Somente a riqueza de Deus não envelhece e não sofre depreciação
A crise financeira do continente europeu é assunto das principais manchetes no mundo. A instabilidade na economia europeia nos faz refletir o quanto os tesouros dessa vida são efêmeros. Uma região do globo, marcada pelas riquezas de suas conquistas, passa por um momento de incerteza nas finanças. Nesse momento de escassez no velho mundo constatamos a veracidade das palavras do mestre: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
(Mateus 6:19-21).
Tudo o que temos nessa vida tem “prazo de validade”. Nada proveniente deste mundo pode ser considerado eterno. Com o passar do tempo, objetos envelhecem, dinheiro perde o valor, bolsas de valores despencam, riquezas são roubadas. Parece cena de um filme melancólico, pois o ser humano passa uma vida construindo o seu “castelo” e o vê desmoronando como se todo seu esforço tivesse sidoem vão. Dianteda insegurança das riquezas dessa vida somos desafiados a refletir sobre a razão da nossa existência. Se todas as coisas são passageiras, para qual fim devemos trabalhar?
O Salvador da humanidade nos mostra que o maior tesouro dessa vida não está registrado no cartório de imóveis de uma cidade, na conta de uma agência bancária ou em algum tipo de aplicação financeira. Jesus jamais rechaçou a prosperidade oriunda de um trabalho honesto, mas ressaltou que o coração do homem deve buscar tesouros ainda mais preciosos. Segundo o Rei dos reis, o coração dos que temem a Deus precisa se alojar na maior das riquezas, a qual esse mundo jamais poderá oferecer.
A riqueza recomendada por Jesus não perde a validade, não envelhece, não sofre depreciação, não pode ser roubada. Jesus apresentou a vida eterna como principal tesouro a ser buscado (Jo 3:16-17; 6:47, 54; 10: 28; Rm 6:23; I Tm 6:19 I Jo 2:25; Jd 21). As conquistas dessa vida perderão completamente o sentido se a salvação for desprezada. O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8:36; I Cor 15:19).
A vida eterna oferecida por Jesus garante vida abundante, saúde, moradia, segurança, amor, paz, alegria e tudo aquilo que atende aos anseios humanos (Jo 10:10; Jo 5:24, 14:1-2; Ap 21:4, 22, 23; 22:2). Essa riqueza jamais poderia ser adquirida pelos recursos dessa vida. O preço desse tesouro era alto demais para ser comprado por homens pecadores. Jesus, sendo perfeitamente santo, pagou o preço morrendo no calvário. Adquiriu com seu sangue puro essa preciosidade, chamada vida eterna. O sucesso na vida material é uma verdadeira “montanha russa”.
As circunstâncias econômicas nas quais estamos inseridos nem sempre nos permitirão alcançar o sucesso desejado. Por essa razão, o Cristo de Deus nos recomenda a investir nossa vida no “cofre celestial”, onde nossa maior riqueza estará guardada. Com o nosso coração no lugar certo, não nos surpreenderemos com as voltas que esse mundo dá, pois enquanto os homens se preocupam com o ouro e a prata “nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (II Pe 3:13).
Pr. José Wilbert Magalhães é vice-superintendente da Convenção Litoral e Leste Paulista
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