Doenças raras

Um emocionante relato de uma família que foi inserida neste universo

Lilian Lima
A partir de Adão e Eva todos nós, seres humanos, surgimos ou passamos a existir da mesma forma. A despeito de quem ou como você seja hoje, tudo começou com uma primeira célula. Ela foi o resultado de uma combinação de informações encaminhadas, inconsciente e involuntariamente, pelos seus pais no momento da sua concepção.
Eu me lembro de ter aprendido na escola que a célula é a menor unidade do corpo humano. Ela só pode ser vista com auxílio de um microscópio. Mas, ainda que seja invisível aos olhos, seu núcleo encapsula uma inteligência grandiosa. Esse núcleo abriga e protege o DNA que, para caber ali, é firmemente torcido por proteínas especiais, ficando parecido com um espiral. Caso fosse esticado de ponta a ponta em linha alcançaria 1,83m. O DNA é “empacotado” em 23 pares de cromossomos que, por sua vez são compostos por milhares de genes.
Dr. Pablo Nicola, geneticista, me explicou ludicamente que esses cromossomos são como uma biblioteca, cada par como um livro e os genes como o conteúdo desse livro. Seria um equívoco afirmar que temos um manual de instrução em cada uma das nossas células? São essas instruções que determinam o ser único que você é, são esses genes que controlam como você se parece, se comporta e se reproduz.
Um gene determina altura, outro a cor do cabelo, outro a densidade óssea, outro a presença do globo ocular e assim por diante. Considerando tudo isso, o que acontece quando uma porção dessas informações ou genes se perdem?
Quem está preparado para lidar com o diagnóstico de uma doença ou síndrome rara?
Eu não estava, não conheci ninguém que estivesse e suspeito que os 13 milhões de brasileiros e seus familiares que receberam um diagnóstico similar também não estavam.
O nascimento do nosso caçula, Heitor, nos inseriu no universo dos raros. Ele possui uma deleção genética no 5º par do cromossomo (síndrome Cri-Du-Chat).
Quando recebemos a notícia ficamos amedrontados, inicialmente caminhando às cegas, sem maiores informações ou conhecidos em situação semelhante. Para agravar o cenário, o Google estava sempre pronto em listar respostas e imagens impactantes. Contudo, um dia após o outro o susto passou, o coração confortou, o lamento calou.

Universo de brava gente

Sim, muitas de nós, mães de crianças atípicas, atravessamos uma espécie de luto pela “perda” do filho idealizado. Então (lá vem clichê:) arregacei as mangas e saí à luta, descobri que esse universo é repleto de brava gente. Familiares e portadores que lutam pela vida, pela evolução de sua condição, pelo exercício de seus direitos, pela criação de políticas públicas, pela inclusão social; que estudam e fazem pesquisas científicas em temas que são raros inclusive nas literaturas e universidades médicas; que criam redes de apoio e solidariedade. Enfim, tem gente transformando os “nós” da vida em entrelaços de fita (procure por #rarosEntreNos nas mídias sociais).
Descobri, também, que além do apoio encontrado nesse universo, tenho uma família amorosa e uma rede de amigos que fazem toda a diferença na caminhada. São gestos de amor e cuidado que nos amparam e fortalecem; são ouvidos sensíveis que nos escutam, aconselham e desfazem temores, são companhia para um café e boas risadas, são, muitas vezes, a Graça de Deus anunciada.

E você? Como tem contribuído para essa causa?

A Organização Europeia de Doenças Raras (Eurodis) instituiu em 2008 o dia 28 de fevereiro (em anos bissextos, dia 29) como o dia Mundial de Doenças Raras. Desde então milhões de pessoas se unem nessa data ou ao longo do mês de fevereiro para conscientizar e sensibilizar sobre as doenças raras. Apesar de cada doença rara afetar um número relativamente pequeno de pessoas, no conjunto elas acometem um grande número, pois no mundo existem de 5 a 8 mil doenças deste tipo conhecidas. Dessas, 80% se dão por uma intercorrência ou deleção genética. Dados esses números, acredita-se que existam 13 milhões de portadores no Brasil, ou cerca de 6% da população.
Não passe ao largo dessa causa, não faça que não viu, não se omita.
Não sabe o que e como fazer? Pergunte, esteja sensível, seja solidário, manifeste empatia.
Aprendi com um pastor que para nós, humanos, passar por tribulações e dificuldades é inevitável, mas, como cristãos, permitir que nosso irmão passe sozinho é inadmissível.
Somos filhos do Pai das Misericórdias, O Deus de toda Consolação. Em Adão, Ele, O Pai, soprou nas narinas da humanidade seu DNA divino e sacrificial. Esse DNA percorreu gerações e alcançou você. Está bem aí, na sua essência, presente em tudo o que você é. Resgate essa herança. Resplandeça a sua Graça!
 
Lilian Lima, engenheira de sistemas, casada com Erlon, mãe do Davi e Heitor e serva de Jesus Cristo. E-mail: lilianmidiassociais@gmail.com

Equilíbrio na intolerância?

Cristo nos ensina a amar os nossos semelhantes como a nós mesmos, diante do caos do pecado nesta sociedade
 “Não sabeis vós de que espécie de espírito sois?” ( Lc 9.55)
Uma vontade de exercer o ímpeto de força bruta sobre as pessoas do povoado samaritano, cujo moradores rejeitaram hospedar Jesus e seus seguidores, foi o estopim dessa narrativa. Havia ali um conflito racial, ético, político e religioso instalado entre eles. De um lado, o julgamento era de pureza exacerbada, do outro entendiam que o povo adversário era impuro.
A solução de Tiago e João era a politica do tolerância zero, a aniquilação, a morte dos que estavam “errados”. Mas ali estava o Filho de Deus, o Eterno legislador, que no uso dos seus incontáveis atributos, interveio com a Sua misericórdia e os chamou à razão, lembrando-lhes seu objetivo maior: a salvação de vidas pelo amor.
Podemos nos tornar radicais intolerantes, sem misericórdia, ou santarrões nos achando acima da média. O que vamos ser?
O equilíbrio, a racionalidade de seguir adiante em meio à crise a caminho de Jerusalém foi a decisão daquele que podia exercer legalmente a força bruta. Ele teve misericórdia daquelas vidas que ainda não sabiam da Sua relevância e sequer discerniam sua missão.
O seguir para outra aldeia era uma medida óbvia, porém era necessária antes uma mudança de espírito em seus discípulos.
O que nos diferencia, além de dizer que estamos perto de Jesus, que seguimos a Ele, é o procedimento de valorização do ser humano, não segregando, mas disponibilizando oportunidades para que eles cresçam na graça e no conhecimento do Filho de Deus.
O seu proceder revela quem você é, desnuda seu caráter. Suas opiniões em redes sociais influenciam pessoas. Queira Deus que você esteja no equilíbrio cristocêntrico ensinado pela Bíblia.
Cristo nos ensina a valorizar a vida e amar os nossos semelhantes como a nós mesmos, diante do caos que o pecado tem instalado nesta sociedade corrompida e perversa. No caminho para Jerusalém, temos que manter o equilíbrio.
“Porquanto, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vós não recebestes um espírito que vos escravize para andardes, uma vez mais, atemorizados, mas recebestes o Espírito que os adota como filhos, por intermédio do qual podemos clamar: “Abba, Pai!” O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então, também somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se realmente participamos dos seus sofrimentos para que, da mesma maneira, participemos da sua glória” (Rm 8.14-17).
Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo, SP).
 

