24:7); f) Martírio, perseguição e ódio aos cristãos (Mt 24:9); g) Apostasia e traição (Mt 24:10); h) Desestruturação familiar (Mc 13:12); i) Iniquidade em alta e amor em baixa (Mt 24:12); j) Pregação do evangelho a todas as etnias (Mt 24:14).

Em segundo lugar, Jesus falou de um grupo de sinais, em seu sermão profético, que acontecerão nos dias imediatamente anteriores a sua segunda vinda. Ele fala sobre o surgimento do abominável da desolação (Mt 24:14) e de dias de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, que Deus criou, até agora, e nunca jamais haverá (Mt 24:19). O abominável da desolação diz respeito ao Anticristo (2 Ts 2:3-4), um personagem histórico que surgirá no final dos tempos. O período de tribulação, diz respeito a “Grande Tribulação” que acontecerá no final dos tempos e que se iniciará com o surgimento do anticristo. Será um tempo de intensa perseguição e dor. Estes dois sinais – o surgimento do Anticristo e a Grande Tribulação -, quando se iniciarem, mostrarão que a história caminha rapidamente para a consumação. O livro do Apocalipse oferece mais detalhes sobre o tudo o que vai acontecer nestes dias, quando apresenta os juízos das sete trombetas (Ap 8-9) e das sete taças da cólera de Deus (Ap 16).

Foto: Reuters\Ibraheem Abu Mustafa\Reprodução.

 

A QUESTÃO DAS GUERRAS

Pois bem, uma vez assentada estas questões, voltemos a questão das guerras. Como mencionei, elas estão no primeiro bloco de sinais que antecedem a volta de Cristo, no período chamado “princípio das dores” (período que estamos vivendo hoje). Sobre elas, Jesus disse: “Quando, porém, ouvirdes falar em guerras e rumores de guerras, não vos perturbeis. É necessário que assim aconteça, mas ainda não é o fim” (Mc 13:7). Quando Jesus pronunciou estas palavras, o mundo vivia em “paz” (a chamada “pax romana”). Entretanto, desde que Jesus disse estas palavras, guerras tem acontecido no mundo todo. Elas trazem destruição, medo, morte. As nações já estavam em alerta por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia. Agora, assistem preocupadas o desdobramento da guerra entre Israel e o Hamas.

 

O que a igreja deve fazer? Antes de tudo, orar. Orar pelo fim da guerra. Orar pelas famílias de israelenses e palestinos, vitimadas pelos bombardeios. Orar por Israel. Orar pelos palestinos, que por conta deste grupo terrorista, sofrem juntamente com seus familiares. Devemos orar e continuar confiando em Deus. O fim do mundo não se dará por meio de uma guerra. “Ainda não é o fim”, disse Jesus.

As guerras servem para nos lembrar que o coração do ser humano é corrompido. Elas servem para que nos indignemos contra o pecado (é revoltante ouvir algumas coisas que estão acontecendo com inocentes nesta guerra). As guerras nos lembram que, desde que o pecado entrou na história humana, não temos mais condições de resolver os nossos problemas. A ONU não vai resolver os problemas mundiais. Precisamos desesperadamente de uma intervenção de Deus! E ela virá!  Todos os sinais do “princípio das dores” servem para nos lembrar que Jesus virá!

Finalizo lembrando que os sinais do sermão profético de Jesus não servem tanto para demonstrar “quando” Ele virá, mas para nos dar a certeza de que Ele virá! Estes sinais têm acontecido ao longo deste período da história chamado últimos dias (acabamos de sair de uma pandemia), e vão intensificar cada vez mais. Contudo, quando ouvirmos falar destes sinais ou os presenciarmos, não significa que o fim do mundo chegou; eles são alertas de que o fim do mundo se aproxima, cada vez mais!

Ora vem Senhor Jesus!

 

Pr. Eleilton Freitas | Vice-Presidente da Convenção Geral das Igrejas Adventistas da Promessa no Brasil e Diretor da Editora Promessa.

Foto (capa): Reuters | Violeta Santos Moura | Reprodução.

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