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Cristo, nossa Páscoa!

A morte e ressurreição de Jesus, o Cordeiro imolado em nosso lugar, nos trouxe libertação

Chocolates e coelhinhos que põem ovos! Para os mercadores, este é um ótimo período. É um consumo sem fim. Mas o significado verdadeiro da Páscoa tem sido esquecido até mesmo no meio cristão. Para você, pode haver a hipótese de que esta época do ano se resuma, de fato, apenas a chocolates e coelhinhos. Mas é sempre bom pensar no sentido real que esta celebração deve nos trazer.
A Páscoa simbolizava libertação. Antes da décima praga ser enviada sobre o Egito, Deus havia pedido para que Moisés celebrasse a Páscoa juntamente com o povo. Eles deveriam matar um cordeiro ou cabrito por família, e passar o sangue do animal nos batentes de suas casas, pois assim, quando Deus visitasse a cidade com a morte, Ele não feriria as casas que estivessem marcadas (Ex 12).
Assim como o povo do Egito foi liberto da sentença de morte que passaria pela cidade através do sangue que estava sobre suas portas, assim também nós fomos libertos da sentença de morte que estava sobre nós. Isso aconteceu quando Deus enviou seu filho para morrer em nosso lugar. A Palavra de Deus nos diz que nós estávamos mortos em nossos próprios pecados (Cl 2:13), mas Deus nos deu vida através de Jesus.
Quando Jesus chegou até João Batista, quando este estava pregando o arrependimento dos pecados, João logo declarou algo a respeito de Jesus. Ele diz: Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (Jo 1:29). Não é interessante o fato de João ter se referido a Jesus como o Cordeiro de Deus? Isso acontece também em Apocalipse quando lemos a respeito do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). Este que foi morto na eternidade é o próprio Cristo.
Assim como um cordeiro tinha de ser morto para que a morte não alcançasse o povo no Egito, Jesus, o Cordeiro que se entregou por nós, foi morto para que a sentença de morte não nos alcançasse, de modo que agora temos vida nele. Em Atos, vemos que o Filho de Deus foi entregue pelo conselho determinado e pela presciência de Deus, contudo, os ímpios o mataram (At 2:23). Ou seja, a própria Triunidade Divina, decidiu que Jesus se entregaria para morrer em nosso lugar.
Através da morte de Cristo, qualquer pessoa que se render de maneira verdadeira a Ele, já não vive mais sob a sentença do pecado. Agora, o apóstolo Paulo pergunta: Quem trará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou, pelo contrário, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e intercede por nós (Rm 8:33-34). Já não há acusação nem condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.
É interessante o fato de Paulo dizer que Cristo Jesus é quem morreu, ou antes, quem ressuscitou. Isso nos aumenta a alegria, pois agora temos a esperança de que, não seremos apenas livres da sentença do pecado, como também um dia, quando Cristo voltar, seremos livres da presença do pecado que nos assedia. Em sua primeira carta aos Coríntios, Paulo diz que, se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é inútil e ainda estamos em nossos pecados (1Co 15:17).
Assim como no Egito a Páscoa era sinal de libertação, para nós também é. Paulo ousa dizer que Cristo, nosso cordeiro pascal, já foi crucificado (1Co 5:7). A morte e a ressurreição de Jesus, o Cordeiro imolado em nosso lugar, nos trouxe libertação, pois foi o próprio Deus que nos libertou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, isto é, o perdão dos nossos pecados (Cl 1:13-14).
Pelo Cordeiro pascal que foi morto, convido você a meditar em uma melodia de Gerson Borges:
Salvador maravilhoso,
Deus que tomou meu lugar
Cordeiro entregue ao calvário
Morto pra nos salvar
Ô ôô, morto pra nos salvar.
[…]
Por isso nós te adoramos
Por isso vamos louvar
Pois dessa graça que sara
Só tu nos podes dar
Ô ôô, só tu nos podes dar.

Lucas Timóteo Moraes, seminarista pela Convenção Paranaense, é estudante de teologia no Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa (CETAP).

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