É preciso ser humilde
Dicas
1. Clamemos a Deus por nós e pelos nossos alunos para que todas as vezes que nos reunirmos possamos ser cheios da Graça e do Conhecimento de Deus por meio do aprendizado mútuo. Valorizemos a leitura da Bíblia no momento do estudo da lição, para que todo e qualquer recurso didático colabore para os ensinamentos bíblicos.
2. Peça a ajuda dos alunos para estabelecer as diferenças entre os significados de Rico e Pobre. O professor pode utilizar um quadro, se for classe única (grande), ou folhas de papel individuais, se for classe pequena. Depois de estabelecer as diferenças, deve-se estabelecer o que estes dois tipos de pessoas têm em comum. O professor deve conduzir a discussão para a semelhança principal: a necessidade de Deus. Essa discussão servirá para responder o 1° pergunta da lição.
3. Envie para os alunos da classe, os textos abaixo, durante a semana a fim de, no sábado, possa ser feita uma discussão baseada nas seguintes indagações:
- O que é mais valorizado na sociedade nos dias atuais, humildade ou soberba? Você concorda com as opiniões descritas nas reportagens? (as contribuições dos alunos servirão para responder às perguntas 3 e 4.)
O pior dos pecados ou a maior das virtudes? A soberba virou o jogo e hoje é tão bem vista que é considerada uma característica dos vencedores.
Fêcris Vasconcellos
A soberba é o pior dos pecados. Pelo menos para a igreja. Experimente, seja você religioso ou não, entrar em uma missa para observar o movimento. Verá que todos rezam de mãos postas, ajoelhados, cabeça baixa. Está na Bíblia: bem-aventurados os humildes. Na tradição católica, o próprio inferno surgiu da soberba, com a queda do então anjo vaidoso Lúcifer. “A soberba é a crença de que se poderia estar no plano sem a presença divina”, explica o doutor em ciência da religião Rodrigo Caldeira. Mas se os humildes ganham o reino dos céus, aqui, na Terra, o mundo é dos soberbos.
Da igreja, vá a um estádio de futebol, e observe o atacante, o zagueiro: ombros para trás, cabeça erguida. Não é apenas uma questão de postura. No futebol, crer – e levar o adversário a acreditar também – que é o melhor assusta e inibe o inimigo. E na vida também. “A sociedade contemporânea é mais narcisista e individualista. Um certo grau de arrogância e soberba é premiado”, diz o psiquiatra José Outeiral, membro da Associação Psicanalítica Internacional e especialista em crianças e adolescentes. Desde pequenos somos incentivados a trabalhar nossa autoestima, com, basicamente, uma única mensagem: você precisa se amar acima de todas as coisas – enquanto o primeiro mandamento avisa que quem deve ser amado acima de tudo é Deus.
Disponível em: http://super.abril.com.br/comportamento/soberba
Observação:
Se o professor for utilizar todas as dicas apresentadas deve ficar atento ao tempo, visto que as discussões podem se alongar. Na impossibilidade de mandar para todos os alunos, pode delegar para um ou dois e pedir para que eles apresentem as informações. É interessante, também, que as imagens da reportagem seja mostrada, em slide ou impressas, visto que chamam atenção para o assunto. Deus abençoe as IAP´s nas EBS’s de todo o Brasil. Boa aula a todos!
Comentários adicionais
- Pobres de espírito da Bíblia:
“Ser pobre de espírito é agir como o publicano: ‘Senhor, compadece-te de mim, um pecador’. Moisés disse: ‘Senhor, quem sou eu, eu não sei falar’. O profeta Isaías clamou: ‘Ai de mim, estou perdido…’. O apóstolo Pedro gritou: ‘Senhor, afasta de mim, porque sou pecador’. O apóstolo Paulo clamou: ‘Miserável homem que eu sou’.” (LOPES, Hernandes Dias. A felicidade ao seu alcance: uma exposição das bem-aventuranças. São Paulo: Hagnos, 2008, pp.24-25) - Ser pobre de espírito…:
“Ser pobre de espírito é expor suas feridas ao óleo do divino médico. Se uma pessoa não é pobre de espírito, não acha sabor no pão do céu, não sente sede da água da vida; ela pisará nas riquezas da graça e jamais desejará a redenção ou terá prazer na santificação. (…) Ser pobre de espírito é a joia que o cristão deve usar.” (Idem, p.25) - Espiritualmente pobres:
“(…) Jesus não proclama que essas pessoas são bem-aventuradas em virtude de serem pobres materiais, ainda que, em sua maioria, também o sejam. São chamadas de bem-aventuradas por serem pobres em espírito, não em espiritualidade, porém ‘com respeito a’ seus respectivos espíritos [essência]; ou seja, são aqueles que se convenceram de sua pobreza espiritual.” (HENDRIK- SEN, William. Comentário do Novo Testamento, Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, Vol. 1, 2001, p.375). - Pobre rico e rico pobre:
“O livro do Apocalipse contém duas passagens vívidas que mostram, respectivamente: a. como pode alguém ser pobre embora se julgue rico, e b. como pode alguém ser rico em meio à sua pobreza. Jesus Cristo, o ressurreto e exaltado, o visitador da igreja, se dirige à insensível Laodiceia da seguinte maneira: ‘Assim, porque é morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca. Pois dizes: Sou rico, enriqueci-me e de nada mais preciso. Não sabes, porém, que és tu infeliz: miserável, pobre [ou: mendicante], cego e nu!’ (Ap 3.16,17). Entretanto, ele se deleita com a igreja de Esmirna, dizendo: ‘Conheço a tua tribulação (ou aflição), a tua pobreza, mas tu és rico’ (Ap 2.9)”. (Ibidem, p.376) - Humildade:
“Jesus chamou de bem-aventurados aos humildes de espírito. Referia-se aos humildes, modestos quanto ao seu auto-conceito, auto-rebaixados. Apontava para os que estão profundamente convictos de sua própria pecaminosidade diante de Deus. Aqueles que não ‘são sábios aos seus próprios olhos, e prudentes em seu próprio conceito” (Is 5.21)’.” (RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de Mateus. Tradução: Editora Fiel. São José dos Campos: Fiel, 1991, p.26).