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A gênese do perdão

O perdão “se fez carne” – Jesus, nosso antídoto
Quando o Senhor criou o mundo, criou-o perfeito (Gn1.10, 12, 21, 25 e 31), todavia, o inimigo jamais se conformou com isso. Ao ver a obra-prima de Deus – o Homem – enfeitando o jardim plantado no centro da criação maior, tratou logo de destilar seu veneno pra testar a “perfeição de Deus”, a força (e/ou fraqueza) do ser humano e o poder de sedução e de persuasão dele.
O uso da figura de uma serpente é oportuno para representar a astúcia, a rapidez no golpe, a mira certeira e o veneno letal do Diabo. Aliás, as Sagradas Escrituras declaram que “a cobra era o mais esperto, o mais astuto dos animais que o Senhor havia criado” (Gn 3.1). Com a arma nas mãos (ou na língua), teria condições de “matar” a humanidade.
Sua intenção era além-Éden, queria atingir o futuro, pensava em comprometer o resto da semente. Ele sabia que no momento em que seu veneno penetrasse no coração de Adão e de Eva, esse órgão se encarregaria de espalhá-lo, por meio do sangue, para todo o corpo (e todo corpo – as demais gerações) e assim aconteceu!
O veneno entrou pela boca do Homem e o contaminou, com ele veio o pecado que matou a dignidade do primeiro casal e levou a humanidade a receber as maldições instituídas por Deus (Gn 3.14-20) e a estar fadada à perdição, se não fosse o plano redentor de Cristo – via perdão, também pelo sangue.
Após a dose letal, nada mais era como antes, o veneno se espalhou: os olhos se abriram para a maldade (Gn 3.7), a boca pecou (Gn 3.12-13), a mente se deturpou (Gn 3.6) e a alma foi “condenada” à morte (Gn 3.19).
O que fazer diante de tamanha falta?
Não houve como evitar a contaminação à descendência de Adão, por isso o perdão “se fez carne” e o homem já não precisaria imolar um animal e usar sangue dele como remédio, inúmeras vezes (Lv 19.22; Num 15.25).
Deus enviou o único antídoto capaz de neutralizar, de uma vez por todas, o veneno da serpente. Esse “soro antiofídico”, vindo dos céus, seria usado pela humanidade em dose única, não havendo necessidade mais de doses constantes de “soro caseiro” (Lv 4.20), pois o sangue do Cordeiro livrou a todos do veneno da morte e lhes deu vida eterna…
Que maravilhoso perdão o de Deus! (Ef 4.22).
No próximo artigo, estaremos contando um pouco da história do perdão e dessa ação do Pai Nosso para chegar à fórmula. Não perca!
Esther Maria de Souza Braga é professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e atuou na FATAP Extensão Norte.

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