Como pensar em relacionamento quando enfrentamos a dor, quando a realidade é de medo?
Existe algo factual: por mais que haja um despertar de empatia (palavra da moda) quando sabemos de uma tragédia, isso dificilmente vira estilo de vida, principalmente para aqueles que mais a incentivam.
Outro ponto factual é que diante das tempestades o “salve-se quem puder” tem mais peso do que “eu pego o próximo bote salva-vidas, pode ir no meu lugar”. No entanto, é pra vivermos além dos fatos, apesar dos fatos, que chamados de filhos de DEUS.
Deus deseja que em nós seja realidade a entrega do FILHO, as palavras intensas do ESPÍRITO SANTO!
Isso encontramos na vida de Paulo, um exemplo para nós. Paulo, em sua viagem para Roma como prisioneiro, sofre um grande naufrágio descrito em detalhes em Atos 27, até o versículo 20.
Eles chegam a se desesperar da vida. Existe na cena uma situação terminal que desnorteou todo o futuro e causou um efeito anestésico, ao mesmo tempo em que causou uma necessidade de um plano claro de recomeço – um grande recomeço, um grande reinício que trouxesse sentido a toda a embarcação.
Quem sugere o plano é Paulo por meio de sua relação com Deus, que lhe deu clareza para sugerir e viver o que viria pela frente.
Na embarcação, o medo era grande, mesmo depois das palavras de Paulo lidos no versículos 23 a 26. É a partir daqui que Paulo foca no restabelecimento de relacionamentos.
E, não cabe tudo isso em um texto curto como este, mas aprendemos a partir dali que precisamos investir em relacionamentos porque estamos todos no mesmo barco (v. 27-28);
Investir em relacionamentos porque se não o medo nos afasta (v. 29) – o medo do que poderia acontecer, afastou as pessoas do navio e por um instante, os que se atemorizaram esqueceram do propósito de DEUS;
Investir em relacionamentos porque estamos em um projeto de salvação (vs 31-32) – Paulo estava em um projeto de salvação para todos, não para alguns, por isso importava que todos ficassem no barco e se relacionassem, superassem as diferenças e vencessem juntos aquela crise.
A realidade do barco é a nossa hoje.
Pessoas diferentes, com expectativas diferentes, funções e habilidades diferentes e, no caso dessa embarcação, com fé diferente. Paulo não quer salvar só a sua vida e desprezar alguns – eles estavam juntos e Paulo se preocupa com a vida de todos (porque Deus se preocupa com a vida de todos).
Investir em relacionamentos é tanto ser solidário aos outros como ser instrumento de salvação em Jesus para outros, mesmo os amedrontados, os que querem fugir e os que não creem.
Enquanto há vida, enquanto estamos no barco, estamos em um projeto de salvação. Então vamos nessa juntos!
Pr. Airton Natanael – Colaborador do MJ Geral
Post lançado dia 03/02/2021