Quando somos jovens e procuramos alguém para nos casar, não pensamos em pastorado, a não ser quando namoramos um seminarista. No meu caso, me casei com um jovem crente, envolvido com a igreja, que foi chamado ao pastorado posteriormente. Fomos imensamente abençoados, Deus foi o nosso provedor.
Mas o maior milagre vivemos com nosso filho mais velho, em 1985, quando foi atropelado por um ônibus, em plena rodovia, e ressuscitou! Nessa época eu olhava para o céu e pensava “agora conheço o meu Deus e não o Deus do meu pai”.
Esse fato mudou minha existência. Quando veio o chamado ao pastorado, eu pensava: como vou dizer não, para quem sempre me diz “sim”? Isto nos impulsionou para o pastorado, que se iniciou em 1990. Deus foi o nosso preparo, porque nos deu direção em situações que pareciam impossíveis, pela graça de Jesus.
Nossos filhos cresceram aos pés do Senhor, que fez brotar a semente do evangelho no coração deles. Eu me lembro que num domingo, em que ia haver ceia, na igreja em que eles congregavam (porque optamos em mantê-los na igreja em que estavam acostumados), minha filha fez questão de congregar, mesmo não sendo batizada ainda. Quando voltamos para buscá-la, o poder de Deus se movia na igreja e ela foi batizada no Espírito Santo!
Um dia, Deus chamou meu marido para pastorear essa mesma igreja, e então passamos a congregar juntos. Sempre os conscientizamos de que o chamado era algo divino, especial e assim, nunca reclamaram de nada. Mesmo quando fomos enviados para Maringá (PR) e eles continuaram residindo em São Paulo sozinhos, ainda solteiros, mas sem a possibilidade de ir porque já estavam exercendo a vida profissional.
Hoje noto filhos de pastores que são avessos à igreja, porque talvez ouviram muitas reclamações da mãe: falta do esposo, falta de dinheiro. A Bíblia nos manda em tudo dar graças, que é o antídoto da reclamação. Acredito que com a ajuda de Deus conseguimos conciliar essas duas áreas tão importantes da nossa vida: o pastorado e a família.
Dsa. Deusa de Oliveira Teixeira congrega na IAP em Vila Medeiros (SP) e atua no Ministério de Vida Pastoral (MVP) – Convenção Geral