Essa tragédia escancara uma verdade gritante: não temos tempo a perder. Não podemos ficar apenas dentro das quatro paredes. Não dá para deixar para amanhã o que Cristo nos mandou fazer hoje.
Rio de Janeiro – Não são só “traficantes”, são vidas — pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27). Entendo que muitos tomaram decisões erradas e acabaram sofrendo as consequências duras dessas escolhas. Mas nessa guerra, em que se encontra o nosso Estado, vidas foram ceifadas. E ouso dizer: entre elas havia cristãos afastados, pessoas por quem pais, avós e igrejas inteiras oravam.
Alguns, talvez, se lembraram de Cristo — o Salvador — e, no desespero da morte, buscaram com suas últimas forças o nome de Jesus. E eu creio na salvação, pois a Bíblia diz: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13). Mas também creio que muitos foram ceifados sem ter experimentado essa salvação.
Tudo isso me traz à memória que estar reunido entre irmãos é algo maravilhoso e bíblico (Hebreus 10:25). Contudo, essa tragédia escancara uma verdade gritante: não temos tempo a perder. Não podemos ficar apenas dentro das quatro paredes. Não dá para deixar para amanhã o que Cristo nos mandou fazer hoje.
Não podemos agendar um dia para evangelizar, enquanto o mundo clama por esperança agora. A dura realidade é que a vida não espera — ou melhor, a morte não espera. E se forem ceifados sem Cristo, como serão salvos? “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14)
Diante disso, qual deve ser o posicionamento da Igreja?
A Igreja foi chamada para anunciar Cristo em meio ao caos, às guerras, à dor e à tristeza. A solução para a violência não é mais violência; a solução para a morte não é mais morte; a solução para a dor e o desespero não é gerar mais dor e desespero. A única solução para a humanidade é Cristo Jesus, Senhor e Salvador de todos os que creem.
Sabemos que tudo isso que estamos vendo é bíblico. O inimigo não brinca em serviço: o desejo dele é “matar e destruir”. Mas Jesus declarou: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10:10b).
A Bíblia também já nos alertou: “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mateus 24:12). Estamos vendo as Escrituras se cumprirem diante dos nossos olhos. Mas mesmo em meio a tudo isso, há esperança. “Jesus é o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6) Ele é o caminho que conduz ao Pai, a verdade que liberta (João 8:32) e a vida nova que toda pessoa necessita (2 Coríntios 5:17).
Não podemos permanecer trancados dentro de quatro paredes enquanto uma guerra acontece diante dos nossos olhos. Quantos corpos? Quantas vidas ceifadas? Quantas mães chorando por seus filhos? E o que vamos fazer? Cruzar os braços? Dizer que “não temos nada a ver com isso”?
E se fosse o seu filho? Seu irmão? Seu amigo? O seu pensamento seria o mesmo? Tudo isso precisa mexer conosco e nos levar a um novo posicionamento prático. Quanto mais nos levantarmos e atuarmos em prol da Grande Comissão — “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15) —, menos vidas serão ceifadas pelo inimigo, pelo crime e pela violência.
Quanto mais investirmos em pessoas, mais veremos vidas rendidas a Cristo e futuros transformados pela graça. Que tudo isso fale profundamente ao seu coração e te leve a um tempo de reflexão, compaixão e ação. Porque o tempo é agora. E o mundo ainda precisa ouvir que só Jesus salva.
Texto: Pr. Gabriel Pereira | Pastor Promessa Lago dos Peixes e líder de Comunicação da Convenção Rio de Janeiro.
Foto de capa: Tomaz Silva/Agência Brasil








































Luís relembrou como o testemunho, e até alguns “puxões de orelha”, da família de sua namorada ajudaram nesse percurso: 

















