Pescoços e bicicletas
Sacos de carvão
Sacos de manga
Feixes de lenha
Tudo o que se possa vender e trocar se vê
Nas cabeças e pescoços rígidos
Nas bicicletas de pneus baixos
Nos passos lentos ao chão
Nas pedaladas cansadas
Nas estradas sem fim
Na esperança de uma vida melhor
Beleza teimosa
Apesar da chuva que
Destrói e mata
Apesar da malária e da cólera virulentas
Apesar da pobreza impiedosa
Apesar da desesperança
A chuva esverdeia as pradarias
As nuvens carregadas beijam os montes
As flores colorem e acalmam a alma
As crianças correm na chuva e se banham nas poças
E os viajantes
Desfrutam dessa beleza teimosa
A menina da pasta azul
São 7h30
Ela vê nosso carro e pisa firme
Tem medo de homens brancos
Braço esquerdo a apertar a pasta azul
Dentro estão caderno, lápis e borracha
São cinco quilômetros até a escola
Tem apenas cinco anos
Ta chovendo e, para seus padrões, frio
A menininha africana está só na estrada
E é linda
Bolos
Não, não falo de trigo, nem fermento
Não falo de festas de aniversário
Não falo de brigadeiros salivantes
Falo de crianças juntas na beira da estrada
São vistas aos montes
Coladinhas uma nas outras, se aquecendo do frio
Bolos de crianças
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