O que esperar de 2019?

Nas nossas desesperanças, o Evangelho nos convida a olhar para o alto
O que esperar de 2019 se você entra no novo ano sem emprego? Talvez por isso, teve que trancar a faculdade, cancelar o plano de saúde,  cortar passeios e outros entretenimentos. Parou de comprar livros, mudou de casa e até de cidade.
O que esperar de 2019, se você sabe que na virada de ano, não acontece nenhuma mágica e muito menos nada de efetivo se altera? É apenas uma mudança de dia e hora. Um momento clichê e tradicional de sempre.
Porém,  nas nossas desesperanças, o evangelho nos convida a olhar para cima, para o alto. Davi  ensina a olhar além dos montes (Sl 121.1), como quem diz pra olhar além dos fogos. Ele percebe que Deus controla tudo.
Abrão passou várias entradas de ano sem um filho, porém, creu contra a esperança, e da promessa da Palavra de Deus lhe nasceu um filho em plena velhice.
Eles superaram seus fracassos, acima de tudo, porque estavam ancorados no amor eterno do Senhor. Nele, nosso futuro é guiado pelo Criador do tempo,  independente de crises, necessidades, presente ou porvir  (Rm 8.31-39).
Além da fé, é necessário muito trabalho pela frente.  Os currículos distribuídos, os cursos preparatórios, a busca nas várias áreas, até que uma porta seja aberta e não sirva de acomodação, mas de continuidade.
A melhor esperança que podemos ter para 2019 é a dada por Isaías, que entrou ano e saiu ano, e não viu o que profetizara se concretizar, pois morreu nessa espera. Ele revela em seu livro profético que, não somente idosos se cansam, mas jovens também. Porém, apresenta um antídoto contra os desafios da vida. Ele diz: os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam (Is 40.31). Esperar, confiando no Senhor e lutando por dias melhores, mas acima de tudo, esperar sempre no dono de 2019.

Ms. Andrei Sampaio Soares congrega na IAP em Bengui, Belém (PA).

O que 2019 pode esperar de mim e de você?

Que a gente aprenda a levantar da cadeira, a buscar mais de Deus
É aquele clichê. Chega esta época e está todo mundo falando sobre o fim do ano, sobre o novo ano, as novas promessas, as novas metas. É até clichê dizer que estão falando sobre isso. No fim, como fugir do óbvio? No fim, o que esperar do ano de 2019?
Perguntei para algumas pessoas o que elas esperam de 2019 e algumas respostas foram:  Emprego, Dinheiro, Tempo, Arriscar Mais, Me Encontrar… Dentre outras tantas respostas! Mas, o que esperar de 2019 então?
Sinceramente? Acredito que você não tem que esperar que o ano vá te dar alguma coisa; não adianta usar as cores certas na virada, não adianta pular sete ondinhas, não adianta nada! O que importa é: onde está seu coração, sua mente, onde repousa sua vida, onde estão guardados seus sonhos?
Não adianta ficar esperando! Ah, mas não temos que saber esperar em Deus? Esperar o tempo de Deus? Claro, mas quero dizer que não adianta nada você ficar parado esperando tudo se resolver por si só, a espera em Deus não é um período de ociosidade e passividade mediante sua vida. A espera em Deus requer sim ação, requer decisões, escolhas, comportamentos ativos!
2019 vai ser mais um ano, com todos os 12 meses, e, caso Jesus não volte, vai ser igual a todos os outros anos, o sol vai nascer e vai se por, as estrelas vão brilhar, vai ter sol, chuva, neve, vento, folhas caindo, gente nascendo, gente morrendo, vai ter tragédia, vai ter tristeza, vai ter caos, pecado, choro, queda! Mas sabe o que também vai ter? A imensa bondade de Deus, sua misericórdia que se renova todas as manhãs sem falta, sua graça incrível e abundante que transborda mundo a fora! Vai ter milagre, terá o carinho e o abraço de Jesus na sua vida! Até aqui, apesar de tudo, Ele nos sustentou, Ele não nos abandonou!
Não sei o que você quer pra 2019! Não conheço seus sonhos e objetivos, mas que em 2019 a gente aprenda a levantar da cadeira, a correr atrás, a buscar mais de Deus, a desenvolver relacionamento, a ser uma versão melhor de nós mesmos! E, quer saber, ao invés de esperar algo de 2019, o que será que 2019 pode esperar de mim e de você? A resposta dessa pergunta é o que realmente vai fazer alguma diferença no ano que vai chegar!
 
Mariana Mendes, escritora e produtora de conteúdo para o YouTube, congrega na IAP em Pq Itália. (Campinas, SP).

