Só o que mata a sede é água!

Há algo ainda mais precioso do que o líquido tão valorizado em nossos dias

 
 
Nunca se falou tanto em água como agora, nesta crise hídrica que estamos atravessando. Parece que só agora nos demos conta do valor da água em nossa vida. Por exemplo, não existe nada melhor, num dia de grande calor, do que beber um copo de água fresca que sacie a nossa sede. Quantas vezes fazemos isso num dia? Acredito que várias…
Quando conseguimos matar a sede é um momento de puro refrigério. Vindo outro dia o calor, novamente teremos a alegria de ir à busca daquele copo d’água, que é refrescante e prazeroso. Isso nada mais é que uma necessidade física normal, já que todos sentimos sede. O nosso corpo físico tem a necessidade de água, pois ela faz parte da nossa vida.
Mas, existe uma sede maior do que a da água em nossa vida. Tal sede é a de Deus, sendo que ela é maior que todas as outras necessidades que o homem possui. Quando lemos no Evangelho de João capítulo 4, versículo 1, um diálogo entre Jesus Cristo e a mulher samaritana, podemos entender o que é a necessidade de saciar a sede de Deus.
Uma mulher que tinha como prática buscar água naquele local, isto é, naquele poço, tem a alegria de ter um encontro com Jesus Cristo. O Mestre também expressa a sua necessidade física e pede um pouco de água para ela, por estar cansado da viagem no deserto. Jesus sabia o que é ter sede de água, assim como aquela mulher que também ia aquele poço todos os dias, e também como nós sabemos que a água é necessária para a nossa sobrevivência. Porém, como Deus, ele conhecia a sede interior daquela mulher, uma sede que a mais pura das águas não podia saciar. Aquela mulher possuía a sede da realização pessoal, da alegria, da verdadeira paz, de uma família sadia e, principalmente, de Jesus. Ela era uma mulher persistente em busca dos seus objetivos, mesmo utilizando-se de métodos que não estavam funcionando. Ela permanecia em busca da realização de seus sonhos.
Quantas vezes estamos também em busca de algo que parece inatingível em nossa vida. Tentamos de diversas maneiras preencher um vazio interior, utilizando todavia métodos nada convenientes. A mulher samaritana tentou saciar sua sede casando-se várias vezes e não deu certo. Sendo assim ela arranjou um amante, o que também não resolveu o seu problema. É tão difícil quando tentamos solucionar as nossas dificuldades e não encontramos a maneira correta.
Por isso Jesus diz para a samaritana que, se ela bebesse da água que ele oferecia, nunca mais teria sede. No primeiro momento ela não compreende, mas quando ele fala de sua sede interior ela entende que esta ali na sua frente um profeta. Quando temos um encontro com Jesus, o Senhor da vida, o Rei dos Reis, o Criador e possuidor de toda autoridade tanto no céu como na terra, a nossa vida jamais será a mesma, e foi exatamente o que aconteceu com aquela mulher. Ela descobre que a sua sede diária não era só de água, mas do verdadeiro Deus.
Quando permitirmos que Jesus sacie a nossa sede real, seremos satisfeitos para sempre. Se estivermos sedentos, só existe uma fonte que pode matar a nossa sede de uma vez por todas: Jesus Cristo. “Então Jesus disse: Quem beber desta água terá sede de novo, mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna. Então a mulher pediu: Por favor, me dê dessa água! Assim eu nunca mais terei sede e não precisarei mais vir aqui buscar água”.
 
Pr. Fernando dos Santos Duarte é responsável pela IAP em Votuporanga (SP) e diretor financeiro da Convenção Noroeste Paulista.

Um ombro amigo

Os quatro homens que levaram o paralítico a Jesus nos ensinam o valor da verdadeira amizade

