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Folhas de figueira não resolvem

Nas crises familiares, lançar mão de paliativos é pura perda de tempo 
A história da família começa em Deus, quando ele fez o primeiro casamento, unindo Adão e Eva. Essa história é relatada em Gênesis 2, a partir do v. 18. Precisamos entender que Deus não apenas criou a família, mas teve o cuidado de declarar  promessas e estabelecer regras para que essa instituição pudesse se manter e existir até nossos dias.
Em Gênesis 3, vemos as dificuldades enfrentadas pela primeira família. Observamos momentos de tensão, de erros, de discordâncias e consequências dolorosas depois de decisões erradas do primeiro casal.
Além do pecado, houve todo um jogo de culpa entre eles, dividindo o que era para ser indissolúvel. Como consequências do erro, vieram as dores no parto para a mulher, o trabalho exaustivo para o homem e, finalmente, a expulsão do Jardim do Éden.
Apesar das dificuldades enfrentadas pele primeira família, também observamos que Deus foi fiel a sua criação e tomou uma providência restauradora, providenciando pele de animais para vesti-los (Gn 3:21), substituindo a precária roupa de folhas de figueira (Gn 3:7), que eles haviam preparado. Além de cobri-los, este gesto prefigurava o sacrifício de Jesus, restaurando a comunhão entre Adão e Eva e o Criador.
Esse relato demonstra que viver em família pode trazer momentos de crise. Para solucioná-los, podemos buscar dois caminhos.
Um deles é a solução paliativa, superficial e provisória. Quando nas dificuldades e tensões familiares não praticamos o diálogo sincero, usamos a ironia, não assumimos os erros, encobrimos o pecado e usamos o “faz de conta”, partimos para a solução “folha de figueira”, que não é resistente nem duradoura e empreende apenas os esforços humanos.
A solução definitiva e eficaz é revestir a família com a verdadeira proteção, colocando tudo diante de Deus, apresentando a Ele nossas fraquezas, nossos erros, pecados e desentendimentos através da oração, admitindo a culpa e pedindo perdão. Dessa forma a comunhão familiar é restaurada e Deus nos cobre, não mais com pele de animais, mas com o sangue de “Jesus Cristo, seu filho, que nos purifica de todo pecado” (I Jo 1:7). Esta é a solução que abriga, ampara e é definitiva.
 
Pr. Aldo Cesar S. Oliveira é diretor do Departamento Ministerial da Convenção Geral
 

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