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Natureza: E eu com isso?

“Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para lavrar e guardar” – Genesis 2:15.
O texto inicial de Gênesis nos ensina que Deus entrega a nós um jardim e nos dá uma responsabilidade, que parafraseando ficaria assim: “plantem, mas guardem, cuidem, protejam tudo o que entrego nas mãos de vocês”. Deus espera que cuidemos da natureza, por isso temos que fazer menção ao mês que tenta lembrar a humanidade sobre sua importância.
Quando lemos que Deus fez este mundo para nós – e acredite, ELE fez mesmo! – tudo nesse planeta indica Sua obra, Sua mão, Seu design para que houvesse vida e para que ela se perpetuasse. Vemos nos mínimos detalhes Deus agindo em graça para conosco, sempre nos possibilitando vida através de Suas complexas e perfeitas criações. O cuidado de Deus é real para com as coisas criadas. Mas e quanto a nós? Pelo que lemos no texto inicial, fica claro que está sobre nós a responsabilidade de cuidar da natureza, pois os atributos de Deus, “…seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas…” (Romanos 1:20).
Vemos um mundo que degrada o que está a sua frente. Sabe quem faz isso? Seres autodestrutivos. Pois é… pesado, né!? Mais um detalhe pesado para nos fazer refletir: os únicos outros “seres” que destroem o ambiente em que vivem e acabam por morrer junto são bactérias, vírus… parasitas. A comparação parece cruel, mas é real! Estamos entre os pouquíssimos seres que destroem as coisas das quais dependemos. O texto de Romanos 8:19-21, deixando suas interpretações teológicas, diz que a natureza espera ansiosa pela libertação. Aguarda ansiosa por ser liberta do descaso, da degradação a que é submetida por conta da nossa corrupção, do nosso pecado, do nosso desprezo para com o que Deus espera de nós.
Portanto, a escassez não é consequência do fim natural, mas sim do mau uso, do desperdício, da poluição de leitos e nascentes, da destruição das florestas… tudo isso causamos, nós mesmos, no passado, agora e no futuro. Resta-nos ter consciência que a natureza é um ser vivo, ela é forte, intensa, basta pouco tempo sem a presença destruidora do homem para que reviva. Mas como ainda resta um pouco de instinto de sobrevivência em nós, lembremos sempre que ela precisa ser “usada” de forma sustentável. Isso fortalece nosso texto inicial, Deus espera que cuidemos deste incrível planeta. Temos uma função essencial no mundo: sermos mordomos fiéis, inclusive de tudo que está ligado à criação. Aceita o desafio? Que sua resposta seja “sim”, para a glória do nome de Jesus.
Pr. Airton Dias é Professor Doutor na Universidade Federal de São Carlos (SP), copastor na Igreja Adventista da Promessa em Vila Helena (Sorocaba, SP) e secretário do Ministério de Jovens da Convenção Geral.

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