O que é o apego? E o desapego? Na minha vida o que devo considerar para ser feliz?
O salmista Davi nos relata que “o limite de nossa vida chega aos setenta anos, e só alguns, os mais fortes, conseguem chegar aos oitenta; entretanto, são anos difíceis e sofridos, pois a vida passa depressa, e nós desapareceremos (Salmo 90:10 BV).
É bem verdade que se começar a refletir sobre a vida e sua finitude, com certeza, vamos mudar muitos conceitos e moldar a nossa vida de tal forma que busquemos a sabedoria do alto para aproveitar esse pequeno tempo aqui para cumprirmos com maior propriedade o chamado do Mestre. O ideal seria fazermos uma priorização de valores. Se tomamos como valores absolutos o acúmulo de bens, a fama e o poder, a reflexão sobre a mortalidade torna ridículos esses anseios, privilegiando outros valores que nos dão maior dignidade. A consciência da morte nos ajuda a questionar não só se nossa vida é autêntica ou inautêntica, mas também se faz sentido.
As pessoas se lamentam por a vida ser muito breve, por isso é importante o saber viver. A vida não é exatamente curta, mas nós desperdiçamos uma grande parte dela. Eis algumas atitudes que faz com que a vida seja desperdiçada: a insaciável ganância, trabalhos supérfluos, a embriaguez, a gula, a inércia, a preocupação com a opinião alheia, o lucro, a busca de adulação, a inveja pela conquista dos outros, a falta de objetivos, a falta de projetos, a necessidade de mostrar talentos, a libertinagem, as conversas inúteis, a glória, a avareza, a raiva, além de outros.
Por isso, a necessidade de constante avaliação de nós mesmos por meio de um autoexame. O apego é um sentimento de afeição por alguém ou alguma coisa, por isso nos apegamos às amizades, à casa, ao carro, ao emprego, às roupas, aos calçados, aos perfumes, à beleza, à posição social, aos negócios, aos medos, aos sonhos etc. A busca incessante do ter para ser feliz é uma praga, uma tormenta, um dos piores males da existência humana, que faz com que muitos matem, roubem, destruam famílias e embriaguem o corpo com drogas e outros afins.
Jesus nos deixou uma lição: se estivermos abraçados com as riquezas terrenas, não será possível chegar à cruz.
O apóstolo Paulo aos Filipenses nos diz que “de sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (Fil. 2: 5-6). Jesus poderia ter nos ensinado que a busca pelo ter era mais importante do que o do ser. Mas pelo seu exemplo, podemos verificar que ele veio num ventre emprestado, nasceu numa hospedaria emprestada, teve um pai (José) emprestado, trabalhou numa carpintaria emprestada, entrou em Jerusalém montado num jumentinho emprestado, carregou uma cruz que não era sua, morreu por nós e, por fim, foi sepultado num túmulo emprestado, mas cumpriu com louvor a missão dada pelo Pai.
Contudo, devemos considerar que não é pecado a riqueza, o perigo é quando se busca apenas o ter bens. A palavra de Deus nos adverte: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 8:36).
Para ser feliz, somente é preciso algo: nos desapegar das coisas materiais, uma vez que estas são passageiras, e aceitarmos Jesus em nossa vida. Jesus mesmo espera ter o primeiro lugar em nossa escala de valores. Priorizá-lo fará toda a diferença.
O salmista nos lembra que não somos imortais, e o apóstolo Paulo nos alerta que no Senhor nós vivemos, nos movemos e existimos. O Senhor nos fez para a sua glória e fomos comissionados para levar aos outros como ter uma vida plena de realizações junto aquele que tudo pode.
O desapegar das coisas terrenas, e até da própria vida por amor a Cristo, nos remete à palavra do apóstolo Paulo no livro de Atos 20: 24: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o meu ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”.
Finalmente, lembramos que o nosso desejo é morar eternamente nos céus com Jesus. Se assim pensamos, temos que ter consciência que aqui na terra um dia morreremos. Peçamos sabedoria ao Senhor para valorizar a vida que ele nos deu e fazermos com seriedade o que nos pediu.
Dsa. Zildeli Ferreira do Carmo del Pozzo congrega na IAP de Vila Kellen (Campo Grande, MS).
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