A Bíblia é o livro do Cordeiro

Do Gênesis ao Apocalipse, transpira a obra gloriosa de Cristo
  “Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória. ” – 1 Tm 3.16
 
Neste dia da Bíblia – 2º domingo de dezembro – devemos lembrar que Jesus é o personagem central. Porém, não somente da Bíblia e sim de todo o Universo: “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” – Jo 11.36. Quando falamos de Jesus, falamos do Jesus Bíblico e não do “histórico” que muitos querem construir. O Bíblico para nós é suficiente, pois traz consigo todo o A.T, suas profecias e seus sinais inequívocos. A Bíblia é o Livro do Cordeiro, do Gênesis ao Apocalipse transpira a obra gloriosa de Cristo que foi consumada na cruz. Ele é Soberano em tudo, a fonte e a finalidade de toda a existência. Ele é inesgotável e sobrepõe tudo e em todas as dimensões. Mas apesar disso, sabendo que é impossível abraçar o Infinito, podemos lembrar de alguns nomes que a Bíblia descreve, porque anunciam prismas de Sua infinitude.
Jesus Cristo é o Alfa e Ômega, Autor da vida, Bom Pastor, Caminho, Verdade e Vida, Cordeiro de Deus, Desejado das Nações, Deus forte, Emanuel, Estrela da Manhã, Eu Sou, Filho do Homem, Homem de Dores, Leão de Judá, Luz do Mundo, Maravilhoso Conselheiro, Messias, Mestre, Nazareno, Pai da Eternidade, Pão da Vida, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Rei dos Reis, Ressurreição e Vida, Renovo, Salvador, Santo e Justo, Senhor dos Senhores, Ungido, Verbo, Videira Verdadeira…
Mas não esqueçamos, Ele é muito mais. Os pregadores do primeiro século da Era Cristã, foram considerados como aqueles que “transtornaram o mundo” ou se preferir “viraram o mundo de cabeça para baixo. ” Porque é impossível encontrar Jesus e ficar como está.  Jesus continua o mesmo, impactando, transformando, transtornando, mas acima de tudo, amando e salvando
Para a Sua glória.
 
Elias Alves Ferreira congrega na IAP em Boqueirão (Curitiba – PR) e integra a equipe do Ministério de Vida Pastoral (MVP).

Nosso desafio nesta geração

Cumprir a vocação confiada por Jesus é a prioridade do professor “segundo o coração de Deus”
“Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez.” Salmos 78: 4.
 
Quem se lembra de um professor que marcou a sua trajetória de vida? Você, que lê essas linhas, pode mencionar o nome de algum professor que foi muito importante para a sua vida? Seja por causa do seu “jeitão diferente”, seja por causa da forma que ensinou, seja por causa dos relacionamentos que foram construídos na sala de aula, o fato é que cada um de nós guarda do lado esquerdo do peito as lembranças de um professor muito especial e querido. Neste caso, estamos falando sobre os professores que trabalham nas escolas, cursos, faculdades e universidades espalhadas em nosso país. Mas, temos também professores que, ao longo da semana, estão engajados em cumprir uma missão muito especial que foi confiada por Deus: a de contar a esta geração os poderosos feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que ele fez. Estes são os professores que evangelizam, ensinam e discipulam para a glória de Deus. Tais homens e mulheres também deixam o seu legado e a sua marca nesta geração.
Seja ao ministrar numa escola bíblica, num pequeno grupo ou num grupo de estudo bíblico, estes professores foram chamados por Deus e capacitados pelo Espírito Santo para proclamarem as verdades registradas na sua Palavra. Demonstrar, viver e apresentar para as outras pessoas as maravilhas do Senhor é o alvo principal do professor comprometido com o ensino do evangelho de Cristo. Relacionar-se com os seus alunos e amá-los representam a prática do seu ensino, que está profundamente comprometido com a ação de formar novos discípulos de Jesus nesta geração. Cumprir a vocação confiada por Jesus é a prioridade do professor “segundo o coração de Deus”, independente de suas falhas, dificuldades ou fraquezas particulares.
Sabemos que é a graça de Deus derramada sobre nossas vidas que nos dá condições de exercermos o ministério do ensino com excelência. Ensinamos não porque somos mais inteligentes, dedicados, ou temos a melhor “didática” para assim fazê-lo. Na verdade, ensinamos porque foi isso que Deus nos chamou para fazer, mesmo que enfrentemos o “dia mau” ou que passemos pelo “vale da sombra e da morte”. É o Deus “quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Fp 2: 13) que nos capacita a ensinar a sua maravilhosa Palavra, para que outras crianças, jovens, adultos e idosos sejam alcançados pela mensagem do evangelho da graça de Deus.
Como professores que ensinam a Palavra de Deus, somos o instrumento do Senhor para fazermos diferença nesta geração, exatamente neste momento em que vivemos. Por isso, devemos nos aproximar de Deus cada vez mais e aprofundarmos o nosso relacionamento com ele, para sermos ainda mais transformados pelo Espírito Santo. Somos os embaixadores, os mensageiros do Senhor nesta geração: aqueles que ensinam a mensagem do Deus maravilhoso e gracioso que deseja tirar as pessoas das trevas do pecado e da morte e trazê-las para a salvação que está em Cristo Jesus.
No dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor. Sendo assim, eu gostaria de fazer um pedido a você que exerce o ministério do ensino ou que é educador por profissão. Agradeça a Deus pelo chamado dele em sua vida e comprometa-se a ensinar considerando as verdades imutáveis, maravilhosas e cheias de graça das Escrituras Sagradas aos seus alunos. Da mesma forma, a minha oração é que: assim como você teve professores que fizeram a diferença em sua vida, que você marque, através de Cristo, a vida de seus alunos. E que através de nossas vidas, não somente esta, mas também a próxima geração conheça “os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez”!
 
 
Das. Cláudia Duarte é professora por vocação, por paixão e de profissão. Congrega na IAP em Votuporanga (SP), é vice-diretora do Ministério Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista e atua no Ministério de Vida Pastoral da Convenção
 

