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Queremos ser aceitos

A mulher samaritana tinha a mesma sede que nós temos

O grande dilema humano é ser aceito. Todos nós queremos ser aceitos. Quando crianças, queremos ser aceitos por nossos pais, quando adolescentes aceitos pelos amigos, quando adultos, aceitos pela sociedade.
O texto de Jesus conversando com a mulher samaritana (João 4) trata de aceitação.
Muitas pessoas não sabem que são aceitas e amadas por Jesus da maneira que são. O amor de Deus por nós não é circunstancial, ele não depende do nosso comportamento. Deus é amor, amar é da natureza de Deus e não há nada que façamos que o faça mudar de ideia. Ele simplesmente ama você.
E o que o amor tem a ver com aceitação?
Amor é a aceitação de que entre eu e meu semelhante existem muitas e preciosas diferenças a serem respeitadas.
E o que isso tem a ver com a mulher à beira do poço? Ela se sentia rejeitada, precisava se sentir aceita e foi exatamente isso que ela encontrou em Jesus: a mais completa aceitação. Nós temos a mesma necessidade daquela mulher: ser aceitos.
Ela precisava se sentir aceita porque era samaritana
Judeus e samaritanos eram “primos” que não se davam bem. A origem da briga começara após o término do reinado de Salomão. Israel dividiu-se em dois reinos: reino do norte, cuja capital era Samaria, e reino do sul, cuja capital era Jerusalém. Vivendo tantos anos separados, a relação entre eles começou a esfriar. Em Samaria a idolatria era mais forte que em Jerusalém, tanto que foram castigados com o exílio 200 anos antes de Jerusalém. No exílio, assimilaram ainda mais a cultura pagã. Quando, finalmente, reino do norte e do sul puderam voltar às suas terras de origem, os judeus do sul não aceitaram que os moradores de Samaria comungassem com eles, pois eram impuros demais. Como os samaritanos não eram aceitos nos lugares de adoração tradicionais, eles desenvolveram sua própria adoração, seus próprios lugares de culto e modo de adorar (v. 19 e 20). E isso fez com que o ódio dos judeus crescesse ainda mais, pois os samaritanos, aqueles pagãos imundos, estavam desenvolvendo sua própria forma de adorar a Deus! Que absurdo! Desrespeitavam a Lei de Moisés.
Essa mulher já nasceu estigmatizada, antes de ter feito qualquer coisa, já era considerada impura, indigna de adorar ao Deus verdadeiro.
O estigma era tão grande que ela mesma toma um susto quando Jesus fala com ela (v. 9): “como você pede algo a mim, uma samaritana?”
Pode ser que você tenha nascido já sem aceitação. Talvez as pessoas apontavam para você como o filho do bêbado, filha da mãe perdida. Talvez estigmatizado por sua condição social ou sua cor.
Para Deus, que sonda os corações, a sua origem ou aparência não define quem você é e não interfere no fato de que Ele aceita você. Ele não liga para quem eram seus pais, sua condição social, a cor da pele, do cabelo, o estilo de vestir. Ele aceita você!

Aline Gomes Rodrigues congrega na IAP em Industrial (Convenção Mineira).

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