Junta Geral Deliberativa

Nos próximos dias 22, 23 e 24 de fevereiro, a liderança da Igreja Adventista da Promessa estará reunida em Cosmópolis (SP), para definir as bases do Planejamento Estratégico, bem como o lema do quadriênio 2016-2019. Estarão reunidas a Diretoria Geral Executiva, seus Departamentos e as lideranças das Convenções Regionais. São decisões muito importantes a serem tomadas. Convidamos toda a IAP a orar por esta reunião.

É tudo uma questão de escolha!

Defendemos a prosperidade bíblica, mas não manobras dos “estelionatários” da fé

“É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva.” (Salmo 1:3-4)
Recentemente, vi uma postagem na rede social Facebook, que dizia:
“Tinha um carro, mas agora tenho dois; Conheci Jesus e ele me ensinou a conquistar!”
Em contrapartida, na mesma postagem, havia outra frase combatendo a primeira, e esta segunda dizia:
“Tinha um pão e agora tenho só meio pão; Conheci Jesus e ele me ensinou a dividir!”
Quando vi esta postagem, fiquei pensando nos renomados pregadores da atualidade que tem dito tanto sobre a famosa “prosperidade!” Não há como negar que este assunto se tornou alvo de milhares de pregadores dos nossos tempos. Será que a Bíblia fala sobre prosperidade? Pregar sobre isso é pecado?
Não é pecado pregar sobre prosperidade, até porque a Bíblia nos dá base para isso, contudo, devemos relembrar que a prosperidade que deve ser pregada é uma prosperidade bíblica, não estas manobras de estelionatários da fé, que gastam todos os seus esforços para extorquirem os fiéis. Eles inventam de tudo. Vão de sabonetes a vassouras “ungidas”. Vendem “tijolinhos do céu”, fronhas e lençóis para sonhar os sonhos de Deus! Fazem de tudo para lucrarem às custas dos membros de suas igrejas.
De acordo com o dicionário InFormal, prosperidade “refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez, significa ditoso, feliz, venturoso.” Não é interessante que quando olhamos para este significado, não vemos nada referente à dinheiro?!
Acusar a famosa teologia da prosperidade não quer dizer que defendemos a teologia da miséria! A Bíblia me garante que se eu quero ser próspero, eu tenho que buscar caminhos para ser feliz. Quando eu encontrar a felicidade, então serei participante da prosperidade bíblica. O salmo primeiro nos mostra isso. O salmista Davi, sendo inspirado por Deus, faz a comparação entre o próspero e o miserável, mas vai utilizar dois tipos de pessoas, na visão de Deus: o justo e o ímpio.
O livro de Salmos começa dizendo: “Feliz o homem que não anda segundo o conselhos dos ímpios…”. Consegue notar que o homem que foge das propostas dos ímpios é feliz? Em momento algum o salmista me diz que não posso ter contato com tais pessoas (ímpios), mas a ideia que ele quer passar, é que não posso nem devo me conformar com tais atitudes que os ímpios têm. O Senhor nos diz que nossa pátria está nos céus, de onde vem nosso Salvador  (Filipenses 3:20), portanto, devemos entender que as atitudes dos ímpios os satisfazem no momento, mas logo após, não há sentido algum. Não devemos aceitar tais atos.
Benefícios para com Deus
A pessoa próspera tem benefícios para com Deus, pois o salmista nos lembra que participaremos da congregação dos justos e que seremos lembrados pelo Senhor. Temos aqui uma alusão ao livro do Apocalipse, quando no capítulo 19 e versículo 9, vemos o anjo dizendo para João escrever: “Bem-aventurado aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.” Somos felizes por sabermos que Cristo muito em breve voltará.
O que me chama a atenção também é que no versículo 3, do Salmo 1, eu leio que “tudo quando eu fizer, será próspero”. Deus não vai me dar nada de graça. Se eu cruzar meus braços esperando que Deus me mande tudo o que eu preciso, não vou obter nada. Lembremos que colheremos aquilo que plantarmos, mas se eu não plantar, o que irei colher? Se eu fizer a vontade de Deus, buscando nele a felicidade verdadeira e obedecendo à sua vontade, tudo quanto eu fizer será abençoado. Exatamente, tudo! Talvez agora você se pergunte: mas, se eu fizer algo de errado, como, passar alguém para trás, eu ainda irei prosperar?! Bem, o salmista diz que prosperarei em tudo, porque se eu fizer a vontade de Deus e não me conformar com este mundo, eu jamais farei tal coisa, pois sempre me afastarei de tudo o que desagrada a Deus.
Em contrapartida, os ímpios não obtém êxito em seus feitos. A começar pelo fato de que o salmista Davi diz que eles são como a palha que o vento espalha. Eles não tem raízes, não possuem fundamentos, não contém bases sólidas que garantem segurança em meio aos vendavais. São levados por ventos de doutrinas e por coisas banais que qualquer um diz. Estes também não participarão da congregação dos justos e o fim deles será terrível.
Vamos lançar mão de tudo o que nos impede de vivermos uma vida próspera! Busquemos a felicidade em Deus. O Evangelho de Mateus, no capítulo 5, vai nos mostrar uma ótima receita para sermos felizes. Jesus diz que precisamos ser humildes, assim como ele é. Precisamos de mansidão, de fome e sede de justiça, precisamos ser misericordiosos, precisamos promover a paz! Fazendo isso, seremos prósperos.
Não vamos trabalhar para amontoar dinheiro nesta terra! Daqui não levaremos nada. A Palavra de Deus me garante que não tenho nenhum proveito em ajuntar dinheiro aqui e perder minha salvação. Portanto, vamos seguir a recomendação de Cristo: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus”; (Mateus 5:12a).
O que você quer ser: próspero ou miserável? Feliz ou triste? É tudo uma questão de escolha!