Um lamento sobre o Museu Nacional

É importante, sim, olhar para o passado; a própria Bíblia nos ensina

No dia 2 de setembro, uma notícia deixou uma grande parte dos brasileiros estarrecidos: o incêndio no Museu Nacional, na cidade do Rio de janeiro e que destruiu a maior parte de seu rico acervo e de suas dependências. Este acontecimento certamente causou comoção entre a população em geral, entre estudiosos, pesquisadores e todos aqueles que reconhecem a importância de um local desse para a história e cultura de nosso país.
Como historiadora, carioca e uma frequentadora apaixonada do lugar, confesso que fiquei muito triste em ver a imagem de um dos maiores patrimônios artísticos, históricos, culturais e científicos do mundo ser devorado pelas chamas. Solidarizo-me também com os professores, pesquisadores, cientistas e toda a equipe que trabalhou e trabalhava nas dependências do Museu Nacional, mesmo enfrentando os dilemas e desafios de funções acadêmicas que não são muito valorizadas no Brasil.
O que aconteceu com o Museu Nacional me fez refletir sobre o valor do passado para nós. Nas páginas da Bíblia Sagrada, existe uma orientação muito interessante: “Lembrem-se dos dias do passado; considerem as gerações há muito passadas. Perguntem aos seus pais, e estes lhes contarão, aos seus líderes, e eles lhes explicarão.” (Deuteronômio 32: 7).
Moisés estava incentivando o povo a olhar para o passado, considerando o agir, a graça e a misericórdia de Deus. Os israelitas estavam prestes a entrar na Terra Prometida, o que poderia fazer com que se esquecessem do passado. Todavia, eles foram avisados que deveriam lembrar-se constantemente do que Deus havia feito por eles: de escravos, o Senhor fez deles um povo livre e prestes a morar numa terra que produzia leite e mel. Com certeza, eles tiveram experiências dolorosas no passado, mas até mesmo tais situações deveriam ser lembradas com o objetivo de aproximá-los de Deus. Seja em meio às vitórias, seja em meio às derrotas, os israelitas foram motivados a olhar para o passado tendo em vista o cuidado do seu Deus Soberano, Senhor e Libertador.
Se formos pensar no nosso próprio passado, cada um de nós vai observá-lo de forma única. Para alguns, o passado foi uma experiência tão ruim que preferimos esquecê-lo. Já para outros, o passado foi a melhor fase da vida, deixando alguns de nós presos numa redoma de nostalgia e saudosismo. Através da Bíblia Sagrada, aprendemos que o passado deve ser encarado não como algo que nos aprisione ou que nos sufoque, mas sim como uma motivação para nos aproximarmos cada vez mais de Cristo, nosso Deus, Senhor e Salvador. Se vivemos maravilhosas experiências no passado, precisamos agradecer a Cristo por seu cuidado, seu favor e sua graça sempre derramados sobre nós. Além disso, devemos estreitar cada vez mais nosso relacionamento com ele, que é o Senhor do nosso passado, presente e futuro. Todavia, se tivemos experiências terríveis e dolorosas no nosso passado, ou se vivemos afastados de Cristo, tenhamos em mente que Jesus é aquele que nos cura, nos restaura, nos liberta e nos salva. É nele, e somente nele, que podemos viver plenamente.
Por fim, lembrarmo-nos do nosso passado é importante sim, pois dessa forma reconhecemos que fomos libertos da escravidão do pecado para vivermos o presente e o futuro num relacionamento profundo com Cristo. Da mesma forma, é fundamental refletirmos que o propósito de Deus para todos nós é que nosso presente (e nosso futuro consequentemente) sejam dedicados a Jesus Cristo, o Deus que veio em forma de homem e que morreu numa cruz em nosso lugar, para que nossos pecados fossem perdoados. Em Cristo, o nosso passado torna-se instrumento de aprendizado, já o presente consiste numa vida plena e abundante (mesmo em meio às lutas, problemas e adversidades) e o futuro está alicerçado na fé e esperança de uma vida eterna com o Deus que era, é e há de vir (Ap 1: 8).
Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP), é vice-diretora do Ministério Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista e atua no Ministério de Vida Pastoral da Convenção

Feliz Dia dos Pais!

O Filho se torna o Pai; e o Pai, se torna o Filho

Há menos de um ano sou pai, 11 meses de pura felicidade, bondade e noites mal dormidas adentraram nossa vida. As três melhores coisas no mundo quando vêm acompanhadas de um filho. No dia 2 de setembro de 2017, o Théo nasceu, trazendo um novo sentido pra minha vida e de toda minha família. Quem diria que os cabelos brancos do Ed, meu pai, seriam tão precisos? Que todo o carinho da dona Rê, minha mãe, seria cirúrgico? Eu (rs)!
Sempre tive como herói meu pai – haja vista a montagem que fiz pra ele alguns anos atrás. Tanto que, quando pequeno, sempre falei que me casaria aos 25 anos, como ele. Cresci, amadureci e me esqueci completamente desta obrigação. E não é que, com 25 anos eu me casei? Foi no momento do casamento que eu vi toda a responsabilidade que meu pai tinha como marido, provedor e pastor da casa, afinal, dali em diante, era comigo.
Depois de um ano e meio, veio o Théo (Theleco para os íntimos). E acredite se quiser, eu nasci exatamente no mesmo tempo de casados dos meus pais ou seja, depois de um ano e meio. Quando eu me dei conta disso, pensei: “estou mantendo o padrão do meu pai”, e com muito orgulho.
Mas e agora? Dali em diante era o Théo que tinha que resolver fazer as coisas como o pai dele. E não é que esse menino resolveu me imitar? Assim como eu, aos seis meses ficou em pé. Como eu, é um menino que não para, que sempre está em movimento e querendo fazer algo. Para alguns, é a minha cara (rs). Se você é pai, sabe que ter um filho parecido com a gente nos enche de alegria. Meu pensamento é: “será que ele vai me admirar como eu admirava meu pai?” Espero que no futuro ele diga “sim”.
O Théo tem a vida toda pela frente. Em algumas coisas irá se parecer comigo, em outras com a minha esposa, a Tau. Mas será que ele terá orgulho de mim e me verá como espelho?
No filme “Superman Returns”, de 2006, Kal-El tem um filho com Lois Lane e, num dado momento, ele diz a frase do título: “o filho se torna o pai; e o pai, se torna o filho”. Quando ouvi isso no cinema me vieram muitos pensamentos. Como a herança que meu pai deixará quando chegar o momento dele tirar o time de campo. Como as coisas em que me espelhava em meu pai. Como a responsabilidade que terei de cuidar dele e ajudá-lo, quando ele envelhecer.
Mas, um outro pensamento naquele dia me veio à cabeça: o momento da crucificação de Jesus. Naquele momento, Deus, o Pai, chorou, e lamentou por demais a morte do Filho. Por sua vez, o Filho cumpriu sua missão. Mais importante, ambos, Pai e Filho, choraram e cumpriram a missão pois, enquanto agem de forma separados – Pai, Filho e Espírito Santo – também são um. A missão de um era a missão de todos.
Quando penso nessa singularidade da Triunidade, lembro da missão que Cristo tinha e do seu exemplo para nós, seus discípulos.
Neste dia dos Pais relembre deste chamado que todo cristão tem, a começar em casa, sendo um bom pai, e espalhando essa boa-nova para onde quer que você for.
Feliz dia dos pais! Feliz dia do Pai!
 

