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No Paraná, jovem surda é batizada nas águas com cerimônia feita em Libras por pastor

Igreja da Convenção Sul abraçou causa da Inclusão e colhe o primeiro fruto desse trabalho

A cena é daquelas emocionantes, como todo batismo. E este, em especial, emocionou pela inclusão: a jovem surda, Andressa Moentack, de 22 anos, foi batizada nas águas, em Telêmaco Borba (PR), pelo Pr. Kelvin Moraes, titular da Igreja Adventista da Promessa da cidade, na Convenção Sul. Para realizar a cerimônia, o pastor utilizou a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O batismo realizado no último sábado (04) pode ser assistido na página da Promessa de Telêmaco Borba, no endereço: https://www.facebook.com/iaprotb.telemacoborba. No vídeo, o Pr. Kelvin anunciou em Libras: “Andressa, eu pastor, te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, e a imergiu nas águas. Junto a jovem, a adolescente Lanna Helloise, de 13 anos, retornou ao Senhor, e, depois de passar por estudos, também foi batizada. As duas vidas são motivo de alegria para a igreja do Senhor.

“Para o pastor, a experiência de discipular alguém e levá-lo ao batismo é muito grandiosa. Por isso, vale a pena incentivar a igreja a aprender Libras, para ter um culto acessível. Além disso, Deus nos proporcionou esse batismo como um presente”, testemunha o Pr. Kelvin.

Do “Oi” em Libras às águas batismais

O Pr. Kelvin e a jovem Andressa, contaram ao Promessistas.org, sobre a vinda dela para a igreja. Segundo ele, cerca de 2 meses atrás, a nova discípula pertencia a outra denominação, que não tinha intérpretes para fazê-la entender o conteúdo das celebrações.

Andressa contou, por mensagem escrita, sobre como chegou até a igreja. O internauta, pode achar a escrita diferente, mas na verdade, por se tratar de outro idioma oficial do Brasil, as Libras no texto, tem uma forma diferente do Português, não estando, portanto, incorreto.

“Meu nome e Andressa, 22 anos, minha igreja não tem interpretar libras que eu não conheço palavras jesus aí difícil quem me ensino no bíblica quando conheci com meu namorado no Facebook que ele me convidou ir no igreja tem interpretar libras aí fica muito feliz foi conhece pastor Kelvin e Aline eles me ajudar ensaio no bíblica aí eu aprender coisa no bíblica conhece Jesus também meus amigos e meu namorado interpretar libras aí depois eu batismo”.

Andressa disse o seguinte:

“Na igreja que pertencia, não tinha intérprete de Libras e eu não conhecia a Palavra de Jesus, aí era difícil conhecer o ensino bíblico. Quando conheci meu namorado, no Facebook, ele me convidou para ir à igreja [Promessa] e lá tinha intérprete. Fiquei muito feliz quando conheci o pastor Kelvin e a Aline, eles me ajudaram a aprender mais da Bíblia e a conhecer Jesus; meu namorado e amigos, também aprenderam Libras… até chegar esse momento do batismo”, testemunha Andressa.

Uma igreja inclusiva

Na Promessa de Telêmaco Borba, o Pr. Kelvin e sua esposa, Aline, e outros jovens da comunidade, vinham aprendendo Libras, ensinando sinais para a igreja e fazendo algumas apresentações durante os cultos, o que tornou a pauta da inclusão parte da vida da igreja, mesmo sem que houvesse pessoas surdas.

A convite de um jovem da igreja, Andressa foi chamada a ir até a igreja, e, ao ser recepcionada em Libras e perceber que os promessistas se esforçavam em aprender os sinais, para pelo menos dar-lhe um “oi”, sentiu-se motivada a congregar ali.

A partir de então, Kelvin e Aline começaram a ministrar os estudos das doutrinas de que a jovem precisava para se preparar para o batismo. O pastor relata que, diante da pergunta se ela queria se batizar, sua resposta foi de que queria entender o que era o batismo, e, assim, se entregar ao Senhor. Após entender os conceitos básicos da fé, Andressa foi levada ao batismo. Creu no evangelho traduzido em Libras.

 

Inclusão em propósito

O Pr. Kelvin se interessou por Libras desde os tempos em que estudou no Seminário Interno da Igreja, em São Paulo (2012-2013). E se apaixonou por isso. O propósito de pregar para Pessoas Com Deficiência (PCDs) aumentou ainda mais, quando conheceu Aline, com quem casou e tem 1 filho (Matheus). Ela também sabia Libras.

Para o pastor, “a igreja que não tem intérprete é fechada para esse público”. O líder enfatiza ainda que, na impossibilidade de se fazer missões estrangeiras, o público PCD está perto de nós e deve ser alvo da missão da igreja.

“Olhamos muitas pessoas estrangeiras e esquecemos muitas vezes dos surdos, dos cegos, do lugar onde estamos; devemos lembrar que os PCDs estão entre os não alcançados. E com a quantidade de recursos disponíveis, como cursos, é possível, com força de vontade, aprender e alcançar esse público”, pontua Pr. Kelvin.

A igreja de Telêmaco Borba abraçou a causa da inclusão, como uma pauta de foco local e de visibilidade em seus cultos, mas não para por aí: todas as sextas-feiras, há mais de um mês, são ministradas aulas presenciais de Libras e uma das professoras é a própria Andressa.

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Por: Ministério de Comunicação.

 

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