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A consciência revela o Criador

“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste; que é o homem, para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o visites?” (Salmo 8:3-4)

 

A questão da consciência representa um ponto de ruptura diante das explicações científicas que tentam reduzir a origem da vida e da mente humana apenas à evolução. A ciência, por mais que descreva processos biológicos e a organização da matéria, não consegue demonstrar como algo puramente físico poderia gerar a experiência subjetiva, a autoconsciência e a capacidade de reconhecer a própria existência.

Não se trata de uma mera lacuna a ser preenchida futuramente: é um limite estrutural que desmonta a lógica da teoria evolutiva. A evolução pode, em seus modelos, sugerir adaptações, transformações e seleção de características, mas em nenhum momento explica como da matéria bruta emergiria algo tão imaterial quanto o pensamento, a intencionalidade e a espiritualidade. A consciência, portanto, não pode ser considerada fruto do acaso ou de processos cegos e automáticos.

Esse abismo entre a explicação materialista e a realidade da consciência aponta para uma verdade maior: a vida consciente só pode ser explicada pela ação de um Criador. A passagem da inércia da matéria para a riqueza da mente humana não é continuidade, mas um salto — e esse salto exige uma causa transcendente. A própria razão testemunha que a consciência não é um acidente, mas um dom, uma marca da imagem de Deus impressa no ser humano.

 

Reconhecer o Criador não é negar a ciência, mas afirmar que o conhecimento humano encontra seus limites quando tenta reduzir o espiritual ao material. A ciência pode descrever o funcionamento da parte física do ser humano (corpo), mas não explica a totalidade do ser, ou de sua parte mais profunda, ligada aos sentimentos, vontades e emoções (alma). Pode mapear o cérebro, mas não traduz a experiência do “eu sou”. Essa incapacidade não é falha passageira, mas sinal de que a consciência pertence a uma ordem superior, ligada diretamente ao Deus que a concedeu.

Assim, o fracasso das teorias puramente naturalistas em explicar a origem da consciência não apenas deixa uma dúvida em aberto, mas derruba o edifício da evolução quando usada como narrativa totalizante da vida. Diante disso, a única explicação coerente é que fomos criados com propósito, à imagem e semelhança de Deus, como ensina a Bíblia: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. […] Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 1:1; 2:7)

A Palavra revela o que a ciência não pode explicar: a consciência é obra do Deus Criador, que nos fez não apenas para existir, mas para viver em comunhão com Ele e contemplar sua grandeza.

 

José Rubens Cortez Filho | membro da Promessa de Lucas do Rio Verde (MT); Professor de História e Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

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