Matheus Longo Mendes é publicitário, congrega na IAP do Parque (Campinas, SP) e lidera a Base J (ministério de jovens).

Família sob nova direção

Nosso bem mais precioso deve ser a fé em Jesus

“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, mediante a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé igualmente valiosa.” 2 Pedro 1:1
Você sabe qual é a pedra mais preciosa do mundo? Conforme alguns sites de notícias, o mineral mais precioso do mundo é o jadeíte, um mineral raríssimo e difícil de ser encontrado. Somente para termos uma ideia de seu valor, num leilão em Hong Kong, 0,5 milímetros desse mineral foi vendido por 9,3 milhões de dólares. Um quilate de jadeíte custa cerca de 3 milhões de dólares. É ou não é uma jóia extremamente preciosa? São vários fatores que atribuem valor às pedras preciosas: sua beleza, durabilidade e a raridade com que uma pedra é encontrada na natureza. Além disso, a tradição e a moda podem influenciar no valor, proporcionando que um mineral se torne uma pedra preciosa.
A Bíblia vai enfatizar algo que é muito mais valioso e importante do que qualquer jóia ou pedra: a fé. Ela é o que de mais precioso nós e nossa família podemos ter. Uma família sob nova direção possui uma fé preciosa.
1. Uma família sob nova direção recebe uma fé preciosa
Conforme a Bíblia Sagrada, a fé é preciosa porque ela está posta em Jesus. Quando nós e nossa família cremos nele como Salvador, nossos pecados são perdoados e somos declarados justos diante de Deus. É esta fé preciosa que nos ajuda a reconhecermos que estávamos mortos em nossos pecados e que somente em Cristo temos salvação. Tal fé é um presente, uma dádiva de Deus para nossas famílias. Atualmente vemos muitas famílias depositando a fé no dinheiro, na segurança financeira, no trabalho, na faculdade, somente para citar alguns exemplos. Mas, a Palavra de Deus nos ensina que a fé preciosa está centrada na pessoa de Cristo Jesus, no reconhecimento de que sem ele nada podemos fazer.
Desta forma, uma reflexão é importante: que fé nossa família tem reconhecido? A quem temos adorado em nossos lares? Que a fé preciosa em Cristo Jesus seja o alicerce do nosso lar.
2. Uma família sob nova direção cultiva uma fé preciosa
Além de recebermos, devemos cultivar essa fé preciosa em nossa família através de um relacionamento profundo, sincero e constante com Cristo. E de que forma podemos fazer isso? Através da oração, da leitura e estudo de sua Palavra.
Como família devemos separar diariamente um período do nosso dia para cultivarmos esta fé preciosa, seja individualmente, seja coletivamente. Os afazeres, a correria, a rotina do dia a dia não podem impedir que nossa família deixe de se relacionar com Cristo, o Deus da nossa salvação.
3. Uma família sob nova direção pratica uma fé preciosa
É interessante observarmos que uma das consequências diretas de reconhecermos e cultivarmos a fé preciosa em Cristo Jesus é a mudança de vida proporcionada pelo Espírito Santo. A partir do momento em que nossa família serve a Cristo, ela também pratica a fé através de relacionamentos restaurados, do exercício do perdão mútuo, de palavras e de pensamentos sujeitos a Cristo e de atitudes que refletem os ensinamentos de Jesus que se encontram na Palavra de Deus. Certamente isso não acontece de um dia para o outro e nem sempre é fácil, em muitos casos é um processo lento, demorado e que envolve sofrimento, pois somos quebrantados por Deus para que tenhamos o caráter de Cristo e sejamos seus imitadores. Com isso somos impulsionados a praticar a fé preciosa que confessamos.
4. Uma família sob nova direção compartilha a fé preciosa
A família que está sob nova direção tem a missão de compartilhar para as outras pessoas a respeito de Cristo, aquele que a tirou das trevas e a trouxe para a sua maravilhosa luz. O fato de ter sido alcançada pelo evangelho precisa ser a grande motivação para que eu, você e nossas famílias não fiquemos calados, mas que compartilhemos a respeito da fé preciosa em Jesus para várias outras famílias.
A salvação em Cristo é o maior presente que o Deus concedeu às famílias. Desta forma, como famílias sob nova direção somos convocados por Jesus a irmos, fazermos discípulos dele e ensinar outras famílias tudo o que Jesus tem ordenado.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Gente parada não marcha

