Alcançaremos nossa incorruptível coroa de glória?
Cada vez que, atentamente, olhamos para os heróis da Bíblia, confirmamos que o combate da fé nunca foi fácil. Paulo, autor da expressão “combati o bom combate”, a pronunciou momentos antes da sua própria execução. A coroa, como objeto sonhado e desejado, nos remete para momentos depois do fim da batalha, aquela hora solene de entregar o prêmio aos vencedores. Temos vivido e enfrentado batalhas, suportando as nossas e encorajando as ovelhas que pastoreamos a suportarem as delas. E tudo envolto pelo olhar da fé que aguarda coroas, incorruptíveis e cheias de glória.
E então, alcançaremos tal galardão? E as ovelhas para as quais regularmente pregamos, alcançarão? I Pedro 5.4 indica o tempo histórico da realização desta esperança: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.” Somos pastores a serviço do Sumo Pastor. Para Ele, somos ovelhas-pastores, portanto, como as demais ovelhas, ansiosos, seguimos aguardando seu aparecimento.
Enquanto aguardamos, qual deve ser nosso comportamento neste tempo de espera? A mesma carta fornece a melhor orientação. I Pedro 5.1-3 claramente aconselha os pastores: “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.”
A clareza desta passagem é confortante. Pastores devem apascentar, devem ser promotores da paz, reconciliação, união, comunhão, harmonia. Devem fazê-lo com um cuidado afetuoso, nunca com atitude e gestos gananciosos, mas com toda disposição, entrega, dedicação e serviço, pois assim temos sido amados por Deus através do sacrifício de Cristo. Ele é o nosso Sumo Pastor, afinal, como servo, se humilhou até a morte, e morte de cruz, mesmo sendo Deus, suportou as piores afrontas que alguém jamais suportou.
Continuemos a jornada do nosso ministério seguindo a clara orientação bíblica: apascentar ovelhas com amor, sempre, todo dia, toda hora, em qualquer lugar, pois todo dia é dia do pastor, nossa vocação não se limita a um simples contrato profissional, e sim a um pacto, uma aliança. Esta é a nossa missão, e é no desenvolvimento dela que, um dia, única e exclusivamente pela graça salvadora do Cordeiro, haveremos de ver o aparecimento nos céus do Sumo Pastor, aquele que entregará o galardão a cada um dos salvos.