“Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.” (Tg 3:12)
Antigamente falávamos que, se um produto comprado não fosse tão bom, era do Paraguai. Em outros tempos, falávamos que era da China.
Recentemente, foi veiculado um comercial, por uma empresa fornecedora de serviços de TV a cabo, internet e telefonia, em que as pessoas, por não terem adquirido os seus serviços, diziam ser “tipo net”. Ser “tipo net” denota a ideia de algo muito similar ao original contudo, de qualidade inferior.
A Bíblia relata que, do mesmo modo, existem os “tipo cristão”. Vão à igreja, cantam nos cultos, falam como cristãos, andam como cristãos, se vestem como cristãos, mas não são.
Na primeira oportunidade, começam a apresentar problemas. Nas rodas fora da igreja, na faculdade, na internet.
Os “tipo cristão” costumeiramente transformam o absoluto da palavra em relativo, os princípios nela contidos em questão cultural não aplicável mais à nossa vida, moderna e seletiva. Assim como ser “tipo net”, não é ser net, ser “tipo cristão” não é ser cristão.
O “tipo cristão” diz estar dentro do reino de Deus, mas ama o mundo e as coisas que no mundo existem. Quase sempre é influenciado e raramente está influenciando. Está antenado com as tecnologias, tendências, carros, mas para ele é difícil dialogar sobre algo que envolve as coisas do Reino de Deus.
Quando questionado sobre suas convicções religiosas, para ele, basta dizer:
– Eu vou à igreja!
– Cristão?
– “Tipo cristão”!
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12: 2).
Edgar Simão é obreiro voluntário da IAP em Itatiba (SP).
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