Marcha para Jesus e Parada LGBT recebem tratamento diferente na imprensa

Quinta, 31/05/18, aconteceu em São Paulo a Marcha para Jesus. Três dias depois, no domingo, aconteceu, também em São Paulo, a Parada do Orgulho LGBT. São dois eventos consolidados na agenda da cidade. Todo ano, em dias muito próximos, ruas e avenidas famosas de São Paulo são tomadas pelos representantes de cada segmento.
A imprensa, como sempre, escancara sua preferência deixando bastante claro qual agenda prioriza. Um dia após a Marcha para Jesus, na sexta, num cantinho da página de determinado jornal, saiu a notícia com o seguinte título: “Marcha para Jesus reúne milhares e vira palanque”. Na segunda, 04/06/18, no mesmo jornal, no espaço de uma página, saiu a notícia com o seguinte título: “Parada LGBT critica políticos conservadores – Manifestantes abordam as próximas eleições com muito humor.”
No caso da Marcha para Jesus, ao associar “palanque” com “fé”, a intenção do evento já vai para o ralo e, como sabemos, muitos são leitores apenas de manchetes, não se dão ao trabalho de ler, questionar, confirmar informações e refletir. Já na manchete da Parada LGBT a construção gramatical é bem mais generosa, afinal, criticar políticos e debochar das eleições através do humor atrai simpatizantes e conquista pontos de todos os setores, tão enojados e cansados que estamos dos políticos e seus esquemas.
Eu li ambas as matérias. Embora os tratamentos diferentes nas manchetes, as semelhanças são enormes. Tanto na Marcha quanto na Parada houve palanque. Em ambos os eventos aconteceram a presença de políticos discursando e levantando suas bandeiras. Em ambos os eventos aconteceram protestos contra políticos e suas corrupções. Em ambos os eventos aconteceram gritos com pedidos que fazem parte da preferência da agenda de cada um. Em ambos os eventos milhares marcharam, sorriram e declararam publicamente suas preferências, convicções e lutas.
Então por que o tratamento desonesto na divulgação? Como já disse, a simpatia ideológica da maioria dos profissionais da imprensa é que define como se narra cada história. Mesmo que sejam iguais nos roteiros, é possível negativar ou positivar ideologias através de gramáticas no mínimo questionáveis em suas reais intenções.
Somos um povo culturalmente num beco sem saída. De um lado uma mídia que só faz debochar dos valores judaico-cristãos. Do outro lado atores, músicos, cantores, intelectuais, cada um com sua arte e conhecimento contribuindo para a desconstrução da família como concebida em Genesis 1 e 2. Atrás, vestido com a armadura da lei e do poder, pressiona o estado, aprovando e mudando leis conforme a força de cada grupo e seu lobby, administrando os recursos públicos apenas para se servir e não para servir.
O que fazer em momentos tão críticos? Marchar! Foi exatamente isso que Deus ordenou em Êxodo 14:15: “… dize aos filhos de Israel que marchem”. Marchar pra onde exatamente? Bem, naquele caso era marchar para a única direção possível e não menos assustadora, o mar. De cada lado, montanhas intransponíveis, atrás Faraó e seu exército com sede de sangue.
Precisamos nos dispor a obedecer pela fé a mesma ordem. Entregar os pontos e render-se aos inimigos está fora de questão. Seguir em frente, por mais impossível que pareça, é o único caminho que a fé aponta e é só o que podemos fazer. Abrir caminhos, portas, possibilidades, enfim, tornar possível o impossível, é só com Deus. Sempre foi assim e assim continua sendo.
Quanto aos eventos em si, evidente que se fosse obrigado a escolher, eu marcaria presença na Marcha. Porém respeito o direito de ambos e faço minhas as palavras de Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante seu direito de dizê-las”. Sobre a Marcha, nunca fui, penso que devo manifestar minha fé e convicções bíblicas através do meu testemunho diário. Mas também não concordo com as críticas que leio em relação à Marcha por parte de muitos evangélicos, pois entendo que os que vão o fazem com fé genuína e, ademais, minha opinião não é a única. Assim como meu jeito de adorar e expressar minha fé, existem outras formas e maneiras tão legítimas quanto, ou seja, princípios são colunas que devem ser preservadas, já questões tradicionais, litúrgicas, regionais e afins mudam de tempos em tempos, portanto, merecem sempre uma atitude de tolerância e respeito.
Esse texto, em si, não deixa de ser um tipo de “marcha”. Os dias são trabalhosos e cada vez mais difíceis. As pressões e tensões são cada vez mais assustadoras. Ninguém escapa. Continue crendo. A história da salvação sempre foi assim, quando tudo parecia perdido, a salvação chegou. Águas de todos os lados engolindo o planeta e uma arca salvou os que escolheram pela fé entrar nela. Uma lâmina afiada pronta para matar Isaque e um cordeiro surgiu para ocupar o seu lugar. Uma tumba lacrada na certeza de terem matado o Cristo e, no terceiro dia, terremoto e ressurreição. Tudo isso me lembra que gente parada não marcha. Marche. O caminho e o socorro para cada um é Ele quem garante e de forma emocionante nos conforta em Hebreus 13:5: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”

Pr. Edmilson Mendes congrega em IAP Pq. Itália (Campinas, SP) e integra o Ministério de Vida Pastoral (MVP) – Convenção Paulista e Geral.

Cristo é a razão da nossa esperança

Mesmo em meio às crises, podemos viver contentes

“Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. (Filipenses 4: 11-13).
Ao longo destes últimos dias, estamos atentos às notícias e ao desenrolar dos acontecimentos relacionados à paralisação dos caminhoneiros em nosso país. Uma das razões principais pelas quais essa paralisação chama a nossa atenção é justamente as suas consequências e as repercussões para a vida e o cotidiano de cada um. A paralisação dos caminhoneiros nos mostra como esse grupo de trabalhadores é imprescindível para a economia de nosso país. Não vamos aqui fazer uma análise política ou social da greve, mas a partir desse acontecimento, reforçar que Cristo é aquele que nos sustenta e nos fortalece, mesmo em meio à crise e à escassez.
Em Filipenses 4: 11- 13, o apóstolo Paulo apresenta-se como alguém que já havia vivenciado vários tipos de situações: tanto boas quanto ruins. Ele já havia participado de refeições abundantes, mas também sabia o que era a crise, escassez e fome. Paulo já havia vestido belas roupas, e em outras situações, havia tido apenas o indispensável. O Império Romano vivenciou também suas crises, e certamente Paulo viu de perto algumas delas. O fato é que este homem, por causa de seu relacionamento com Deus e sua entrega a ele, aprendeu o grande motivo para não se desesperar em meio às crises: a presença de Cristo Jesus em sua vida.
A nossa esperança e o nosso contentamento não podem estar baseados nas circunstâncias externas que vivemos, mas naquele que é fiel e que nunca falhará: o nosso Salvador, Cristo Jesus. Em nosso dia a dia enfrentamos todo o tipo de situações, mas o que faz a diferença em nossa vida é reconhecermos que Cristo cuida de nós, nos fortalece e é a razão de nossa esperança. Isso não faz de nós pessoas alienadas e que não se preocupam com a situação da nossa nação. Pelo contrário, pelo fato de crermos na Bíblia Sagrada temos a oportunidade e a responsabilidade de orar pelo nosso país e exercer a nossa cidadania da melhor forma possível, conforme a orientação da Palavra de Deus. No entanto, a partir do momento em que entregamos nossas vidas a Cristo e o buscamos de todo o coração reconhecemos também que a razão da nossa esperança e de nosso contentamento é ele, e não determinada pessoa ou circunstância. Por isso, podemos afirmar que podemos enfrentar qualquer tipo de situação, pois é Cristo quem nos fortalece, cuida de nossa vida e não nos abandona.
Sendo assim, seja enfrentando um momento tranquilo e de fartura, seja enfrentando um período de instabilidade e escassez, confie no cuidado e na suficiência de Cristo, pois ele é a razão da nossa fé e esperança. Além disso, justamente pelo fato de reconhecermos a suficiência de Jesus – o Autor e Consumador da nossa fé, somos convocados a interceder pelo nosso país e a exercermos nossa cidadania para a glória de Deus.

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Entre o caos e a fé

Deus é nosso refúgio e protetor, nosso provedor, nosso sustento!

