Se deixarmos de acreditar na ressurreição de Cristo e no Cristo da ressurreição, nosso culto será frio e nossa oração, escassa.
“Eu creio”. Que expressão forte, linda, impactante! Não é a toa que ela é tão utilizada na Bíblia, em especial, no Novo Testamento. Quem não lembra, por exemplo, do episódio narrado no Evangelho de Marcos 9:14 a 27, em que um homem leva o seu filho possesso perante Jesus e ouve deste: Tudo é possível ao que crê (v.23)? Como resposta, o homem declara: Eu creio! (v.24), e seu filho é curado. “Eu creio, Senhor!” foram as palavras que alguém disse a Jesus, declarando ser este o Messias (Jo 9:38). O eunuco etíope não se conteve: …eu creio que Jesus é o Filho de Deus (8:37 – NTLH).
O termo crê, do grego pisteuo, significa, entre outras coisas, depositar confiança em, acreditar; fé salvadora. A nossa confiança ou crença, porém, não deve ser depositada em qualquer pessoa. Os exemplos que citamos acima nos sugerem isso. O “eu creio” deve ser depositado, em toda a sua plenitude, na pessoa de Jesus. A propósito, ele mesmo nos ordena com a autoridade inabalável de suas palavras: Creiam em Deus e creiam também em mim (14:1b – NTLH). Ele não disse: “Creiam nos profetas, nos apóstolos, nos mártires ou em vocês mesmos”, mas “Creiam em mim”. Tenha esta expressão em mente.
A crença em Jesus pode ser relacionada com alguns aspectos importantes. Aqui, abordamos um deles, a saber, um acontecimento glorioso. Que acontecimento é esse? A sua ressurreição. É importante crer neste evento? Obviamente, sim. A ressurreição de Jesus é um dos pináculos da fé cristã. Bem disse o apóstolo Paulo: E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé (1 Co 15:14). O cristianismo é a única religião do mundo, cujo fundador se encontra vivo, à destra de Deus (Hb 10:12). Portanto, é importante tomarmos o devido cuidado de não agirmos à semelhança de Tomé, que incredulamente declarou: … Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei (Jo 20:25). Ele deveria ter dito “eu creio que ele, Jesus, ressuscitou”, mas não o fez.
Quando deixamos de acreditar na ressurreição de Cristo e no Cristo da ressurreição, deixamos de pregar a Palavra com intrepidez; as orações passam a se tornar menos frequentes em nosso dia a dia; deixamos de visualizar, pela fé, a cura da enfermidade incômoda; duvidamos da presença de Jesus em nosso meio e, como consequência, cultuamos a pessoa dele de forma fria, sem ânimo e sem amor; tornamos-nos carnais. Tomé não deveria ser assim. Por isso, Jesus cuidou em tratá-lo e lhe disse, sem rodeios: …não sejas incrédulo, mas crente (v.27). Cristo está vivo! Está à direita do Pai, no céu e está conosco, pois, ele mesmo afirmou: E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século (Mt 20:28b). Que a nossa fé na ressurreição de nosso Senhor esteja cada vez mais firme!
Ms. Jailton Sousa Silva é colaborador do Departamento de Educação Cristã (DEC) da Igreja Adventista da Promessa.
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