Assim, não ensine a criança mentir para a professora para justificar a ausência na aula e não minta para o governo a fim de não pagar imposto
Não mintais uns aos outros, uma vez que já vos despistes do velho homem com os seus feitos (Cl 3:9).
No primeiro texto sobre a mentira, alertamos sobre um dos graves prejuízos provenientes da prática mentirosa: a perda da credibilidade. Sem confiança, relacionamentos se esfacelam como um castelo de areia atingido pela água. No presente texto, veremos que a mentira pode prejudicar, além da credibilidade, a espiritualidade de uma pessoa. Sem atitudes verdadeiras, um ser humano jamais cultivará um relacionamento verdadeiro com o próximo, muito menos, com Deus.
Aos pés do Senhor, somos fortes. Esse Deus, todavia, não atua em engano, pois é verdadeiro e não pode mentir (Tt 1:2). Se somos salvos em Cristo, pertencemos à família de Deus, a igreja, que foi incumbida de lutar pela manutenção e defesa da verdade. Em confirmação a essa ideia, o apóstolo Paulo orientou ao jovem Timóteo da seguinte maneira: …fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade (1 Tm 3:15).
Uma pessoa, família ou comunidade cujas palavras e ações se baseiam em mentiras, não pode viver no centro da vontade de Deus e nem representá-lo. Na verdade, todos aqueles que se afastam da verdade, tem por pai não o Deus da verdade, mas o deus deste século, o diabo. Aos mentirosos, Jesus acusou no evangelho de João 8:44: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o principio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”
Você se lembra da história do conhecido casal Ananias e Safira? Pois bem, eles faziam parte da família de Deus no primeiro século da era cristã. Um dia, porém, resolveram se apegar à mentira. Eles intentaram enganar ao Senhor e a igreja, mentindo sobre o valor da propriedade que haviam vendido. O resultado? Ambos foram punidos com a morte (At 5:1-11). Mentir não vale a pena.
Você, querido leitor, que perseverou na leitura desse texto, faça valer a pena o tempo que você empregou nele. Como? Sendo verdadeiro diante de Deus. Não desonre ao Senhor com palavras e atitudes falsas. Não se deixe moldar pelo engano. Preserve em seu estilo de vida a verdade, a honestidade, a seriedade e a honra. Seja bom exemplo para os outros. Recordo-me de uma professora que fazia questão de lembrar: “Espelhem-se nos melhores”. Tomando carona nesse conselho, sugiro que nos inspiremos naqueles que preservaram a reputação de um caráter moldado pela verdade e, ao mesmo tempo, sejamos dignos de inspirar os outros de forma positiva.
Se você almeja que a sua família preserve a espiritualidade em Deus, não ensine a criança mentir para a professora para justificar a ausência na aula; não minta para o governo a fim de não pagar imposto; não minta para o pastor para reter o dízimo que pertence ao Senhor; não minta para o cobrador a fim de não pagar o que deve. Custe o que custar, fale a verdade, viva a verdade, estimule a verdade e defenda a verdade.