Que dias turbulentos, não é mesmo? Ouvi de algumas pessoas que parece que estamos prestes a presenciar uma guerra civil!
Vi uma matéria na TV em que algumas mulheres se “estapeavam” em um posto de combustível, vi filas e mais filas em supermercados e distribuidoras de gás de cozinha, vi manifestações nas rodovias, ouvi comentários como: vai faltar comida, vão faltar remédios, como vamos para o trabalho nesta semana? E muitas outras falas negativas.
Com todo esse cenário caótico, me pergunto: como nós, cristãos, reagimos a tudo isso? Será que esse não é um daqueles momentos para demonstrar nossa fé e esperança nas promessas do Senhor Jesus Cristo? Não seria propício demonstrar nossa solidariedade para com nossos vizinhos, amigos de trabalho, de faculdade, familiares etc?
Jesus disse “Tende bom ânimo” (Jo 16.33) Também disse: “Estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20)
Independente da nossa posição política, da nossa opinião sobre greves e manifestações, precisamos estar unidos em Cristo!
Façamos uma análise: quanto nós colaboramos com o caos? Pense: “se você e eu não nos sentirmos parte do problema, também não vamos nos sentir parte da solução”!
Deus é nosso refúgio e protetor, nosso provedor, nosso sustento! Sem Ele não somos nada, e nada temos, mas quando estamos em comunhão com Ele, estamos seguros!
Acreditamos que Deus está no controle de tudo? Então, sejamos fortes e corajosos! Sejamos solidários e benevolentes! Sejamos pacientes na tribulação e confiantes em nosso Pai que está no céus!
Que Deus abençoe a todos!

Andrea Nunes
Colaboradora em Comunicação da Fumap/iD.essencial

O mito da mãe perfeita

Cobre-se menos e desfrute das alegrias da maternidade

Certamente, a maternidade é uma das fases mais importantes da vida da mulher. Para uma grande parte de nós, mães, a vida também se divide em “antes dos filhos nascerem” e “depois dos filhos nascerem”. Ser mãe é um presente, uma dádiva, um privilégio do Senhor para nós. Não é por acaso que Deus utiliza o amor materno para ilustrar o seu grande amor por mim e por você (Is 49: 15).
No entanto, sabemos também que a maternidade é um grande desafio, que muitas vezes tem os seus “altos” e “baixos”: o seu filho fala “eu te amo, mamãe” com o olhar mais doce e carinhoso da terra, mas logo em seguida, quase a enlouquece por brigar com o irmão. Existe até um ditado popular que diz: “Ser mãe é padecer no paraíso”. E em meio a todas essas questões, nós, mães, acabamos criando em nossas cabeças um mito: o mito da mãe perfeita.
Acho que uma das perguntas que sempre nos fazemos ao longo do maravilhoso (mas, desafiador) caminho da maternidade é: será que tenho sido uma mãe boa mãe? E aqui, o sentido é quase este: “será que acertei em todas as minhas palavras e atitudes ao lidar meu filho? Eu não devia ter deixado ele comer aquele doce antes do jantar… Ah, Senhor, acho que não disciplinei minha filha da forma como deveria”… Ou então: “Deus, estou tão confusa, acho que não devia ter corrigido minha filha da forma que fiz… Hoje estou tão cansada, acho que vou fazer um miojo para eles jantarem… Nossa, o filho da minha amiga com sete anos já sabe resolver uma equação de 1º grau, enquanto o meu mal lê ou escreve. Será que a culpa é minha?”
Quem nunca deixou o filho assistir mais televisão para poder arrumar a casa ou para ter mais alguns momentos de sossego, que atire a primeira pedra. Ou, quem nunca prometeu para si mesma que o filho não iria vê-la irritada ou impaciente, mas depois de poucos minutos perdeu a paciência com o menino? Todos esses pensamentos e situações certamente passam pela nossa cabeça. Muitas vezes, trazem culpa e pressão para as nossas vidas. Pressão e culpa desnecessárias e acabam nos trazendo muito desgaste e estresse, diga-se de passagem. Isso acontece justamente por causa de uma concepção de perfeição da maternidade: é o mito da mãe perfeita. Nós construímos em nossas mentes um tipo de mãe que não existe!
Não me entendam mal: como mães e servas de Deus precisamos estar no centro da sua vontade e fazer o melhor que pudermos para os nossos filhos. Devemos amá-los, cuidar deles e educá-los conforme os princípios bíblicos. Mas, a partir do momento em que eu penso que vou alcançar a perfeição na maternidade, isso só vai me causar angústia, mágoa, desespero e confusão. Porque não somos perfeitas, assim como nossos filhos não o são. Na verdade, o que acontece é que não estamos preparadas para lidar com as nossas falhas como mães. E não tem jeito, fazemos o nosso melhor, mas erramos e somos pecadoras, o que também se reflete na maternidade (talvez até mais do que em outras situações). Erramos quando não deveríamos falhar, falamos quando deveríamos calar, ou ficamos em silêncio quando deveríamos dialogar.
A maternidade é difícil. É linda, maravilhosa, um presente, mas ainda assim, é difícil. Por isso, reconhecer que falhamos e somos imperfeitas é muito importante porque nos aproxima da graça e do amor de Deus. É ele quem vai nos ajudar, dar sabedoria e fortalecer em nossos melhores (e piores) momentos da maternidade. Por isso, quando nos desfazemos do mito de que somos perfeitas, reconhecemos nossas imperfeições e defeitos, o que nos aproxima do Senhor. É ele que age em nossas vidas, nos ajudando a ser uma mãe conforme o seu coração.
Além disso, saber de nossas limitações nos dá a chance de ensinar a nossos meninos e meninas que também erramos e isso faz com que eles aprendam que é possível errar, mas que podemos consertar o erro, pois temos um Deus que nos perdoa e nos ajuda a acertar da próxima vez. Da mesma forma, reconhecer verdadeiramente que não somos mães perfeitas tira um grande peso e uma enorme pressão de nossos ombros, o que nos ajuda a vivenciar a maternidade com mais leveza, alegria e prazer. Certamente, esta é a vontade do Senhor para nós e para nossos filhos e filhas.
Sendo assim, gostaria de finalizar este texto refletindo nas seguintes questões com você, minha amiga mãe: você é capaz de perceber o impacto maravilhoso que está deixando na vida de seus filhos? Independentemente do fato de você trabalhar fora ou em casa. Fique tranquila, sei que você já cometeu erros, mas eu também os tenho cometido. Mas, você também consegue se lembrar das vezes em que acertou, ajudada por Deus? E os momentos em que esteve presente para o seu menino ou sua menina?
Pode ter sido sentada às 3 horas da manhã aninhando uma criança que teve um pesadelo. Ou fazendo almoço com uma dispensa bem limitada. Abrindo mão de algo que você precisa para que seus filhos possam ter o que necessitam. Ajudando numa tarefa de história. Dizendo não e impondo limites. Lendo um capítulo da Bíblia. Dobrando as roupas. Ouvindo as histórias do seu filho ou de sua filha, ou dos dois. Rindo e gargalhando. Limpando rostos sujos de comida. Pendurando desenhos na parede ou na porta da geladeira. Vendo-os dormir. Orando com eles ou por eles. Ensinando a respeito de Jesus.
Que o Senhor ajude a cada uma de nós a sermos mães conforme o seu coração: com limitações e imperfeições, mas que vivenciam a graça de Deus e são fortalecidas em Cristo!

