Qual o lugar que reservamos para Deus em nossas vidas?
O Salmo 16 é considerado um cântico de confiança, pois nele Davi expressa que confia no Senhor a sua vida, e confia em Deus para livrá-lo da morte. E é a partir da leitura dos versos 8 a 11 que propomos uma reflexão sobre qual o lugar em que colocamos Deus em nossas vidas.
O salmista diz: “O Senhor, tenho-o sempre à minha presença”, como consta na Bíblia, versão Almeida, corrigida e atualizada. Na edição revista e corrigida, aparece a seguinte tradução: “Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim”.
Tanto em um quanto em outro caso, o ponto central é o lugar reservado por Davi para Deus em sua vida: presente, sempre, diante. Qual o lugar que nós reservamos para Deus em nossas vidas?
A confiança em Deus é tanta, que Davi, no mesmo verso 8, ainda ressalta que Deus está à sua direita, e por isso, nunca vacilará, nunca será abalado.
Este é o nosso desejo: colocar a nossa confiança tão completamente em Deus, a ponto de saber que não seremos abalados, ou sequer iremos vacilar, em relação ao que Deus estabelece para nossas vidas.
E Deus realmente cuida de nossas vidas. No verso 9, o salmista fala de uma forma muito especial que Deus cuida de nosso interior e de nosso exterior: “Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro.”
Deus cuida do nosso interior (da nossa alma) e do nosso exterior (do nosso corpo), pois só Deus para manter o nosso coração alegre e para nos poupar em relação à morte física, com uma alegria maior ainda: a esperança da vida eterna, a qual nem a morte pode tirar de nós.
Neste ponto, a leitura do verso 10 adquire o caráter tipicamente profético-messiânico: “Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.” Isso porque, conforme a anotação feita por C. C. Ryrie, “A linguagem aqui utilizada refere-se inicialmente à experiência do próprio salmista, mas tem seu cumprimento definitivo exclusivamente em Jesus Cristo.” (Bíblia Anotada. Ed. Mundo Cristão, 1991, p. 704).
Pedro, por exemplo, cita os versos 8 a 10 no famoso discurso de pentecostes (Atos 2:25-28), para falar que Davi estava profetizando acerca da ressurreição de Jesus Cristo (Atos 2:30 e 31): ”Sendo, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,…prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.”
Paulo, em sua primeira viagem missionária, ao chegar na sinagoga de Antioquia (na Frígia – próxima da fronteira com a Pisídia), cita o verso 10 na passagem de Atos 13:35: “Não permitirás que o teu Santo veja corrupção”, para falar de Jesus Cristo.
A este respeito, Ryrie conclui: “Assim, a linguagem hiperbólica de Davi no tocante ao seu livramento da morte, ou mais provavelmente quanto à sua futura ressureição, tem seu pleno cumprimento literal na libertação que Cristo experimentou da morte através da ressurreição, pois somente Cristo não experimentou corrupção.” (idem, ibidem)
Para concluir, a confiança em Deus está sempre presente no pensamento do salmista, ao afirmar, no verso 11: “Tu me farás ver os caminhos da vida”.
A associação entre vida e Deus é uma constante nos salmos de Davi, e para todos nós, Deus representa vida, em qualquer situação, mesmo na adversidade. E vida plena em abundância de alegrias, em Jesus Cristo . Ser feliz, no mundo de hoje, não é fácil, mas a promessa do Senhor é uma vida alegre, com delícias perpetuamente, para aqueles que se refugiam em Deus e por ele são guardados (verso 1).
Herbert Covre Lino Simão congrega na IAP em Campo Grande (MS).
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