Líderes de vários países estão em Boston para ações e reflexões com os promessistas do país.
O Fórum Internacional da Aliança Mundial Promessista (AMP) 2025 ocorre neste sábado, 15 de março, em Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos. Com o tema “Missão na América: O Evangelho para uma Nação Cristã em uma Cultura Pós-Cristã”, a programação tem foco na missão e no desenvolvimento da Igreja Adventista da Promessa no país. Participam do evento grupos de plantação de igrejas em Orlando, Massachusetts e Pensilvânia, além de líderes da AMP do Brasil, Chile e Euroásia, que discutem estratégias para fortalecer e expandir a missão transcultural em solo americano.
A abertura do evento foi conduzida pelo presidente da AMP, pastor Ademilson Júlio Pereira.
“A Promessa tem um firme compromisso com a plantação de igrejas no mundo, e estamos confiantes de que este fórum da AMP nos Estados Unidos é mais um sopro de Deus para fortalecer a igreja neste país”, declarou.
“Os líderes que cuidam das igrejas já plantadas aqui, assim como os líderes do Brasil, Chile e Euroásia presentes, vieram para apoiar e fortalecer os promessistas que vivem nos EUA. Além disso, buscamos, por meio da oração, reflexão e ações concretas, avançar ainda mais na missão em solo americano”, completou.
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O Desafio Transcultural
A primeira palestra da manhã, “A Missão na América: O Desafio Transcultural”, foi ministrada pelo Pr. Alex Jorge, que atua com sua família em Orlando (FL). Ele abordou o histórico da evangelização na América Latina, influenciada pela teologia de matriz protestante e pentecostal dos Estados Unidos, e como essa carga cultural moldou o cristianismo latino-americano.
Atualmente, a imigração transformou os EUA em um país culturalmente diverso, enfrentando crises existenciais, econômicas e sociais que também afetam a igreja. O fenômeno pós-cristão se reflete em movimentos neopentecostais que, muitas vezes, distanciam-se do Evangelho de Jesus. Nesse contexto, pregar o Evangelho nos EUA se tornou uma missão transcultural, na qual pastores precisam compreender tanto a cultura norte-americana quanto a dos imigrantes – latinos, brasileiros, caribenhos e africanos – para que o trabalho missionário seja eficaz.
O “Sonho Americano”
Na sessão “Sonho Americano”, o Pr. Silvio Gonçalves, superintendente da Convenção Paranaense, questionou: “O sonho americano se tornou um pesadelo?” Ele destacou que “Deus leva pessoas para fora de sua terra com propósitos maiores”, trazendo à tona o papel da igreja como ponte de apoio aos imigrantes e os desafios enfrentados nesse processo. O líder também abordou os efeitos do cristianismo neopentecostal, que, ao oferecer conforto religioso, muitas vezes afasta os fiéis do compromisso missionário.
Em um segundo momento, o tema foi “O sonho americano se tornou realidade?”, conduzido pelo Pr. Junior Mendes, secretário da Convenção Geral do Brasil. “Na mentalidade do céu, não coloco minha esperança nos tesouros da terra. Na mentalidade do céu, há confiança no Pai, descanso em Jesus, serviço e generosidade no Espírito, esperança eterna”, afirmou.
A reflexão abordou como a busca por qualidade de vida, melhores condições financeiras e estabilidade familiar pode levar à frieza espiritual, ao cansaço físico e emocional, ao individualismo exacerbado e à insegurança quanto ao futuro.
Painel: Qual o Papel da Igreja na Missão?
Encerrando a programação da manhã, o Painel: “Qual o papel da igreja em missão nesse cenário?” reuniu os pastores Silvio Gonçalves, Alex Jorge e Junior Mendes. Eles responderam perguntas e discutiram estratégias práticas para fortalecer as igrejas plantadas pela Promessa nos EUA.
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Texto: Agência Promessista de Comunicação (APC).
Fotos: Matias Martinez/APC.