Dsa. Claudia Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Departamento Infantojuvenil Regional da Convenção Noroeste Paulista.

Dia das Mães

É uma data festiva para você?

No próximo domingo, será celebrado o Dia das Mães. Essa data teve origem no Brasil em 1932, quando o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. (Fonte: Wikipédia).
As mídias preparam lindas propagandas com muitos corações e músicas melodiosas. Há festas nas escolas, as lojas são decoradas, há promoções nos comércios, enfim, existe uma grande movimentação pra celebrar essa data.
Mas, é uma data festiva para você?
Talvez, como eu, você seja feliz e tenha motivos para celebrar por ter filhos e por ter uma mãe, mas talvez essa data traga a você lembranças amargas. Talvez sua gravidez foi indesejada, talvez você não goste de ser mãe ou talvez você deseje intensamente ser mãe, mas por alguma razão não pode. Talvez essa data seja dolorosa porque a sua amada mãe já não está mais viva e você não pode dar aquele abraço carinhoso. Pode ser que você tenha uma mãe maravilhosa, presente, amiga, mas pode ser que sua mãe tenha problemas, vícios, e é você quem se torna responsável por ela. Pode ser que você converse com sua mãe todos os dias pelo telefone, WhatsApp, ou pessoalmente, passando em sua casa para um cafezinho, mas pode ser que você tenha discutido com ela e não estão se falando.
Pode ser que hoje você esteja se sentindo culpada por trabalhar muito e não ter tanto tempo para seus filhos, ou por ter perdido a paciência e dito coisas erradas e se sentir uma péssima mãe. Você pode ter abortado e rejeitado um filho.
São tantas realidades, são tantos sentimentos… então, como encarar esse dia?
Crendo que absolutamente todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), crendo que absolutamente tudo o que Deus faz é bom e perfeito. Portanto, se sua mãe é amável ou não, estando presente ou não, você tendo filhos ou não, absolutamente tudo está debaixo do controle do nosso Amado Pai e Ele está usando tudo isso para aperfeiçoar o caráter de Cristo em sua vida.
A Bíblia diz ainda em Romanos 12.18: “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, Também em Mateus 18:15, diz: “Se um irmão pecar contra você, fale com ele em particular”. Faça o que for possível, peça perdão a sua mãe ou madrasta, peça perdão aos seus filhos, mas não permita que as adversidades sejam maiores que o amor de Cristo em sua vida.
Se você puder celebrar esse dia, faça-o! Mas se você não puder celebrar, glorifique ao Senhor que te ama e está cuidando de você, com um amor que não muda, não falha e não abandona!
Feliz dia do Criador das mães, dos pais, dos filhos, da vida!

Dsa. Danúbia Guarnieri é casada com Pr. Anderson Guarnieri, mãe do Caleb e da Lía. Atualmente, serve ao Senhor na IAP na Argentina.

Trabalho – benção ou maldição?

Desde o Éden, o homem sente realização por planejar e executar suas tarefas

“O homem sai para seu trabalho, para o seu labor até o pôr-do-sol. Quão numerosas são as tuas obras, ó Senhor! Fizeste-as todas com perfeita sabedoria. A terra está repleta de tuas criaturas”. (Salmos 104.23-24 – K. James).
Vez ou outra ouvimos alguém dizer: “Mente vazia é oficina de Satanás.” De fato, o ócio é uma coisa ruim, pois o nosso corpo é uma “máquina” em constante funcionamento idealizada pelo criador para exercer os seus devidos movimentos.
Nossos pais, no Jardim do Eden, tinham o que fazer, e o trabalho era uma benção com sua rotina, sem maiores preocupações ou estresse. Penso eu que a única boa ansiedade que tinham era com a viração do dia, no pôr-do-sol, quando acabavam suas tarefas e Deus os visitava.
Era com muita alegria e afetividade que eles o recebiam. Imagino que cada dia eles tinham novidades para falar com Deus acerca das suas variadas obras: uma planta que desabrochou suas lindas pétalas floridas, a simetria das formigas e o seu trabalho organizado e cronometrado.
Adão, como lavrador, certamente semeava e via o progresso de sua plantação como benção de Deus, e o melhor, Ele podia agradecer pessoalmente o Seu criador pelos Seus feitos. Imagino a alegria de Deus antes da nódoa do pecado.
O texto do salmista fala sobre o trabalho, labor na rotina diária. (Labor significa trabalho, tarefa, labuta, é uma palavra com origem no latim labore, pressupõe uma atividade racional, onde o indivíduo tem que pensar, raciocinar).
Adão exercia no Eden suas funções, ele deve ter raciocinado bastante para nomear todos os animais domésticos, as aves do céu e a todas as feras (Gn 2.20).Foi um trabalho muito eficaz.
Igualmente, quando realizamos um trabalho que foi planejado, vem uma satisfação e alegria pelo dever cumprido. Segundo o salmista, o sair para trabalhar e voltar no término do dia é uma benção
Concluímos dizendo que o trabalho honesto e diligente é uma benção em muitos sentidos, pois ele está incluso entre as “numerosas, variadas obras perfeitas do Senhor” conforme nos ensina o salmista. Glórias a Deus pelo trabalho.

Pr. Omar Figueiredo congrega na IAP em Pq. Edu Chaves (São Paulo – SP)