Conheça as ações previstas para o período
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Em 19 de novembro de 1910, chegaram ao Brasil Gunnar Vingren e Daniel Berg. Já em 8 de março de 1911, chegou por aqui o italiano Luigi Francescon e Giacomo Lombarde. As duas duplas de origem estrangeiras fundariam as duas maiores igrejas pentecostais: Assembleia de Deus e Congregação Cristã no Brasil, respectivamente.
Ambas as duplas vinham do grande avivamento norte-americano, na Escola Bíblica de Topeka, com Charles Parham, e na Rua Azuza, com William Seymor, considerados os “fundadores” do movimento pentecostal. Essas igrejas depois viriam a ter poucas diferenças doutrinárias, e não eram guardadoras do sábado.
Neste período, sabemos que nosso pioneiro ainda estava conhecendo o Evangelho. Conta a história que João Augusto da Silveira, com apenas 16 anos de idade, teve seu primeiro contato com a Bíblia Sagrada, em 1909 1. Foi neste mesmo ano que ele ouviu o primeiro sermão evangélico de sua vida, no dia 24 de dezembro, na Igreja Presbiteriana de São Luiz do Maranhão. Pouco a pouco, nas suas andanças por alguns estados, João Augusto teve contato com a doutrina Adventista do Sétimo Dia, até que se batizou em 30 de junho de 1912 2.
Desenvolveu-se na fé e ingressou no ministério: de 1918 a 1928 3, servindo a Deus nesta denominação. Foi em 1928 que pediu seu desligamento da igreja por motivos doutrinários. O motivo: a crença no batismo com o Espírito Santo. Teve da Igreja Adventista carta de boa recomendação, mostrando que não se tratava de rebelião.
De 1928 a 1932 aconteceram vários eventos na vida do Pr. João: desde convites para ser pastor a mais investigações a respeito desta benção que ele havia descoberto na Escritura. E foi no dia 24 de janeiro de 1932, que, após recapitular passagens de Atos dos Apóstolos que mostravam a descida do Espírito, o servo de Deus recebeu o poder do alto. Falou em línguas, glorificando a Deus e a Cristo.
Esta experiência figura o nascimento da Igreja Adventista da Promessa (IAP). A primeira igreja pentecostal genuinamente brasileira, porque seu fundador foi um brasileiro. Ainda vale ressaltar que a Promessa nasce no chamado “pentecostalismo clássico” ou “primeira onda” do pentecostalismo brasileiro.
Segundo o sociólogo Paul Freston, podemos dividir os pentecostais em três fases: “primeira onda”, que vai de 1910 a 1950 (pentecostalismo clássico: Assembleia, Congregação etc.); “segunda onda”, que vai de 1950 a 1960 (Quadrangular, Deus é Amor etc.); e “terceira onda”, com início no final da década de 70, que são as igreja neopentecostais (Universal etc.)4.
Somos, então, parte do primeiro momento pentecostal. Cuja ênfase era além das línguas estranhas: expiação, santificação, curas, entre outros. A IAP procurou acrescentar a sua experiência carismática, a ênfase no conhecimento bíblico e o aprofundamento doutrinário, o que também era a ênfase do início do movimento pentecostal.
Além disso, nascemos como uma igreja sabatista, que acredita que o dia do Senhor não mudou! (Gn 2:1-3; Ex 20:8-1; At 16.13). Perseveramos em acreditar no sábado bíblico, do sétimo dia, e não apenas como símbolo de descanso. Por isso, a curiosidade de muitos quando sabem que somos pentecostais e sabatistas. Além de outras doutrinas, como a abstinência de alguns alimentos.
Mas qual é a importância disso? Bom, podemos abrigar aqueles que desejam provar mais dos dons do Espírito (I Coríntios 12) e não admitem abrir mão do dia do Senhor, o sábado; e também, podemos acolher aqueles que desejam continuar crendo nos dons sobrenaturais, mas querem guardar o sábado. Não somos uma denominação que preenche uma lacuna, mas uma igreja que, com a graça de Deus, pode servir para os que têm zelo pelo dia do Senhor e seus dons espirituais.
Andrei Sampaio Soares congrega na IAP em Vila Medeiros (SP) e é colaborador do Departamento de Educação Cristã da IAP.
1 Marcos que pontilham o caminho, p.46.
2 Idem, p.48.
3 O Pr. João foi consagrado ao ancionato em 1922.
4 Dicionário Brasileiro de Teologia, p.775.
A Igreja Adventista da Promessa (IAP) nasceu em 1932, na cidade de Paulista (PE). Com 83 anos de história, nossa caminhada conflui-se com a caminhada do povo de Deus em todos os tempos. Não somos uma “anomalia” no Corpo de Cristo, pois consideramos a história dos cristãos antes de nós como nossa história, afinal, antes de existirmos como denominação, houve quase dois mil anos de cristianismo vividos, sem contar com a historia de nossos irmãos do Antigo Testamento.
