O dia seguinte do jogo Brasil X Alemanha revelou muita gente vazia, procurando significado onde não existe
“Um escorpião estava parado em frente a um rio que queria atravessar, e não encontrava a forma de fazê-lo, ia de um lugar para outro e nada, não encontrava uma passagem. De repente, chega um elefante com o mesmo propósito, então o escorpião lhe pergunta:
– Elefante, dá para você me deixar subir nas suas costas para ir ao outro lado do rio?
– Você está maluco, assim que o deixe fazer isto sentirei seu ferrão e vou morrer.
– Não, querido elefante, caso faça isto irei morrer com você, já que me afogarei no meio do rio. Nunca faria isto.
– Não sei não, sempre soube que os escorpiões são muito ardilosos.
– Por favor, senhor elefante, somente quero atravessar o rio, nunca faria isso.
O elefante da história se deixa convencer e permite que o escorpião suba nas suas costas e começa a atravessar o rio. Quando estão no meio da travessia, sente a ferroada do escorpião e diz:
– Escorpião nos dois vamos morrer, por que você fez isso?
– Não sei, acho que não consigo ir contra minha índole.”
Penso que com essa velha historinha dá pra gente ter uma noção do que significa viver à mercê de nós mesmos. Não se pode esperar muito de quando somos abandonados aos nossos próprios critérios.
Explico. Paulo, o apóstolo, traz no mínimo uma condição muito pessimista da condição humana quando escreve aos Romanos: “Não há um justo sequer, não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus”.
Essa não é uma questão meramente moral daquilo que fazemos ou deixamos de fazer, e sim uma questão de natureza… SOMOS assim, diz Paulo, essa é a nossa índole. O que se pode esperar de um sistema quando ele é dominado exclusivamente pelos critérios humanos? Se você espera que algo possa acontecer de sincero ou promissor com alguém que meça caráter e sinceridade a partir de si mesmo, se engana e se engana feio!
Aí, algumas pessoas questionam o filme “Noah” esperando que o tal fosse conter uma perspectiva sincera em relação ao relato bíblico! Ah, e nós esperávamos mesmo isso de Hollywood? Precisamos nos conhecer melhor. Espantaríamos-nos com o tanto da Vida de Cristo precisa haver em nós.
Sobre a “Copa das Copas”, permitam-me fazer algumas objeções que o tal direito de expressão me permite por ora. Esse sim, foi e está sendo um grande evento financiado por bilhões de reais, que a nossa mente e calculadora não terão zeros o suficiente para calcular. Mas já era previsto mais um grande evento, como as eleições o serão daqui a pouco, e faço minhas as palavras do Pr. Hermes Brito: “Temos tudo para viver mais um ano sem Jesus Cristo!”. O coração do homem vive fabricando esses ídolos, disse o profeta Ezequiel; precisamos de algo que preencha a glória perdida no Éden, e daí por diante não dá para calcular as catástrofes que resultarão do humanismo moderno!
Nós, brasileiros, somos apaixonados por futebol, isso é inegável, conseguiram nos pegar desta vez! Uma copa em casa, aquelas camisas amarelinhas atrás de uma bola, é plenamente suficiente para vibrarmos e pularmos juntos na rua, ou até num espaço apertado dentro de casa: a torcida! Esse apego profundo nos levou reduzir a nacionalidade e até “brasilidade” a um esporte ou a um evento esportivo com renome mundial.
Espaços vazios. Foi isso que definiu para mim o dia posterior de Alemanha x Brasil no campeonato mundial de Futebol – FIFA 2014; vi gente chorando, vi gente triste, vi gente perdida. Perdidos de si mesmos, procurando alguma coisa para preencher o vazio que ainda não foi preenchido pela possível vitória que não veio; perdidos de alma, carentes de Deus, carente de Vida! E se alguém não concorda, digo eu, não quero esse tipo de vida pra mim, não quero depender de um pão aqui e um circo ali para dizer que existo e minha vida faz sentido!
A tentativa de Paulo em Romanos é de nos explicar a situação deplorável em que estamos, e não é só para nos desesperar, mas para dizer onde a gente vai poder buscar glória de verdade. Somente em Jesus poderemos ter a glória de Deus, que não destrói, que não se esvai facilmente como a arrogante glória humana, que não se apóia em uma (por incrível que pareça) fraca taça de Copa do Mundo!
A glória de Deus é uma glória que vem dele, passa por nós; dá-nos sentido e propósito de existência à medida que vamos nos tornando semelhantes a Jesus Cristo, e volta para Deus, lugar de devida honra e mérito!
A velha história que conta sobre quem somos é bem parecida com a do escorpião infeliz, que acabou morrendo por depender de quem era. Em Cristo Jesus podemos ser “o melhor” para Ele, preencher os espaços vazios da alma com muito mais do que eventos ou grandes circunstâncias “midiológicas”. Se estamos atravessando o rio da vida cientes destas coisas é provável que usemos muito menos de nossos “ferrões”!
Ms. Marciel Diniz é responsável pela IAP em Japurá (PR).
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