A essência do evangelho
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Dicas
Dinâmica de participação: Leve para classe um envelope de carta escrito por fora “carta aos Gálatas” e dentro dele, em tiras cortadas de papel os tópicos da lição: 1. O autor da carta; 2. Os destinatários da carta; 3. A saudação da carta e 4. A essência da carta. A ideia é que a carta vá passando de mão em mão, ao som de uma música até que o professor ou professora pare a mesma para, em seguida, o aluno ou aluna que ficar com a correspondência, fale sobre o tópico correspondente. Peça que, no momento em que ele ou ela tirar do envelope o papel, atente para que comece do item 1 até o 4.
Mapa: exiba para seus alunos e alunas o mapa que mostra a região da Galácia. Este os ajudará a entender de que região Paulo estava falando e para quem estava escrevendo. Utilize a imagem no item 2. Os destinatários da carta.
Material de apoio: Use os comentários adicionais, disponíveis no espaço abaixo, para complementar a aula.
Comentários Adicionais
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- Paulo, o escritor
“A atmosfera espiritual está carregada. Está quente e sufocante. Ameaça um forte temporal. O céu está escurecendo. À distância podem-se ver os relâmpagos; podem-se ouvir os trovões distantes. Enquanto se lê cada linha dos versículos 1 -5, à luz da época e do propósito da carta […], a turbulência atmosférica pode ser imediatamente detectada. O apóstolo [Paulo], apesar de estar sob pleno controle, pois está escrevendo sob a direção do Espírito Santo, está, porém, fortemente agitado, profundamente comovido. Seu coração e mente estão dominados por um misto de emoções. Contra os corruptores [os judaizantes] ele tem severas denúncias que fluem de uma santa indignação. Para os destinatários [os gálatas] há uma veemente desaprovação e um sincero desejo de que sejam restaurados. E para com Aquele que o chamou, há profunda reverência e humilde gratidão”. (HENDRIKSEN, Willian. Comentário do NT – Gálatas. Tradução: Valter G. Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p.47-48). - Os destinatários
“Aqueles a quem Paulo escreve são assim chamados: às igrejas da Galácia. Todo modificador elogioso – por exemplo, “amados de Deus” (cf. Rm 1.7), “santificados em Cristo Jesus” (cf. I Co 1.2), “santos e crentes” (Ef 1.1)- está ausente aqui. O apóstolo ama, mas não admite bajulação. A atmosfera permanece tensa. Note: igrejas aparece tanto aqui como em 1.22. Paulo reconhece a autonomia da igreja local. Entretanto, ele também tem plena consciência do fato de que todos os crentes em todos os lugares constituem um corpo em Cristo, uma só igreja (1.13). Ele mantém perfeito equilíbrio; uma lição para todas as épocas!”. (HENDRIKSEN, Willian. Comentário do NT – Gálatas. Tradução: Valter G. Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p.53) - O cuidado do apóstolo
“Paulo sempre demonstrou uma preocupação carinhosa com seus convertidos e um desejo profundo de ver as igrejas que fundara glorificando a Cristo (ver At 15:36; 2 Co 11:28) […] Infelizmente, muitos dos cristãos da Galácia haviam dado as costas a Paulo, seu “pai espiritual”, e seguiam os mestres legalistas que misturavam a Lei do Antigo Testamento ao evangelho da graça de Deus (chamamos esses falsos mestres de judaizantes, pois tentavam atrair os cristãos de volta para o antigo sistema religioso judaico). Assim, Paulo possuía um ministério como apóstolo e também como fundador das igrejas da Galácia e tinha a autoridade necessária para tratar dos problemas nessas igrejas”. (WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo: Novo testamento: vol. 1. Tradução de Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006, p.893) - A saudação de Paulo
“Graça, como é usada aqui, é o favor espontâneo e imerecido de Deus em ação, sua bondade gratuita em atividade, outorgando salvação a pecadores carregados de culpa e que o procuram em busca de refúgio. É como se fosse o arco-íris em volta do próprio trono de Deus, donde saem relâmpagos e trovões (Ap 4.3-5). Pensamos no Juiz que não somente perdoa a pena, mas também cancela a culpa do infrator, e ainda o adota como seu próprio filho. A graça traz paz. Esta é tanto um estado, o de reconciliação com Deus, como uma condição, a convicção interior de que, conseqüentemente, agora tudo está bem. É a grande bênção que Cristo, através de seu sacrifício expiatório, outorgou à igreja (Jo 14.27), e que excede todo o entendimento (Fp 4.7). […] Ora, a graça e a paz têm suas origens em Deus nosso (preciosa palavra de apropriação e inclusão!) Pai, e foram merecidas para os crentes por meio daquele que é o grande Mestre, Proprietário e Conquistador (“Senhor”), Salvador (“Jesus”) e Sacerdote Ungido (“Cristo”), o qual, em virtude de sua tríplice unção, “também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus” (Hb 7.25). (HENDRIKSEN, Willian. Comentário do NT – Gálatas. Tradução: Valter G. Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 53-54). - O evangelho apresenta o plano de Deus
“[…] segundo a vontade de nosso Deus e Pai: a vontade do Pai nos atos redentores de Cristo é um aspecto importante da teologia de Paulo e faz realmente parte integrante de toda a teologia cristã, excluindo qualquer noção de que o que aconteceu a Cristo fosse causado pelas circunstâncias. Tudo fazia parte de um plano para derrubar o mal e libertar o homem do poder do mesmo. Em várias das suas Epístolas, Paulo menciona que seu apostolado era segundo a vontade de Deus, e esta ideia brota da sua profunda convicção de que a vontade de Deus está por trás de todos os aspectos do evangelho cristão. Ao enfatizá-la aqui, o apóstolo prepara seus leitores para o tema principal desta Epístola — a libertação levada a efeito por Cristo. O propósito divino jamais pretendeu que os homens fossem escravos”. (GUTHRIE, Donald. Gálatas: introdução e comentário. Tradução Gordon Chown. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1984, p. 72).
- Paulo, o escritor