"Vivo Está"

Cantata na IAP em Santana, em 24/09.

O amor de Jesus, revelado através de sua morte e ressurreição. Este é o tema da Cantata Vivo Está, que será apresentada na IAP em Santana (SP), no próximo dia 24/09/11, a partir das 18 horas.
Estarão louvando ao Senhor os Corais Vozes Celestiais, da IAP São Miguel Paulista, e Sinfonia Celeste, da IAP Cumbica. Participe e traga seus amigos para conhecerem o amor de Jesus.
“Eu sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo sempre. Tenho autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos”. (Ap 1:18)
 

Oremos pelos irmãos na Índia

Grupo de estudo para cerca de 80 pessoas.

 No norte da Índia, a família do pastor J. (cujo nome não pode ser revelado) segue firme no propósito que visa plantar a IAP em solo indiano. A pedido de uma irmã (líder de um grupo evangelístico), nossos missionários estão se deslocando mensalmente para uma cidade distante cerca de 400 quilômetros, para ministrar estudos bíblicos para um grupo de 60 pessoas, aproximadamente. Além disso, o casal realiza reuniões de estudo em oração com hindus e muçulmanos, às sextas-feiras. A Junta de Missões tem enviado lições para o irmão J., na cidade de Orisa, que  nos informa que está estudando com muita satisfação.
O obreiro A. também está colhendo frutos no trabalho em Kerala, no sul da Índia. Nos sábados à tarde, realiza cultos com cerca de 18 pessoas e, durante a semana, realiza estudos nos lares dessas pessoas. A esposa do obreiro faz estudos bíblicos apenas com mulheres na sexta-feira à noite, sendo a maioria católica e algumas hindus. No próximo mês, o Pr. J.  visitará a família do obreiro A. e o trabalho em Kerala, onde verificará a possibilidade do primeiro batismo.
Continuemos orando pelo desenvolvimento da IAP naquele país

Portas fechadas para o evangelho

A cada mês, cerca de 200 igrejas viram prédios na Europa 
“Quatorze apartamentos de luxo em uma igreja restaurada” é o que dizia a enorme faixa pendurada em frente a uma igreja histórica fechada na Europa, segundo o Portal G1, em 05/09/11. Nada de novo. Nos últimos dez anos, 200 templos, em média, por mês, fecharam as portas em toda a Europa.  Os países que abrigaram igrejas cristãs por séculos possuem hoje uma ínfima porcentagem de fiéis. O berço da reforma protestante carece hoje de um grande reavivamento. Os dantes protestantes já não protestam mais. Aculturaram-se, tornaram-se céticos; foram tragados pela cultura emergente; pelo pluralismo, pelo relativismo moral e pelo processo histórico de secularização que varreu toda a Europa.
As igrejas ainda estão lá, mas, na grande maioria, sem nenhuma relevância para a sociedade moderna. Já não são o que a princípio deveriam ser. São igrejas na essência, mas também prédios que se tornam alvos da cobiça imobiliária. Igrejas de 200 anos – e até mais antigas – estão fechando as portas na Europa. Os edifícios, cheios de tradição, estão sendo ocupados por livrarias, estúdios de música e até boates, ainda segundo o Portal G1. Em uma sociedade pós-moderna e, consequentemente, secularizada esta é a única “função” que uma igreja poderia exercer.
Penso que esta não seja uma exclusividade das igrejas centenárias da Europa. As igrejas do Brasil também andam perdendo a “função” que outrora já desempenharam e, o mais incrível, sem fecharem as portas. Por aqui, as igrejas também oferecem entretenimento e luxo assim como as igrejas da Europa, que se transformaram em boates e hotéis luxuosos. A secularização é um processo complexo e se desenvolve de diversas maneiras dentro de uma cultura ou sociedade, absorvendo as peculiaridades de cada contexto.
Nós, os evangélicos brasileiros, somos tão criativos que desenvolvemos uma nova maneira de secularização: uma que não precise fechar as igrejas. Os padrões de nossa sociedade consumista e materialista são reproduzidos em nossos cultos e congregações claramente. No Brasil, a secularização se desenvolve nas igrejas com as portas abertas. Por aqui as igrejas não fecham, pelo contrário, crescem. No entanto, tão rápido quanto o crescimento das igrejas evangélicas do Brasil, é o espantoso crescimento dos “sem-religião”. Aliás, as igrejas evangélicas deste país, com seus escândalos financeiros, apelos materiais e falsas promessas, são os grandes agentes desse crescente número de frustrados e decepcionados com a religião. De maneira que nos perguntamos: o crescimento evangélico é, de fato, benéfico em nosso país?
Mara Maravilha, cantora gospel e proprietária de uma loja de artigos evangélicos na rua Conde de Sarzedas, em São Paulo, disse em uma reportagem exibida pela BBC Brasil: “Graças a Deus que se abrem muitas igrejas. É melhor do que abrir botequim”. Desculpe-me o ceticismo, mas será mesmo?  Será benéfica uma mensagem distorcida do evangelho que produz resistência nas pessoas contra o verdadeiro evangelho de Jesus?
Devemos repensar. É possível que já tenhamos mais de 20 milhões de pessoas no Brasil que se declaram sem-religião. Em um país aparentemente religioso, cresce a indiferença e até mesmo a antipatia pelas expressões religiosas. Temos diante de nós, como igreja, um grande desafio: alcançar pessoas indiferentes e ariscas ao cristianismo institucional. Temos a incumbência de proclamar Jesus a pessoas cada vez mais céticas e frustradas com a religião.
Diante dos desafios que despontam no horizonte dessa geração urge a necessidade de uma igreja relevante, capaz de romper as barreiras intransponíveis e proclamar com verdade e simplicidade o evangelho de Jesus Cristo. O mundo precisa de uma igreja que consiga dialogar com a cultura, comunicando o evangelho de maneira clara e compreensível às pessoas dessa geração. Não fomos chamados para pregar à geração passada, somos chamados para proclamar o evangelho a essa geração. Decifrar os códigos de nossa época, traduzir o evangelho de Jesus numa linguagem acessível e compreensível às pessoas dessa geração é missão da igreja.  Estamos no limiar de uma nova história. Nasce uma nova geração, surgem novos desafios, agigantam-se novas barreiras que impedem o crescimento do Reino nos corações humanos. Somente uma igreja relevante e missionária poderá vencer estes desafios e alargar as fronteiras do Reino de Deus no solo desta terra. Que Deus nos ajude.
 
Kassio F. P. Lopes é  missionário da IAP em Corumbá (MS).