Disse Jesus: “Eu sou a videira verdadeira, e meu pai é o agricultor” (Jo 15:1)
Vimos ao longo dos tempos a agricultura se alterar diante de nossos olhos. Antes, nossos avós tinham uma vida dura, uma vez que trabalhavam muito, lavravam a terra desde o amanhecer ao anoitecer. O maquinário se constituía basicamente numa enxada (ferramenta com uma parte larga e achatada, a qual se adapta um cabo para segurá-la, mais ou menos longo). A agricultura era de subsistência, e sem a ajuda de adubos e substâncias químicas, os alimentos demoravam mais para ser produzidos mas, no entanto, eram mais saudáveis.
Hoje em dia, associamos os agricultores com a tecnologia. A constante utilização de tratores, colheitadeiras, maquinários de última geração que ajudam o agricultor a arar, plantar, adubar, fazer sulcos, dessecar, colher em campos muitos maiores e com maior rapidez; e nossa alimentação, com a ajuda de substâncias químicas, crescem mais rápidas e, portanto, são menos saudáveis.
Esta profissão é fundamental para o desenvolvimento do País. A evolução social e as transformações sofridas na agricultura fizeram com que o agricultor deixasse de lado o uso da simples enxada e aprendesse com a tecnologia os novos modelos de plantações, irrigações, aceleração de crescimento, defender a plantação das pragas e ainda a consultar a meteorologia, seguir a bolsa de mercado de grãos para saber a valorização do produto, preço do dólar etc.
O agricultor já foi chamado pelos mais variados termos como camponês, lavrador, produtor, mas seja qual for a forma de identificá-lo, não perde a simplicidde do campo. Esses homens simples sabem que podem plantar, fertilizar, irrigar, limpar, colher mas o crédito da colheita sempre é dado a Deus.
Certa ocasião, Jesus enfatizou: “Eu sou a videira verdadeira e meu pai é o agricultor” (I Jo 15:1). Já o apóstolo Paulo em I Co. 3: 9 fala: ” Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus”. E em I Co. 3:1-8, ele descreve esse mistério e com clareza exorta que nunca devemos medir a igreja de Deus por padrões meramente humanos. Chama a atenção para lembrar àqueles irmãos que o seu trabalho era pioneiro pois pregou onde ninguém pregara antes, lançou a semente que se tornou a igreja em Corinto, mas foi o Senhor que fez o grão germinar e brotar da terra. Já Apolo, desempenhou outro trabalho: o de regar; afinal, ele trabalhou numa igreja já implantada por Paulo e seu papel foi o de regar cada planta com amor, aconselhando, orando, visitando e edificando os convertidos.
Paulo era consciente que todo crescimento era dom da graça de Deus e, em outra ocasião, para esta mesma igreja ele lembrou das palavras do profeta Jeremias: ” Assim declara o Senhor, quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado” ( Jr 9:24 -BNVI)
Os pastores, missionários, obreiros e evangelistas são, portanto, os instrumentos por meio dos quais Deus opera. No texto de I Co.3:5, Paulo coloca a expressão: “somos apenas servos”. Nessa análise podemos compreender que cada servo de Deus tem um ministério especial: um planta , outro rega, outro cuida, outro fertiliza e outro colhe; de fato todos são cooperadores da lavoura de Deus.
Percebemos então que todo trabalho pastoral vai em uma única direção – o crescimento da igreja. Cada pastor leva a igreja até onde pode e passa o bastão ao seu sucessor, que escreverá um novo capítulo na vida daquela igreja. Vocês, pastores, existem para fazer crescer a igreja de Cristo pelo poder de Deus. Qualquer outro motivo é antibíblico.
O que acontecerá com a agricultura no futuro? Teremos cada vez mais a disposição dos cooperadores as sementes transgênicas, as substâncias químicas cada vez mais sofisticadas e os sabores cada vez mais alterados chegando a nossa mesa? A resposta está com o sábio Salomão: “visto que ninguém conhece o futuro” (Ec 8:7).
Não sabemos o que acontecerá com a Igreja de Cristo onde pessoas e pastores estão demasiadamente preocupados com o tamanho das igrejas, lançando no chão sementes geneticamente modificadas, fazendo uso de técnicas e métodos modernos, buscando a rapidez no crescimento, fertilizando com adubos impróprios onde cresçem lavouras sem identidades; pastores assim visam apenas o lucro e não o evangelho, a riqueza material e não a salvação, o sucesso, e não a transformação da vida.
O pequeno agricultor não pensa em trocar o sossego do campo; ainda usa a enxada, uma ferramenta de sacríficio que lembra a forma de cruz, sabendo que a germinação e o crescimento até a maturação estão fora do seu controle e pertencem totalmente ao Criador. Trabalham na dependência de Deus e, no fim do dia, pode olhar sem medo para cima e contemplar as estrelas. Vocês pastores, devem usar a cruz de Cristo para testemunhar o amor genuíno de Deus, plantando a semente pura (sem modificações) do evangelho eterno que regenera, transforma de forma autêntica para que o caráter do ser humano seja semelhante ao caráter de Cristo e, no fim, de boa consciência, possam contemplar e receber a aprovação do Senhor.
Portanto, caros irmãos, assim como a agricultura é de fundamental importância para o desenvolvimento do país, a pregação do evangelho é para o reino de Deus. Oremos ao Senhor da Seara para que capacite seus cooperadores a lançar a boa e pura semente do evangelho, e assim como disse o profeta Isaías: “o Senhor mandará chuva para a semente que você semear, e a terra dará alimento rico e farto” (Is. 30:23), para a glória de Deus.
Dsa. Zildeli Ferreira do Carmo del Pozzo congrega na IAP em Vila Kellen, em Campo Grande (MS).
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