Uma geração pode aprender com a outra, se houver disposição
Michael Joseph Jackson foi um artista fantástico, cantor, dançarino, coreógrafo, porém, devido aos traumas e conflitos que teve no ciclo de sua infância (queria brincar, mas seu pai exigia que trabalhasse à exaustão) desenvolveu o complexo de Peter Pan, que é não querer ser adulto. Criou sua “Terra do Nunca”, um enorme parque no quintal de sua casa, em Los Angeles (EUA) com montanha russa, carrossel, carrinho de pipoca etc. Sua justificativa para este comportamento infantil, bizarro é que, quando criança, não teve tempo de vivenciar essas brincadeiras comuns da infância.
Que coisa triste de se ver, quando um ser humano não faz as devidas transições de ciclo. Não consegue aproveitar o hoje, o aqui e agora e quer vivenciar o que passou.
Conforme ouvi em um programa de rádio, a geração Y está prolongando a adolescência até aos 24 anos, estão demorando a amadurecer, ganhar a maturidade necessária para assumir compromissos. Dai vem as críticas: geração fútil, geração coca-cola, geração mimimi, geração nutella.
Esta geração industrial, capitalista, em que os pais se dedicam ao trabalho e confiam a criação de seus filhos a terceiros (creches, avós, babás) tem gerado conflitos. Alguns pais tentam “compensar” sua ausência com brinquedos, celulares, entre outras parafernálias. Porém, nada substituí a educação e a proximidade dos pais numa educação consensual, na qual pai e mãe exercem seus papeis definidos.
Existem famílias distintas, que conhecemos pela Bíblia. No caso de Timóteo, a construção do seu caráter se deu pela assimilação da Palavra divina revelada a sua avó e posteriormente a sua mãe (2 Timóteo 1.5).
Por outro lado, vemos Davi, que não exerceu bem o seu papel de pai, deixou brechas enormes emocionais nos seus filhos, foi falho, porém com a graça de Deus, soube servir a Deus em sua geração, pois o favor divino é maior que a vida, com suas inconstâncias.
Uma boa forma para convergir, e não conflitar entre gerações, é não abrir mão dos princípios divinos revelados nas Escrituras Sagradas, tendo plena consciência de que costumes mudam, porém nosso paradigma é o cristocêntrico em qualquer época.
O nosso desafio é inserir, encucar as boas novas, numa geração entusiasmada com o novo.
Portanto, encontre oportunidades. A geração que aprendeu com as dificuldades, no pós-guerra, se fortaleceu com suas desilusões. Diferente da atual geração que pode não aguentar “o tranco” que você aguentou, porém, mesmo assim é possível ter uma boa convivência e aprendizado mútuo. Com certeza, podemos aprender com os mais novos, e eles conosco.
Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP).