Sentindo na pele o que nós sentimos

“… mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”. (Filipenses 2.7)

Empatia significa a capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias. Foi exatamente assim que Jesus agiu.
Podemos destacar pelo menos três cenas onde o mestre demonstrou com atitudes “sentir na pele” o que nós sentimos. O primeiro cenário é uma cidade de Samaria, chamada Sicar. Jesus estava cansado, seus pés doíam, seu rosto estava suado e quente sob o sol escaldante do meio-dia. De fato, ele precisava descansar, então parou junto a um poço, despediu-se dos discípulos, certamente se espreguiçou e sentou-se no chão. Foi quando chegou uma mulher samaritana (João 4.6-7).
O segundo cenário é o mar da Galiléia. Ele estava com muito sono, bocejou e os olhos piscavam sem parar. O dia fora longo, agora, a noite havia caído e ele queria apenas tirar uma soneca. Em meio à viagem, ele decide dormir. O sono era tão profundo que nem o trovão, os ventos ou o balanço do barco o acordaram. Somente os gritos desesperados dos discípulos conseguiram interromper seu repouso (Mateus 8:24-27).
O terceiro e último cenário, não menos importante, é Jerusalém. Jesus estava totalmente irado! Podia-se ver em seus olhos. Seu rosto estava vermelho, os punhos estavam cerrados, o que tinha tudo para ser um dia normal no mercado do templo tornou-se um alvoroço. O que era um sorriso na face do Filho de Deus transforma-se em sobrancelhas contraídas e testa enrugada. A única coisa que voou mais alto do que as mesas e cadeiras foram as pombas batendo asas rumo à liberdade (João 2:13-16).
Sim, somos gratos a Mateus, Marcos, Lucas e João por esses retratos da humanidade de Cristo. Ele literalmente se pôs em nosso lugar, calçou nossos sapatos para ver onde apertam, sentiu a dor de perder um amigo, foi traído e cravado numa cruz sem ter culpa alguma. Esse é o Deus que se fez carne e se tornou homem como um de nós. Se o Mestre fez isso por nós, por que não podemos fazer o mesmo pelos outros?
Que Jesus possa nos mostrar como seguir o seu exemplo de profunda identificação. Que, em vez de julgar o nosso próximo, quando ele estiver exausto, triste ou irado, possamos nos colocar em seu lugar, ter compaixão dele e dispor-nos a servi-lo, como o Senhor fez por nós.
Diego da Silva Barros é diretor da UMAP, coordenador de Missões e Evangelismo na IAP em Piedade (Rio de Janeiro) e colaborador da equipe de Capelania Prisional da IAP.

Dicas da Lição 2 – O Cristo glorificado

O CRISTO GLORIFICADO
Devoção: Professor lembre-se de dedicar uma parte do tempo para investir em sua vida devocional. É imprescindível que você ore a Deus, leia e estude a Bíblia Sagrada e interceda por seus alunos. Não se esqueça de pedir ao Espírito Santo para transformar a vida de cada um de sua classe também nos momentos em que a lição estiver sendo ministrada.
Slides: Acesse o link AQUI, faça o download dos slides e utilize-os para enriquecer ainda mais o estudo da lição.
Comentários adicionais: Nesta lição 2, temos os seguintes comentários:

  1. Descobrindo o Senhor: “O Senhor Jesus Cristo fala e é descrito em Sua glória e magnificência atuais (…). Começa dizendo que este livro é uma revelação, um desvendamento da coberta ou véu que ocultava algum monumento, a fim de que agora todo mundo possa ver a sua beleza, sua obra de arte, etc. por certo, neste livro, o objetivo é tornar conhecido algo que antes estava desconhecido ou oculto. O fato que se nota em primeiro lugar é que esta Revelação ou Apocalipse é de Jesus Cristo. Pertence a Ele, porquanto Deus deu-a a Ele. Também Lhe deu permissão ou encargo de torná-la conhecida dos Seus servos. A Revelação inclui descrições do próprio Senhor Jesus Cristo, muitas de Suas atividades nos eventos profetizados, e algumas palavras da Sua boca. É o Deus-Homem, a Divindade incorporada, que fala, age e recebe glória e adoração.” (Turner, Donald D. Exposição do Apocalipse. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, p.18).
  2. O “Filho do homem”: “Em sua visão da vinda do Reino de Deus, Daniel viu o próprio Deus sentado em seu trono, cercado de multidões de anjos que o serviam. ‘E eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias’ (Dn 7:13). Mais tarde ‘Filho do homem’ se tornou uma expressão messiânica fixa para identificar o Salvador celestial; era o título preferido de Jesus para si mesmo e sua missão. A referência deste versículo indica diretamente para Daniel, identificando assim Jesus como o Rei celestial, ao mesmo tempo destacando que apesar de ser como homem ele não é somente homem; ele é sobrenatural.” (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.27).
  3. Do peito aos pés: “O apóstolo que se reclinara no peito de Jesus (Jo 13:23) prostrou-se aos pés do Senhor como se estivesse morto. Uma visão do Cristo exaltado não produz outra coisa senão grande reverência e temor (Dn 10:7-9). É preciso ter essa atitude de respeito hoje, quando tantos cristãos falam e agem com familiaridade indevida com Deus. A reação de João ilustra o que Paulo escreveu em 2 Coríntios 5:16: ‘se antes conhecemos a Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo’. João não estava mais ‘aconchegado’ junto ao coração do Senhor, relacionando-se com ele de forma que havia feito antes.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento 2. Santo André: Geográfica, 2006, p.725).
  4. Primeiro e Último: “O título ‘primeiro e último’ é derivado de Isaías 41.4; 44.6; 48.12, em que se refere a Deus como Criador de todas as coisas e soberano sobre a história. Bauckham (…) também afirma: ‘Deus precede todas as coisas, como aquele que as criou, e ele levará todas as coisas ao seu cumprimento escatológico. Ele é a origem e o alvo de toda a história. Ele tem a primeira palavra na criação e a última na nova criação’ (…). No contexto de Apocalipse 1.17,18, essa soberania estende-se agora a Cristo.” (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução: Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, pp.104-105).

