O último dia do Congresso de Educação da Igreja Adventista da Promessa foi marcado, entre outras coisas, pela fala do diretor do Ministério Jovem da IAP, Pr. Júnior Mendes, que tratou do ensino para jovens numa sociedade em transformação.
O evangelho conversa com as novas gerações, afirma o Pr. Júnior. Para ele, o evangelho é atual e tem respostas para os dilemas dos jovens: “O problema não está na mensagem e nem no conteúdo, mas na forma como comunicamos o evangelho de Jesus Cristo.”
A forma a que ele se refere, está ligada à integridade, profundidade e relevância. O jovem dessa geração tem disposição para cumprir a missão de Deus. Ele está disposto a comprometer-se e compartilhar, no entanto, não basta apenas um ensino moderno – ele precisa ser relacional e contextualizado. Precisamos falar de temas relevantes e que façam parte do dia a dia de jovens e adolescentes. Boas técnicas didáticas são importantes, mas, definitivamente, não são suficientes. O jovem quer encontrar uma maneira de cumprir sua missão no mundo. Ele precisa encontrar sua identidade essencial, mas para isso precisa de um líder que olhe nos olhos, que seja de carne e osso, que tenha a capacidade de rir de si mesmo, que tenha testemunho de vida, que fale de modo coloquial e faça discípulos de Jesus Cristo – transparentes e verdadeiros.

Discípulos frutíferos não negociam a fé

“O que você vai fazer com tudo o que ouviu neste Congresso de Educação?” Esta foi a pergunta com que o pr. Eleilton Freitas concluiu sua palestra nesta manhã – “O propósito do ensino”.
“Que você compartilhe com os irmãos da igreja local, para que o nome de Cristo seja glorificado. É ele quem nos incentiva, quando promete que está conosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

Vineyard Piratininga participa do Congresso de Educação

Os participantes do Congresso de Educação foram muito abençoados com a participação do Vineyard Piratininga, que ministrou à tarde uma trilha sobre “Ensino por meio da Musica”.
À noite, eles conduziram os louvores com toda a igreja, invocando a presença do Senhor e adorando o nome dele.

“Mathetés” tem tudo a ver com a igreja

O pastor Josias Lima conduziu a palestra “Discipulado Centrado na Missão”, neste domingo pela manhã, no Congresso de Educação. Ele explicou que a palavra grega “Mathetés” significa pessoa ensinada ou treinada.
Com uma dinâmica interativa, que exemplificava a diferença entre uma igreja que só evangeliza e outra que só discípula, foi mostrado como o discipulado é o plano para igreja. Enquanto a igreja “evangelística” só um faz o trabalho (com exceções), na igreja que discipula, cada aprendiz reproduz o que aprende de seu discipulador, assim, neste tipo de comunidade, cada um se compromete com a missão de Deus. “O alvo do discipulado é discipular outra pessoa”, disse Josias, a fim de que vidas sejam alcançadas para o reino de Deus.

“Tudo que fazemos envolve educação cristã”

Com a leitura de Mateus 28.19-20 enfatizando a palavra de Jesus no ensino, o pastor Kassio Lopes, falou sobre “O ministério de educação cristã relevante”. Enfatizou que “a missão que Jesus deu a sua Igreja, envolve um plano educacional”.
Kassio mostrou que o ensino cristão é importante, porque tudo que fazemos transmite ensinamento, seja de maneira formal (como na escola bíblica) ou informal (situações do dia a dia).
A trilha de educação cristã relevante mostrou que ela exerce um papel formador, trazendo à igreja local uma cosmovisão e doutrinas cristãs fundamentadas na Bíblia. Além do mais, ela influencia na prática a vida de cada cristão.

O que alface tem a ver com escola bíblica?

A pedagoga Sandra Marra falou no sábado à tarde, no Congresso de Educação, sobre “Como dinamizar suas aulas?”. Numa palestra bem prática, Sandra montou uma aula e mostrou a importância do planejamento para professores e professoras, ensinando sobre tempo e roteiro de aula.
Fazendo uma metáfora com a alface, a palestrante deu alguns minutos para que grupos de pessoas falassem sobre alface: como plantá-las, cultivá-las e em quanto tempo colher. Isso serviu então para verem como as aulas de escola bíblica devem ser: “você tem que amar aquilo que faz. Fazer com esmero!”, afirmou a pedagoga.

