Há quem diga que está no dinheiro, na beleza e na fama, mas não é o que ensina o Salmo 128
“Como é feliz quem teme ao Senhor, quem anda em seus caminhos! Você comerá do fruto do seu trabalho, e será feliz e próspero. Sua mulher será como videira frutífera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa. Assim será abençoado o homem que teme ao Senhor! Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias da sua vida, e veja os filhos dos seus filhos. Haja paz em Israel!” (Sl 128:1-6).
O Salmo 128 começa com um assunto muito procurado pelos moradores do planeta terra, a felicidade. Assunto difícil de entender 100% da sua origem. Felicidade pode ser definida de vários pontos de vista. Para o pobre, a felicidade é ganhar na loteria, para o rico é ser o mais rico, para o feio é ser bonito, para o bonito é ser lindo, para o solteiro é ser casado, para o casado é ser solteiro e por aí, a lista sem fim à procura da felicidade. Há quem diga que a combinação perfeita é: dinheiro, beleza e fama.
Mesmo para esses, ricos, belos e famosos, a vida se mostra com suas facetas, quando tudo parece bem se surpreendem com aquela sensação de que lhes falta alguma coisa. Sem contar que as tragédias naturais podem bater na porta de qualquer um: doenças, violência do transito, tráfico de drogas ou qualquer uma dessas coisas que acontecem sem avisar ninguém. E o que dizer daqueles que colherão aquilo que plantaram, conforme diz a Bíblia em Gl 6:8; segundo o texto, quem semear na carne, colherá a corrupção, mas quem semear no Espírito, colherá a vida eterna.
A felicidade do homem ao lado da sua mulher e seus filhos, a família que Deus instituiu, desde a criação, é testemunhada no Salmo 128.
Será que existe mesmo essa árvore frondosa e frutífera? Será que essa é mesmo a árvore da felicidade? Salmo diz que sim, essa árvore da felicidade deve ser plantada na terra do “temor do Senhor” e adubada com o “andar em seus caminhos”.
A laboriosidade do homem piedoso é objeto de bênção, e o trabalhador zeloso desfruta do resultado de seu trabalho. A palavra de Deus não aprova a negligência, mas engrandece a dignidade do trabalhador.
Infelizmente, tem muita gente comungando com o Deus verdadeiro, mas de maneira equivocada. Imaginam que os favores de Deus vêm automaticamente pelo simples fato de que creem em Deus. Plantam a felicidade na terra da ambição e adubam com o orgulho, vaidade, falsa humildade. Acreditam que poderão continuar vivendo como viviam no mundo, egoistamente, indiferentes às necessidades do próximo, sentindo que estão no caminho certo da verdadeira felicidade.
Ser feliz, estar feliz e sentir-se feliz tem diferença. Estar feliz é um período que passa, sem sustentação e sem estabilidade. Sentir-se feliz é uma emoção, sensação de felicidade que, às vezes, não sabemos nem porquê. Mas ser feliz é possível quando você entende que não vive mais como homem natural e muito menos carnal, você é espiritual com Deus, temente e obediente aos princípios da espiritualidade cristã. A maturidade cristã revela que o caráter de Cristo é formado em nós através de um processo, de modo que somos sempre encorajados pelo Espírito Santo a desenvolver nossa salvação com temor e tremor. Mesmo sabendo que, no mundo teremos aflições e estaremos sujeitos às mesmas aflições de qualquer pessoa, independentemente de raça, condição social e até de religião.
O casamento segundo a Bíblia Sagrada completa o homem e a sua mulher que transbordam na chegada dos filhos, sejam eles quantos forem. Deus reservou bênçãos para a família.
A árvore da felicidade precisa ser cuidada porque esse relacionamento garante bons frutos tanto de alegria material e afetiva, representados pela videira, como da alegria espiritual e vitalidade, representados pelos rebentos da oliveira.
A família proporciona para o ser humano satisfação na alma e no espírito mesmo em meio as aflições que são sobrevindas a todos os seres humanos.
Certa ocasião um pastor descrevendo um estado de dificuldade que a sua família estava enfrentando, disse que, mesmo em meio ao sofrimento, se sentia confortado, pois se tivessem que morrer por aquele problema, morreriam abraçados.
Uma família bíblica é bem ajustada, a presença do pai dá segurança para a esposa e os filhos. Por outro lado a esposa proporciona toda a alegria que um homem precisa e isso serve de motivação para que sinta que vale a pena o trabalho pelo sustento. Até hoje percebo como os meus filhos se sentem seguros depois de compartilharem comigo seus temores.
Que dizer da felicidade agora? Faço as minhas palavras as palavra do Salmo: “Como é feliz quem teme ao Senhor, quem anda em seus caminhos!”
Pr. Saulo José Hernandez e Da. Edinilza Pires Galdino Hernandez. Ele é superintendente da Convenção Rio de Janeiro / Espírito Santo e ambos atuam na equipe do Departamento Ministerial.