Sem dúvida, não nos seria sábio jogarmos fora tantos anos de andança com Deus. Por isso, desde o início da IAP, procuramos fugir do sectarismo (exclusivismo), mesmo que, de alguma forma, lutamos sempre contra este sentimento que surgiu no decorrer de nossa vida denominacional. Sem dúvida, não somos a única igreja verdadeira, mas somos parte da igreja presente em todo mundo: aquela composta por todos os cristãos, de todos os tempos e lugares, formada por judeus e gentios; de todas as raças, povos, línguas e nações, que um dia estará junto com o Cordeiro (Ap 7.9).
Cremos que Deus tem levantado homens e mulheres leais a sua Palavra, mesmo depois da morte dos Apóstolos. Basta folhearmos as páginas do nosso livro de história denominacional, “Marcos que Pontilham o Caminho”1, e percebermos nosso alinhamento com a História Cristã, mostrando que não a desprezamos: Irineu, Tertuliano, Agostinho, Lutero etc. Movimentos como Quakers, Metodistas, Rua Azuza etc. Ainda que reconheçamos momentos de desvio na Igreja Cristã, longe de nós nos considerarmos “o único povo de Deus na Terra”, como disse nosso fundador, o Pr. João Augusto da Silveira, mas certamente pertencemos a esse povo.
Isso não tira nossa peculiaridade e importância, mas enfatiza nossa consciência de que pertencemos à Igreja de nosso Senhor, aquela comunidade formada pelo Espírito no dia de Pentecostes; cuja regra de fé e prática é a Bíblia, a qual tentamos seguir em todo nosso discurso e vida. Somos, então, parte dos cristãos verdadeiros: aqueles que têm a fé em Cristo e guardam seus mandamentos (Ap 14:12).
O que podemos dizer é que Deus nos chamou para servi-lo de maneira peculiar e zelosa, levar sua Palavra para o Brasil e a partir do Brasil. Louvamos a Deus que nos tem sustentado até aqui e nos feito reconhecer que somos parte de seu povo. A IAP:
“(…) tem uma importante missão a cumprir: ‘cultivar e expor todos os ensinamentos bíblicos, e não somente aqueles que dizem respeito ao perdão e à justificação pela fé, mas também os que se referem à doutrina do batismo no Espírito Santo, os dons espirituais, e à vigência da lei moral dos dez mandamentos, entre outras, igualmente importantes para a edificação daquele que crê. Este deve ter sido o propósito de Deus, ao conceder ao Pr. João Augusto da Silveira a bênção do batismo no Espírito Santo.”2
Como cristãos promessistas, valorizemos a História do Cristianismo, aprendamos com seus acertos e erros, sem esquecermos as peculiaridades de nosso chamado como denominação, cumprindo a missão para a qual fomos chamados.
Andrei Sampaio Soares congrega na IAP em Vila Medeiros (SP) e é colaborador do Departamento de Educação Cristã da IAP
Inicio uma série de textos sobre a identidade dos Adventistas da Promessa. Amo a denominação da qual faço parte e desejo compartilhar com meus leitores a minha percepção (não doutrinária) desta “Nordestina” de 83 anos.
O que de melhor há no “Sétimo Dia” e na “Assembleia de Deus”
Começo perguntando: que cara tem a Igreja Adventista da Promessa? Alguns já disseram que somos uma junção do que há de melhor nos adventistas do Sétimo Dia e o que há de melhor nos assembleianos. Do Sétimo Dia teríamos “herdado”: a) os mandamentos de Deus, com destaque para o sábado, a abstinência de certos tipos de alimentos; b) o ardor doutrinário; c) A ênfase na Volta de Cristo. Já da Assembleia de Deus “herdamos”: a) o “fogo do Espírito”: b) a manifestação de dons espirituais: com ênfase em línguas e cura; c) a “exuberância” na oração.
O que de pior há no “Sétimo Dia” e na “Assembleia de Deus”
Há os que pensam o contrário. Na verdade, dizem, somos a junção, resultando no pior das duas denominações. Para estes, herdamos dos adventistas: a) a prepotente visão de que somos “o único povo de Deus na Terra”; e b) o legalismo. Já dos assembleianos, teríamos “herdado”: a) o improviso litúrgico; b) a “censura” no porte e na conduta cristã (com ênfase na proibição de calças e adornos, restritivamente para as mulheres).