“Jesus foi nosso maior exemplo de inclusão”

O pr. Silas Andrade, da Igreja Batista Boas Novas de Hortolândia (SP), falou nesta manhã no Congresso de Educação sobre “Os Desafios da Inclusão no Ministério do Ensino”. Com uma experiência de 38 anos no ministério com surdos, ele falou sobre a necessidade de entendermos o raciocínio do surdo, que é diferente do nosso.
Ele citou Helen Adams Keller, a primeira surda / cega a chegar a uma universidade: “Como cega, eu me sinto distante das coisas; como surda, eu me sinto distante das pessoas”.
Para ele, a surdez é mais excludente que a cegueira, o que aumenta nosso desafio, como Igreja, de inclui-los no ensino do Evangelho.
“Jesus nos deu o exemplo da inclusão, quando deixou sua glória, assumiu a forma de servo, se esvaziou, para nos alcançar”.

Pr. José Lima fala sobre a capacitação do Espírito Santo

Neste momento, o pr. José Lima, segundo secretário geral da IAP, fala sobre “O Capacitador do Ensino”, que é o Espírito Santo. ”Ele é o professor por excelência e essência. Ele não precisa ler livros mas está aqui para ensinar”, diz o pr. Lima.
“Não seriam os sábios que deveriam compreender melhor as Escrituras? No entanto, a Palavra de Deus diz que a Palavra da cruz é loucura para os que perecem, porque Deus tornou louca a sabedoria deste mundo.”

 

A necessidade da boa forma espiritual

Uma das trilhas oferecidas no 2º dia do Congresso de Educação da Igreja Adventista da Promessa que acontece na Estância Árvore da Vida em Sumaré (SP) foi ministrada pelo professor Claudio Marra. Ele é bacharel em Teologia e Comunicação Social, mestre em Letras, doutor em Ministério, editor da Cultura Cristã e pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, com o tema “O perfil e o preparo do professor”.
Segundo Marra, o bom professor mantém a boa forma espiritual e para isso alimenta-se bem, medita na Palavra, relaciona-se com o Senhor pela oração e valoriza a companhia dos irmãos. Outra questão está relacionada à manutenção da boa forma didática. Nesse sentido, o professor conhece seus alunos, estabelece objetivos claros e atenta-se para o planejamento, ensino e para a avaliação.
Claudio Marra encerrou sua fala lembrando que não é aceitável que o professor não tenha objetivos e que o professor que conhece o conteúdo não vacila no ensino.

Criatividade é fundamental para ensinar a Palavra de Deus

Uma divertida aula foi ministrada pelos missionários Diego e Guilherme, do Jovens da Verdade (JV) na Estrada, sobre o ensino cristão para adolescentes. “Não sou criativo. Essa frase é um mito. Todos somos criativos, acontece que, no curso da vida, desaprendemos de ser criativos”.
Eles falaram sobre  a importância de utilizar técnicas como brainstorm em reunião dos líderes de adolescentes, para buscar soluções criativas para o ensino.

Zezina Bellan explicou no Congresso de Educação

A pedagoga Zezina Bellan falou sobre o tema “andragogia de Jesus”. Andragogia é uma área do ensino que trata da instrução para adultos. Ela desafiou o público presente, lembrando que um dos desafios de se ensinar esse público, é pensar que já sabe e que entende tudo, mas fazer com que, por meio da interatividade com o conteúdo ensinado, aprenda enquanto faz.
Ela falou das múltiplas formas de inteligência, mostrando com base no texto da multiplicação dos pães e peixes, que Jesus contemplou os diversos tipos de alunos: ao falar com eles e ao providenciar comida para eles. Assim, orientou que quem ensina deve despertar os alunos, procurando várias maneiras para fazer isso.
“Não basta usarmos teorias educacionais para ensinar a Bíblia, temos que dar o nosso melhor para Deus”, disse ela.

Os trabalhos do Congresso foram retomados no período da tarde com a participação da banda Na Proa, da IAP em Bauru (SP). Foi um momento muito bom de louvor e gratidão a Deus por tudo o que Ele tem feito.