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As mulheres e seu testemunho da morte e ressurreição | Dsa. Andrea Nunes

Anunciar a ressurreição de Cristo foi mais do que uma missão, foi um ato de fé.

 

“De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito. E eis que o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo, a terra tremeu, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram, e muitos corpos de santos que tinham dormido foram ressuscitados; e saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos. Ora, o centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era filho de Deus. Estavam ali muitas mulheres, observando de longe; eram as que vinham seguindo a Jesus desde a Galiléia, para o ouvir”. (Mateus 27: 50-55)

 

“Elas estavam ali”! Aquelas mulheres sensíveis (algumas poderíamos até chamar de garotas, pois eram bem jovens) sempre estiveram próximas de Jesus, porque o amavam, o serviam, o alimentavam, o vestiam, davam-lhe abrigo, aprendiam com Ele, e antes de testemunharem a assombrosa morte de Cristo, elas testemunharam muitas curas, milagres e maravilhas; acontecimentos inexplicáveis passaram-se diante de seus olhos.

Porém, naquele dia de pavor, elas puderam apenas observar de longe todas as atrocidades que os soldados fizeram com seu amado Jesus; segundo os evangelistas estavam lá: Maria Madalena, Maria mãe de de Tiago e José, esposa de Clopas, também conhecido como Alfeu, Salomé mãe de Tiago e João, esposa de Zebedeu e a Maria mãe de Jesus (João 19:25).

Elas viram suas vestes sendo rasgadas, viram sua pele se abrindo pelos açoites, testemunharam a zombaria, as pancadas, as bofetadas, as cuspidas, a coroa tecida com espinhos fazendo o sangue escorrer por todos os lados de sua cabeça. Elas tomaram lugar perto da cruz, cheias de tristeza, olhando aquele que lhes era tão amado. Jesus, a nossa Páscoa, entregou a si mesmo em nosso favor! O preço foi pago! 

O profeta Isaías escreveu: “Todos nós andávamos como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca”. (Isaías 53:6-7). Mas, a sepultura não o conteve, e exatamente depois de passar três dias e três noites no seio da terra, Jesus Cristo ressuscitou! (Mateus 12:40) Nosso Redentor vive na querida igreja!

 

As primeiras pessoas a ficarem sabendo da ressurreição de Cristo foram justamente as mulheres incríveis que o acompanhavam. O evangelho diz que no fim do sábado, quando o primeiro dia da semana já despontava, Maria Madalena e outras mulheres foram ver o sepulcro, elas haviam preparado especiarias e quando se aproximaram, houve um terremoto e um anjo do Senhor, com aparência de um relâmpago, vestido de branco (imaginem a cena!!!) desceu do céu e rolou a pedra que estava na entrada com intenção de revelar às testemunhas que a sepultura estava vazia (Mt 28:1-6). 

Os soldados que guardavam o túmulo ficaram atônitos, tremendo de medo, mas o anjo falou com as mulheres, ele disse para elas não temerem, para entrarem e verem que Jesus não estava mais ali, porque ressurgiu, como ele mesmo disse (Mt 16:21). O anjo deu a elas uma missão: “Ide depressa, e dize aos seus discípulos que ressuscitou dos mortos, e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis” (Mt 28:7).

Elas estavam mais do que preparadas para tal missão, com um misto de sentimentos entre temor e alegria, elas correram para avisar os discípulos. Uma das coisas mais lindas de tudo isso, é saber que Jesus é, sempre foi e sempre será proposital. De forma exclusiva, única e especial ele aparece para Maria Madalena. João e Marcos citam apenas o nome de Maria Madalena (Jo. 20:16, Mc. 16:9), já Mateus 28:9 diz que haviam outras mulheres com Maria. Muitos perguntam porque Jesus apareceu primeiramente para as mulheres, e talvez você também já tenha se questionado, bem, eu encerro dizendo que ao meu ver, Jesus as escolheu para aquele momento, tamanha devoção, sensibilidade, disposição, fé e amor que elas tinham por ele. 

Anunciar a ressurreição de Cristo foi mais do que uma missão, foi um ato de fé. E vê-lo face a face novamente foi mais que um presente, foi uma constatação de que servi-lo sempre valerá à pena!

 

Texto por: Dsa. Andrea Nunes. 

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