 
Descobrir a grandeza que há nos relacionamentos é um fator decisivo para que haja mudança na forma de tratar as pessoas. Nas diversas áreas da vida, família, igreja, trabalho ou escola, podemos ser excelentes naquilo que fazemos, mas se não soubermos nos relacionar com o próximo, dificilmente iremos longe. No capítulo 2 do evangelho de Marcos, dos versos 1 ao 12, é registrada a cura de um homem que foi levado por quatro amigos até Jesus. Essa passagem nos ensina algumas lições essenciais sobre relacionamentos.
O episódio acontece em Cafarnaum, que significa aldeia / cidade do consolo. O  mais interessante é que o nome faz jus à cidade. Ali Jesus realizou os seus maiores milagres como a cura do servo do centurião (Lc 7.1-10), a cura da sogra de Pedro (Mc 1.29-31), libertou um endemoniado (Lc 4:31-37), a cura de dois cegos (Mt 9:27-31), a cura de um filho do oficial do rei (Jo 4:46), entre outras maravilhas.
A primeira lição que podemos aprender é que os amigos de verdade nos ajudam quando não podemos andar com as próprias pernas. Jesus acabava de chegar à Cafarnaum e logo a notícia se espalhou pela cidade. Rapidamente muitas pessoas se reuniram ali, lotando a entrada da casa para ouvir Jesus. No meio dessa multidão, quatro amigos trouxeram consigo seu amigo que era paralítico (v. 3). O rapaz não podia andar por causa de sua deficiência física, mas graças a ajuda de seus amigos, ele chegou até o local onde estava Jesus. Eles se preocupavam verdadeiramente com aquele jovem que vivia daquela maneira. O escritor John C. Maxwell cita em seu livro O coração e a mente do líder que “a beleza da preocupação genuína é a disposição de se envolver sem ser influenciado pelo que se pode receber em troca”.
A segunda lição é que os amigos de verdade não desistem de nós quando surgem os obstáculos. O verso 4 nos diz que “Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, através de uma abertura no teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico”. A convicção de que apenas Jesus poderia cuidar do problema do amigo forneceu coragem e determinação aos homens. Eles poderiam ter dito: “Ele é muito pesado”, “Tem muita gente” ou “Perdemos a oportunidade”. Aquele não era um dia comum e a passagem até a casa era complicada devido ao grande número de pessoas que estavam ali aglomeradas. A maca estava sendo carregada por quatro amigos determinados que tinham a esperança de uma vida melhor para o seu amigo paralítico. Devido à sua doença, esse rapaz dependia da ajuda de outras pessoas em seu dia a dia. A união deles e o espírito de cooperação, fez com eles cumprissem o propósito que tinham em mente. Quando se tem um firme objetivo e uma fé alicerçada naquele que pode todas as coisas, os obstáculos se tornam transponíveis.
A terceira e última lição no mostra que só chegamos a algum lugar se tivermos amigos de verdade. Aquele homem não teria chegado até o lugar da sua vitória, se não fosse o esforço dos seus quatro amigos. Observe a importância dos relacionamentos. Em Eclesiastes, lemos que se “o cordão (da amizade) for de três dobras; não se quebra com facilidade” (Ec 4:12). É louvável a fé desses homens que carregaram o amigo sobre a maca. Eles demonstram a importância da intercessão. Esses homens tinham a certeza de que, naquele momento, a coisa mais importante do mundo era levar o amigo até Jesus. Por isso, eles subiram no telhado. Sem dúvida, eles tiveram pensamentos do tipo: “Isso vai atrapalhar o culto”; “Nunca fizemos nada assim antes”; “O que as pessoas pensarão?” Contudo, eles não desistiram — eles não podiam desistir. Por quê? Porque tinham um serviço a fazer que era mais importante do que a ameaça de ser diferente.
No verso 5, “Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: Filho, os seus pecados estão perdoados“. Em meio à incredulidade, aos questionamentos e aos pensamentos das pessoas questionando o poder e a autoridade de Jesus, Ele opera o milagre para a glória de Deus e os versos 10 ao 12 narram assim “Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados — disse ao paralítico — eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”. Ele se levantou, pegou a maca e saiu à vista de todos. Estes ficaram atônitos e glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual!“. Valeu a pena! Com certeza isso deve ter passado na mente de cada um daqueles quatro homens. A recompensa para eles foi ver o seu amigo andando!
Só Jesus nos traz perdão dos pecados e mudança de vida! Ele nos ajuda a andar quando não conseguimos, não desiste de nós mesmo com nossas imperfeições e nos garante a salvação, que é o prêmio para todos aqueles que confiarem nele e o confessarem como Senhor e Salvador!
Diego da Silva Barros é diretor da UMAP em Piedade (Rio de Janeiro) e colaborador da equipe de Capelania Prisional da IAP.