Uma luz que não pode ficar escondida

O justo não pode brilhar somente em torno de si, mas deve iluminar o caminho de quem está em trevas

“A luz dos justos resplandece esplendidamente…” – PV. 13.9 (NVI)

O cristão é aquele que recebeu, em sua vida, Cristo como seu Senhor e Salvador. Ele é chamado pelo sábio de justo exatamente porque foi justificado por Deus, em Jesus. A Palavra inspirada declara: “tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus…” (Rm. 5.1). Que maravilha! A pessoa que recebeu a graça da salvação deixou a escuridão da vida sem Cristo e passou a resplandecer, na vida santificada pelo Espírito, para viver no propósito divino da graça que traz a paz perene no coração – paz que transforma e produz alegria que vem do Senhor. E o propósito de Deus para seus filhos promove o sentimento de gratidão pela nova vida em Cristo. Aquele que, outrora, vivia conforme o curso deste mundo, nas trevas do pecado, hoje, pela transformação e regeneração divina, sua luz antes apagada, agora brilha esplendidamente para a glória de Deus.
O justo não pode brilhar somente em torno de si, quando é chamado para a luz divina do evangelho. Ainda é o sábio que pondera: “a vereda do justo é como a luz da aurora que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia” (Pv. 4.18). A vida cristã não pode ser estagnada, porém, está sempre em movimento. A luz do dia não fica só no brilho do amanhecer. O sol nasce trazendo mais luz e vida. Assim, vai aumentando a claridade do dia até o seu efeito máximo, que chamamos de meio-dia.
O apóstolo Pedro já aconselhava os cristãos: “antes, crescei na graça e no conhecimento…” (II Pd. 3.18). O verbo crescer dá a ideia de movimento. O crente em Jesus cresce cada dia, no conhecimento da Palavra e na santificação do Espírito. É assim que a sua luz brilha, para levar a luz da salvação a outras vidas, trazendo-as das trevas para a maravilhosa luz. Jesus declarou bem no início de seu sermão no monte: “vocês são a luz do mundo” (Mt. 5.14).
Essa luz, que sou e você, não pode ficar escondida, nem apagada, pois Jesus continuou determinando: “assim brilhe a luz de vocês diante dos homens” (v.16). O cristão é uma testemunha de Cristo diante do mundo que está em trevas. O texto continua dizendo: “…para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês que está nos céus”. Observe as palavras: “boas obras”. Paulo faz menção a boas obras, como um atributo divino na vida de quem foi salvo pela graça (Ef. 2.10). Uma prática divina preparada por Deus para dar sentido à vida em Cristo. A luz de quem pratica boas obras brilha para iluminar o caminho de quem está em trevas. Como está, amado leitor e irmão em Cristo, a sua luz?
Assim como a luz do sol é que ilumina o dia, a luz que brilha no crente não é dele, mas procede da fonte divina. João, o discípulo amado, é que ensina sobre isso: “falando novamente ao povo, Jesus disse: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8.12). Eis aí a verdadeira fonte da luz, Jesus, o Deus conosco. Quem nele está não vive mais em trevas, pois tornou-se nova criatura em Cristo.
Através de Isaías, Deus conclama: “levante-se e resplandeça, porque chegou a sua luz e a glória do Senhor raia sobre você” (Is. 6.1). O cristão deve sair, portanto, da sua zona de conforto e ir aos campos da seara trazer vidas para Cristo através da pregação do evangelho. Amado leitor, seja uma luz em movimento para resplandecer, levando luz onde há trevas, levando vida onde há morte. Seja um cristão no propósito de Deus.

Agora, está tudo bem

Ao final do túnel de pecados, existe uma luz que brilha, nos dando esperança

“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”. (Provérbios 28.13)
Em certos momentos pensamos ser melhores do que as pessoas ao nosso lado, certo? Reflita mais uma vez. Na carta de Tiago, encontramos uma grande verdade que nos esclarece esse questionamento: “Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente” (Tiago 2.10). É, pensando bem, a nossa situação não está nada favorável.
Certa vez Jesus disse: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar a pedra nela” (João 8.7). Relaxe, respire fundo e solte a pedra que está em sua mão: nenhum de nós pode atirar a primeira, segunda ou terceira. Ou seja, nenhuma, na verdade. Atente bem ao que 1 João 1:10 diz sobre as nossas soberbas declarações de “santidade”: “Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. A coisa está ficando cada vez pior!
Mas no fim desse túnel de pecados, existe sim uma luz que brilha nos dando esperança: “O Senhor nosso Deus é misericordioso e perdoador, apesar de termos sido rebeldes” (Daniel 9:9). Aí está o nosso consolo, a nossa paz: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).
Observe com cuidado aquele carpinteiro da Galiléia. Ele foi à cruz injustamente. Morreu. Ao terceiro dia ressuscitou! A coisa, para nós, estava mal. Mas agora, está tudo bem.
Que a nossa oração possa ser de gratidão ao Senhor pelo perdão dos nossos muitos pecados. Jamais teremos como agradecer o que Jesus fez por nós naquela cruz. Apenas devemos louvar o nome santo do Cordeiro, sempre, sempre gratos pelo sacrifício que nos trouxe vida eterna.
Que aquele que tirou o nosso pecado possa lhe trazer paz e esperança todos os dias da sua vida!

Ms. Diego da Silva Barros congrega na IAP em Piedade (RJ) e é vice-diretor do Departamento Regional de Evangelismo – Convenção Rio de Janeiro.