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The End

O filme valeu a pena ou foi pura perda de tempo?
Quando assistimos a um filme estrangeiro, aparecem no final estas palavras indicando que o enredo, a trama, o drama, a comédia ou a ação terminaram. Alguns filmes são marcantes e nos deixam com um gosto de “quero mais”, pois ensinam algo de relevante. Outros, concluímos que não valeram a pena, pura perda de tempo. O sábio Salomão, lá pelo ano de 931 a.C, em Eclesiastes 7: 8 já dizia que “Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas”.
O que há de positivo no fim? Conhecemos o percurso; adquirimos alguma experiência; conhecemos pessoas no trajeto; não teremos que repetir os reveses sofridos e, afinal de contas, os melhores dias do passado só residirão em nossa memória, em parte real, em parte fantasia, lembranças.
Acabou o ano, final de ano. Somos chamados a uma introspecção, uma reflexão, naquilo que aprendi, naquilo que fiz ou deixei de fazer em todas as áreas da minha vida, valeu a pena? A Palavra de Deus me respalda dizendo: “Os olhos do Senhor, teu Deus, estão sobre ela (terra do povo de Deus, espaço delimitado, onde o povo da promessa coloca os pés) continuamente, desde o princípio até ao final do ano” (Dt 11:12).
Pode ser que nessa reflexão você conclua que foi um filme ruim, pura perda de tempo, como aquele aluno que estudou bastante, entretanto, não foi o suficiente para passar de ano letivo. Você sente como se nada de positivo tivesse sido acrescentado em sua vida no transcorrer de um ano. Em vez de lamentar, ou culpar alguém, ou mesmo Deus, vale também uma reflexão de tudo que você, planejou, buscou e realizou, bem como em tudo o que investiu as suas forças. Foi em fazer o bem sem olhar a quem? Ajudou ao próximo? Cooperou com o bom desempenho de sua igreja? Do seu pastor? E dos seus irmãos em Cristo? Foi sábio? Pregou o evangelho? Como disse a escritora Stormie Omartian: “Tudo o que você faz conta. Contará para a vida ou para a morte”.
Aqueles que realizaram, fizeram, ajudaram, cooperaram de verdade, se empenharam, chegarão ao final do ano realizados interiormente, satisfeitos, e agradecidos pelo que Deus realizou em suas vidas. Entendo que o fim do ano é um treinamento para o final da nossa existência na terra, pois a Bíblia diz, que será sem precedentes o término de todas as coisas, juízo, julgamento, banimento, destruição, dor, lamentação (Ez 7:1-13). Contrastado com gozo inefável, coroa de Glória, regozijo, salvação: “Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação, exultaremos e nos alegraremos”.(Is 25:9)
Enfim chegou a parousia, palavra grega que significa visita real, presença real de Cristo a buscar os seus servos, os eleitos que creram e aderiram a sua causa com compromisso e dedicação, esforçados em ressaltar e viver os seus ensinamentos e princípios diuturnamente.
Devemos chegar ao fim bem preparados. Hoje, poucos são os que falam sobre escatologia, a doutrina final das ultimas coisas, estão um tanto preocupados com o aqui e agora. O final do ano não é meramente para pensar em: presentes, festas, jantares, churrascos, passeios, confraternizações de igrejas locais etc. Jesus alertou-nos quanto aos “cuidados da vida”, pediu-nos para vigiarmos, para não sermos traídos na nossa dedicação a ele. (Lc 21.34).
Chegamos ao término de mais um ano, além das coisas costumeiras, habituais que fazemos como todo mundo, cabe-nos também uma análise das perdas e danos espirituais e planejarmos um recomeço em pouco dias, em poucas horas, afinal é o fim, com esperanças enormes de um recomeço, como diz a Palavra de Deus: “… desde o ano passado começastes a não só praticar, mas também querer.” (II Co 8:10).
Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste.

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