Nossa diferença com o “Sétimo Dia”
Já temos mais de 80 anos, e se pensarmos, já temos – e sempre tivemos – muitas diferenças destas duas denominações. De fato, elas nos influenciaram, tanto no nosso nome como em nosso comportamento. Acredito que podemos entender que somos diferentes da Igreja Adventista, e não sugiro com isso como um “ódio ao adventismo”, nem proponho a mudança de nosso nome, porém, não há como aceitarmos o rótulo, depois de 83 anos de história, de que ainda somos “adventistas” como nossos irmãos.
Basta lembrarmos que não temos nenhum compromisso com algumas doutrinas: a) os escritos de Ellen White; b) não cremos na doutrina do “santuário celestial”, um “remendo” mal feito, para o equívoco da tentativa de agendamento da volta de Jesus para 1844; c) o despojamento de que somos a “única igreja verdadeira”. Isso fica evidente nas palavras do Pr. João Augusto da Silveira, nosso fundador:
“O nosso título denominacional traduz justamente o que nós cremos a respeito de títulos de igrejas. ‘Universal assembleia’¹, estas duas palavras, as encontramos na epístola aos Hebreus 12:23, e cremos que elas nos falam de uma única igreja de Jesus Cristo na terra, não cremos que ela tem referência a nenhuma das denominações existentes, e nem mesmo a nós que a adaptamos como um título, mas antes que ela diz respeito a totalidade dos cristãos em Jesus Cristo de todas as denominações, os quais têm andado em sinceridade de coração, na luz que têm recebido.²
Além de outras diferenças: d) a abstinência para nós é uma questão da soberania divina (a visão adventista é uma espécie de “reforma de saúde”); e) não cremos que Miguel é Jesus (Hb 1).
Vejam quantas diferenças, muito mais que as “línguas estranhas”.
Nossa diferença com a “Assembleia de Deus”
Quando penso em nossa “face assembleiana”, acredito estarmos distantes deles também. A) “Nosso pentecostalismo” é equilibrado, conquanto haja alguns extremos em alguns lugares, mas, no geral, não acreditamos em descontrole espiritual (perda da consciência durante a manifestação do dom de línguas, profecia e etc.); B) não acreditamos que perdemos nossa personalidade quando Deus nos usa; C) não cremos no cair no Espírito; D) não adotamos cultos intermináveis (embora nem todos assembleianos sejam assim) E) não cremos no arrebatamento secreto da igreja; F) não cremos no inferno presente e eterno (porém na punição aniquilacionista no “lago de fogo”).
Promessista, povo que caminha
Nesta caminhada de mais de 80 anos não andamos para nos tornarmos uma mistura de doutrinas, como se fôssemos uma “babel convertida”. Nossa identidade tem caminhado para uma nova face que, queira o Senhor, nos ajude a parecer mais com Cristo, resultado da obra do Espírito Santo, o qual tem operado desde o início dos promessistas. Inclusive sem descartar a boas influências que as duas denominações trouxeram a nós.
Nossa caminhada teológica (estudar não é pecado), nossa ênfase na Graça e o aperfeiçoamento doutrinário está nos direcionando para que sejamos, como sempre fomos e cada vez mais, a igreja da Palavra. Buscamos cada vez mais conhecer ao Senhor (Os 6.3) e crescer na sua graça (2Pe 3.18), aprimorando nosso conhecimento na salvação pela graça, sem perder o fervor espiritual e o zelo pela Lei de Deus. Lutando para que, como promessistas que somos, contribuamos à Igreja de Cristo na tarefa que nos foi confiada.
Andrei Sampaio Soares congrega na IAP em Vila Medeiros (SP) e é colaborador do Departamento de Educação Cristã da IAP
1 O primeiro nome da Igreja Adventista da Promessa foi: “Universal Assembleia dos Adventistas da Promessa”.
2 SILVEIRA, Augusto da. NOSSO NOME DENOMINACIONAL. Disponível in: http://portaliap.com.br/2012/05/iap-80-anos-2/> Acessado: 26/03/2015.
A FATAP lançou oficialmente na última segunda-feira sua nova estratégia de comunicação para o mercado em que atua, numa reunião com os principais líderes de departamentos da Igreja Adventista da Promessa. As ações, desenvolvidas com a assessoria da Pozati Comunicação visam reposicionar a faculdade para seu público alvo e alavancar novas matrículas.
Entre as ações desenvolvidas na primeira fase estão: Criação da Nova Logomarca para instituição e produtos, novo portal na internet com sistema de ensino online integrado, campanha para sua 9ª Semana Acadêmica e lançamento do novo livro “Kerigma”.