Lucas Timóteo Moraes é professor da Escola Bíblica na IAP de Japurá (PR).

Surpreendido pela vida

Mesmo diante de notícias desoladoras, devemos continuar confiando em Deus

“O Senhor veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor.” (Isaías 38.20).
A nossa vida está repleta de surpresas, sejam elas agradáveis ou não. E com os homens que viveram no período bíblico esta realidade não é diferente, como bem podemos observar na vida de Ezequias. Este rei de Israel recebeu uma notícia que o deixou estarrecido, extremamente surpreso: o profeta Isaías o procurou para avisá-lo de que Ezequias deveria se preparar, pois sua doença em breve o levaria à morte. A reação desse monarca não foi de murmuração e desespero, mas ele clamou ao Senhor através de um cântico de louvor por uma cura e pelo livramento da morte. Esse clamor foi sincero, reverente e confiante na bondade e na misericórdia de Deus. E como a própria Palavra de Deus relata, o Senhor livrou Ezequias da morte e, assim, esse homem continuou louvando e adorando ao Deus que, de forma tão misericordiosa, o livrara e curara.
No cântico de Ezequias, observamos algumas características de alguém que fora surpreendido numa situação desoladora, mas que não se abateu, porém buscou a Deus. Em primeiro lugar, esse rei reconheceu claramente as suas limitações como ser humano, percebendo que numa situação dessas nada poderia fazer, no entanto, ele buscou aquele que é o dono de toda a vida, aquele que realmente poderia solucionar completamente o seu problema. Às vezes, nós nos achamos auto-suficientes!!! A partir do momento em que reconhecemos não sermos capazes de tudo e que precisamos de Deus e do próximo, levaremos a vida de maneira menos ansiosa.
Em segundo lugar, Ezequias revela a sua total dependência da graça divina. “Senhor, por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas depende o meu espírito; portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver.” (Isaías 38.16). Justamente pelo fato de reconhecer os seus próprios limites, esse homem se achega a Deus, reconhecendo a ele como quem realmente pode fazer algo de concreto pela sua situação.
Por fim, Ezequias agradece a Deus por esse grande presente recebido: a restauração de sua saúde. “O Senhor veio salvar-me, pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor.” Ele não esquece que continuaria vivo porque Deus interveio na sua vida e por isso canta esse belo cântico com todo o seu agradecimento. Que isso seja sempre um lembrete pra nós e que nunca esqueçamos que é o Senhor Jesus quem nos dá graça e vida.
Que as surpresas que a vida nos reserva sejam sempre vividas na presença de Cristo!

Dsa. Cláudia dos Santos Duarte congrega na IAP em Votuporanga (SP) e é diretora do Dijap da Convenção Noroeste Paulista.