O documento em análise, que pertence à Biblioteca do Vaticano, é um trecho de Mateus 12, escrito em siríaco, dialeto da língua aramaica, e que tem uma idade total de 1.750 anos.
O especialista em Era Medieval, historiador Grigory Kessel, da Academia Austríaca de Ciências, tornou legíveis palavras perdidas do livro de Mateus através de uma técnica que utiliza luzes ultravioletas. O documento em análise, que pertence à Biblioteca do Vaticano, é um trecho de Mateus 12, escrito em siríaco, dialeto da língua aramaica, e que consta do século III, com cópia no século VI, numa idade total de 1.750 anos.
Segundo o Site de Veja, o pesquisador usou fotografia ultravioleta do documento e percebeu a existência de mais três camadas. Esse tipo de documento reutilizado, era chamado de duplo palimpsesto, onde os primeiros textos eram apagados (raspado) para dar lugar a novos escritos, uma prática comum na época, já que os pergaminhos, feitos de peles de ovelhas e cabras, eram escassos.
CONFIRA O QUE ESTÁ NO TEXTO
O único trecho revelado pelos pesquisados da versão siríaca é Mateus 12:1: “[…] começaram a colher as espigas, esfregá-las nas mãos e comê-las”; já na Bíblia Sagrada, tradução das cópias originais, o texto encontra-se assim: “NAQUELE tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer.”
A tradução siríaca das Escrituras Sagradas é uma das primeiras traduções das cópias dos textos originais da Bíblia, que foi escrita em Hebraico, Aramaico e Grego, portanto, a descoberta do capítulo ‘oculto’ da versão siríaca é uma confirmação das cópias dos ‘manuscritos originais’, já que o livro daquela tradição cristã é diferente da Bíblia Sagrada, utilizada pela maior parte dos cristãos no mundo, incluindo os Promessistas.
Saiba mais:
Os originais da Bíblia – Sociedade Bíblica do Brasil (sbb.org.br)
A Igreja Adventista da Promessa acredita na Bíblia Sagrada
Por: APC Jornalismo.
Com informações: Veja e Revista Oeste.
Foto: Vatican Libery/Reprodução.