Como cristãos, podemos fazer a diferença, mesmo em meio ao caos
Chegamos à semana da Copa da Fifa no Brasil e é preocupante a situação do nosso país. É claro que essa situação desesperadora não é de agora, mas com a chegada de mais gente no país, é duplamente preocupante a forma com que iremos receber em nossa terra “verde e amarela” os estrangeiros e os turistas brasileiros que farão sua “peregrinação esportiva” nestes dias do mundial.
Faltam poucos dias para o Mundial e estamos enfrentando uma das maiores greves no Metrô da cidade de São Paulo. Os metroviários decidiram manter a greve, já que não foram atendidos em suas reivindicações para reajuste salarial, de mais de 12%, numa greve que já foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho.
O início da segunda-feira foi um dia de caos para o paulistano, enfrentando horas em filas de ônibus. Para quem tem carro, os gigantes congestionamentos. Toda essa situação causa um desgaste psicológico, emocional e físico aos outros trabalhadores e estudantes, ou mesmo quem precisa se deslocar pela cidade. Além das greves em outros setores.
A greve é um direito ao trabalhador, e de fato, sempre os governos pagam menos do que poderiam e deveriam dar aos trabalhadores. Só que fazer greve de Metrô em São Paulo por muitos dias é complicado. Ainda mais nestes dias de Copa, onde a população vai aumentar, graças aos visitantes que circularão pela capital.
Não estou dizendo que devemos nos manter anestesiados neste período de Copa, nem que devemos esquecer de como tanto dinheiro foi desperdiçado nas construção dos estádios, nas obras propostas e não concluídas, mas, já que somos o país da Copa esses dias, diante do caos que se encontra em nosso país, como cidadãos do Reino de Deus, vamos procurar fazer nossa parte na Polis.
No meio desse caos todo, que tal se servirmos de pontes para mostrar às pessoas que há uma esperança de um mundo novo, por meio da redenção completa implantada por Cristo em sua segunda vinda? Por que não mostrarmos educação aos turistas presentes (Leia Êxodo 22.21), fazendo pontes para que conheçam o Senhor que governa nossos corações?
Sem falar no exercício de paciência que deveremos continuar praticando para evitar um verdadeiro colapso social. Se os homens nos negam seus serviços, nós não entramos em greve na prática das virtudes cristãs! Ao contrário, reforçamos os sorrisos, os abraços, a hospitalidade, a pregação da Palavra a fim de que conheçam o único que, em sua vinda, mudará a realidade do universo (Colossenses 4.5).
Viver os valores do Reino de Deus aqui no país da Copa é sinalizar que é possível viver de forma diferente sem ceder aos péssimos valores do reino das trevas, e não ficar passivo diante do avanço da maldade, só porque sabemos que Jesus voltará.
Pelo contrário, mesmo sabendo que não devemos por nossa confiança na economia, política, ciência, ecologia e tecnologia, vamos fazer o que é possível para aliviar a dor humana sem perder de vista que a nossa Pátria está nos céus, testemunhado a todos o senhorio de Cristo (Filipenses 3.20).
Sem ficar em greve na fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Andrei C. S. Soares congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP) e é colaborador do Departamento de Educação Cristã.
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