Desenhos: Nesta segunda lição sobre o livro do Apocalipse o professor poderá pedir aos alunos que gostam de desenhar que o auxiliem nesta atividade. Ou, se preferir, todos poderão participar. Neste caso, será necessário que cada “desenhista” tenha em mãos: uma folha de papel, lápis ou caneta. Funciona assim:
Logo após a introdução, antes ou durante a primeira parte da lição (O TEXTO BÍBLICO EXPLICADO), o professor irá descrever as imagens que fazem referência ao Cristo glorificado e os alunos munidos de papel e caneta irão (tentar) desenhar a descrição feita pelo professor da seguinte forma:

  1. Na parte superior da folha, desenhe apenas uma forma oval, onde faremos uma cabeça/rosto;
  2. No rosto, faça dois olhos como chamas de fogo;
  3. Agora, desenhe os cabelos (brancos);
  4. Faça uma boca e dela saindo uma voz como de muitas águas;
  5. Desenhe o rosto brilhante como o sol;
  6. Agora vamos desenhar o corpo coberto por um vestido que chega até os pés;
  7. Na altura do peito, desenhe um cinto de ouro;
  8. Para finalizar, faça os pés como latão reluzente.

Depois de finalizados os desenhos, estes poderão ser comparados e, obviamente, terão diferenças entre eles. E mais: acreditamos que muitos terão dificuldades em retratar a imagem descrita acima, mas a ideia é justamente mostrar a dificuldade em descrever (ou desenhar) algo que nunca se viu antes.
A proposta é que o professor utilize uma dessas ilustrações para explicar cada um dos elementos, atributos e o poder do Cristo glorificado na visão de João.
Vale lembrar que as imagens descritas por João são meramente ilustrativas. Seria impossível desenhar com perfeição a imagem de Cristo glorificado, assim como foi impossível para o apóstolo descrevê-lo com exatidão.
Antecedendo a segunda parte da lição (O TEXTO BÍBLICO APLICADO), o professor poderá fazer uma breve pausa (5 min.) na aula e convidar os seus alunos a entoarem um louvor que exalta o Cristo glorioso: Jesus! Sugerimos as canções “Quão grande é o meu Deus”, “Poderoso Deus”, “Ao único” ou outra conhecida pela igreja local. Este momento servirá para reforçar que Jesus é o Senhor da igreja. Ele é Deus onipotente e Deus onipresente!
Bom sábado! Boa aula!

Aprendendo com o Anthonny

No dia 12 de setembro, após a Escola Bíblica, escutei um agudo choro de criança. Era o Anthonny, um garotinho da IAP em Jardim Paneira (São Paulo, SP). Seu pai explicou que ele estava chorando por ter chegado atrasado na Escola Bíblica do Dijap. Fiquei sobremaneira admirado com tal gesto.
Comentei com o seu pai minha admiração por sua atitude, disse que eu estava do lado dele e ponderei: queria que todo o adulto da Igreja tivesse este sentimento demonstrado por aquele choro infantil. Porém, muitos não têm essa preocupação em chegar no horário correto da Escola Bíblica e participar com o mesmo espírito dos bereanos, ávidos pela Palavra de Deus e dispostos a aprenderem.
O desinteresse da Escola Bíblica é demonstrado no horário que alguns chegam, quando chegam. Vi uma frase numa rede social que bem poderia se juntar a este artigo: “Não diga que está disposto a morrer por Cristo se, pelos menos aos sábados, não consegue levantar para ir à Escola Bíblica.”
Ao imaginar que existiram homens que amaram as Escrituras ao ponto de morrer por elas, arriscando tudo que tinham, não amando as suas próprias vidas, como fez Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, quando fixou na Igreja do castelo de Wittenberg, na Alemanha, suas 95 teses de defesa da salvação mediante a fé na pessoa do Senhor Jesus Cristo, revelado através do conhecimento da Bíblia Sagrada.
A IAP lança lições bíblicas relevantes, facilita virtualmente o acesso a todos os seus membros, realizou um seminário de revitalização da Escola Bíblica mas alguns continuam prejudicando a si mesmos e a seus filhos por um pouco de sono. “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás da tua sonolência? Tirando uma pestana, cochilando um pouco, cruzando os braços para descansar, tua iminente pobreza te aterrorizará, e tua necessidade te assaltará como um ladrão armado.” (Provérbios 6.9-11).
A criança chorou porque chegou atrasada na Escola Bíblica. Naquele momento incentivei imediatamente ao seu pai a chegar no horário devido, aproveitando a disposição e o amor demonstrado pelo seu filho, que não podem ser desprezados.
Você já parou para pensar no desagrado que faz ao Senhor conscientemente ou inconscientemente quando não se atém ou detém nos “negócios do Pai”? (Lucas 2.49). Aprenda com o Anthonny, que está aprendendo com Jesus a amar a Escola Bíblica, e não se conforme em faltar ou chegar atrasado.
Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste.